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‘A Lei da Noite’ não faz jus à obra que o inspirou

Dirigido por Ben Affleck, ‘A Lei da Noite’ inicia relativamente bem, mas termina como uma péssima adaptação de uma interessante obra literária.

porAlejandro Mercado
23 de fevereiro de 2017
em Cinema
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‘A Lei da Noite’ não faz jus à obra que o inspirou

Imagem: Reprodução.

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Ao olhar para A Lei da Noite, longa-metragem dirigido, protagonizado e com roteiro adaptado por Ben Affleck, é preciso enxergá-lo como duas obras distintas. A primeira responde pela metade inicial obra, enquanto a segunda fica com a outra metade, e enquanto na primeira parte Affleck mostra bom domínio da câmera e apresenta uma obra bem resolvida, ainda que mimética, na segunda ele simplesmente desmonta o que havia estabelecido inicialmente, resultando em uma obra estranha, para dizer o mínimo.

A Lei da Noite é uma adaptação do livro Os Filhos da Noite (Companhia das Letras, 480 págs., 2013), de Dennis Lehane (autor de Sobre Meninos e Lobos). O filme inicia ambientado em Boston durante a Lei Seca, época que fez brotar uma vasta rede de destilarias e bares clandestinos e alimentou os cofres das máfias, gângsters e policiais corruptos. Affleck é Joe Coughlin, filho mais novo de um proeminente capitão da polícia de Boston.

Após retornar de uma experiência traumática vivida durante a Primeira Guerra Mundial, Coughlin chega à cidade disposto a agir movido apenas pelos seus interesses. Apesar de desfrutar a vida através de pequenos crimes, ele se vê envolvido com as máfias irlandesa e italiana, das quais pretendia levar uma vida à margem. O problema é que Coughlin possui um ponto fraco: enquanto é duro e firme em suas convicções quando o assunto é o crime, ele tem um histórico de ceder às tentações femininas, o que lhe causará grandes problemas.

O Coughlin construído por ele é pouquíssimo convincente e sua relação problemática com o pai é apresentada sem grandes aprofundamentos, sendo que no livro ela é ponto crucial para entender as múltiplas camadas do personagem.

Ainda que pouco inventiva, esta parte é bem conduzida pelo ator e diretor, que procura reproduzir a estética do gênero construída por gigantes como De Palma, Coppola e Scorsese. Embora sem o mesmo brilho, o resultado chega a ser uma boa reverência a eles. A chave dos problemas, no entanto, é o Affleck ator. O Coughlin construído por ele é pouquíssimo convincente e sua relação problemática com o pai é apresentada sem grandes aprofundamentos, sendo que no livro ela é ponto crucial para entender as múltiplas camadas do personagem.

A partir do segundo terço, A Lei da Noite perde o rumo. Joe parte de Boston para Tampa para assumir parte de alguns negócios da máfia italiana. Contudo, a essência do gênero dá espaço à latinidade e efervescência cubana. De repente, entram na história questões como fanatismo religioso e preconceito racial, porém jogados displicentemente na trama. Graciella Suarez (Zoe Saldana, de Avatar), que no livro de Lehane é uma femme fatale, é transformada em uma mulher objeto, que seduz o “galã” Affleck em uma cena absurdamente constrangedora.

Uma sucessão de estereótipos vai tomando conta da obra, convertendo-a em um pastiche da pior espécie. Affleck, o diretor, ainda desperdiça a presença de atores como Brendan Gleeson (Gangues de Nova York) e Chris Cooper (Beleza Americana), passando longe de entregar a grandiosidade da obra de Lehane, considerado um especialista na literatura de mistério. Uma pena para todos os envolvidos, incluindo o público.

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Tags: A Lei da NoiteBen AffleckBrendan GleesonBrian De PalmaChris CooperCinemaCrítica de CinemaDennis LehaneFrancis Ford CoppolaMartin ScorseseOs Filhos da NoiteZoe Saldana

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