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A assustadora (e incômoda) atualidade de ‘A Onda’

Filme sobre o risco de ideias (e ações) totalitárias, ‘A Onda’ transfere para a Alemanha do fim dos anos 2000 fatos que realmente aconteceram nos Estados Unidos, em 1967.

porTiago Bubniak
3 de novembro de 2020
em Cinema
A A
A Onda, de Dennis Gansel

Aparente sucesso do processo pedagógico revela-se atitude perigosa que saiu do controle. Imagem: Reprodução.

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No último 1º de novembro fez um ano que a Netflix lançou a série Nós Somos a Onda, baseada no livro A Onda, de Todd Strasser, que também inspirou o longa de mesmo nome, de 2008. Série, livro e filme são inspirados em fatos reais. Em 1967, na Califórnia, nos Estados Unidos, o professor Ron Jones fez um experimento com seus alunos de estudos sociais. Basicamente, ele gostaria de estimular os estudantes a responder o seguinte: seria possível um regime como o nazista renascer hoje em uma democracia?

Pode-se afirmar que a insistência com que o assunto renasce na indústria cultural representa uma tentativa de alerta para que isso não volte a acontecer, considerando que essa possibilidade está sempre por aí, à solta, à espreita, como uma sombra.

Na trama do filme A Onda (2008), os fatos ocorridos nos Estados Unidos, em 1967, são transferidos para a Alemanha do fim dos anos 2000. O personagem inspirado em Ron Jones é Rainer Wenger, interpretado por Jürgen Vogel. Com direção de Dennis Gansel, o filme alemão é muito competente no desencadeamento das situações, mostrando como simples estudantes podem transformar-se em criminosos, amparados em ideias essencialmente boas como disciplina e pertencimento a um grupo de auxílio mútuo.

Pode-se dizer que o experimento do professor Ron Jones, exposto na obra, era uma forma de comprovar a clássica frase do dramaturgo alemão Bertold Brecht: ‘A cadela do fascismo está sempre no cio’.

A “competência no desencadeamento das situações” do roteiro, há pouco comentada, está no fato de que cada ação dentro da história está muito bem colocada onde foi colocada. Inicialmente pode-se ver, por exemplo, carteiras bagunçadas e estudantes sentados em grupos. Logo em seguida, o que o professor Rainer faz para iniciar seu processo pedagógico é impor ordem na disposição das carteiras. Outro exemplo é a atenção que a câmera passa a dar para um aluno que, de imediato, empolga-se demais com o projeto, abrindo margem para que o espectador suspeite que ele será um dos que mais causará problemas.

E assim as informações vão sendo disponibilizadas para quem assiste, numa atmosfera crescente de tensão. As primeiras orientações que o professor Rainer lança para os alunos incluem chamá-lo apenas de “Senhor Wenger” durante as aulas, levantar-se toda vez que queiram fazer perguntas e escolherem um nome para o grupo. A definição desse nome vem acompanhada da adoção de uma saudação em comum, do uso de uniformes e da criação de um emblema.

O que inicialmente poderia ser avaliado como sucesso do processo pedagógico graças ao envolvimento efetivamente interessado dos estudantes, com o tempo passou a revelar-se uma atitude conjunta perigosa que saiu do controle. Essa ideia inicial de sucesso no aprendizado colaborou para cegar um pouco as pessoas sobre o fato de que o experimento sociológico estava indo longe demais.

Por ser baseado em fatos reais, ter um roteiro competente e abordar um assunto bastante atual e importante, A Onda é um daqueles filmes que merece ser revisitado, estudado e comentado. Afinal, pode-se tranquilamente dizer que o experimento do professor Ron Jones, exposto na obra, era uma forma de comprovar a clássica frase do dramaturgo alemão Bertold Brecht: “A cadela do fascismo está sempre no cio”.

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Tags: A OndaCinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaDennis GanselFilm ReviewMovie ReviewResenhaReviewTodd Strasser

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