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‘O Quinto Poder’ e os cabelos brancos de Julian Assange

'O quinto poder', de Bill Condon e roteiro de Josh Singer, brinca com questão da multiplicidade de versões do mundo contemporâneo.

porTiago Bubniak
12 de fevereiro de 2019
em Cinema
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Benedict Cumberbatch e Daniel Brühl em cena de 'O Quinto Poder'. Imagem: Divulgação.

Benedict Cumberbatch e Daniel Brühl em cena de 'O Quinto Poder'. Imagem: Divulgação.

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Vivemos em uma sociedade completamente mergulhada em versões. Qualquer um, a qualquer momento, de qualquer lugar do mundo com um mínimo de condições de acesso à internet, tem a possibilidade de divulgar informações para todo o planeta. E informar é uma ação diretamente atrelada a uma coisa chamada “versão”. É nesse contexto que convém falar do filme O Quinto Poder (2013), de Bill Condon.

Se nas cinebiografias em geral os ângulos escolhidos para expor uma história costumam causar polêmica porque toda narração – o próprio jornalismo, inclusive – é um processo constante de seleção e exclusão de informações, o que dizer deste filme que se propõe a falar do australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, o site que revelou documentos sigilosos de dezenas de países?

Por ter desafiado sistemas governamentais mundo afora, é óbvio que Julian (aqui muito bem interpretado por Benedict Cumberbatch, com certa semelhança física, até) atrairia interessados em pintar quadros ora magníficos, ora terríveis de sua pessoa. Cabe destacar a sensatez de Bill Condon e do roteiro de Josh Singer: existe relativo equilíbrio no enfoque do australiano revolucionário.

Por um lado, há o retrato de um adorador do próprio ego, de alguém que encara a transparência como um líquido que deve inundar tudo e limpar corrupção e conspirações, sem preocupação com implicações éticas do vazamento colaborativo de informações privilegiadas.

Por um lado, há o retrato de um adorador do próprio ego, de alguém que encara a transparência como um líquido que deve inundar tudo e limpar corrupção e conspirações, sem preocupação com implicações éticas do vazamento colaborativo de informações privilegiadas. Por outro lado, existe a exposição dos benefícios que a fundação do WikiLeaks trouxe para desmantelar inverdades.

A dificuldade de Julian em definir o limite que separa o sigilo da publicidade é um dos enfoques apresentados. Na vida real, o australiano declarou ser contrário ao filme (baseado em dois livros) por considerar a produção uma forma de denegri-lo. Mas o próprio roteiro brinca com a questão da multiplicidade de versões do mundo contemporâneo, já que expõe uma série delas sobre o porquê de os cabelos do protagonista serem brancos.

Um dos livros nos quais se baseia o roteiro de O Quinto Poder é Os Bastidores do WikiLeaks, escrito por Daniel Domscheit-Berg, um dos primeiros porta-vozes do Wikileaks, demitido em 2010 em razão de discordâncias com Assange. O outro é WikiLeaks: A Guerra de Julian Assange Contra os Segredos de Estado, escrito pelos jornalistas David Leigh e Luke Harding, ambos do jornal The Guardian.

A qualidade do conteúdo do filme é proporcional à forma. Edição ágil e diálogos não menos rápidos são características coerentes com o contexto de fluxo constante de informações na sociedade atual que a produção quer enfocar. E o final coroa, com habilidade, tudo o que foi mostrado.

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Tags: Benedict CumberbatchBill CondonCinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaJosh SingerJulian AssangeO Quinto PoderResenhaWikiLeaks

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