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‘Três É Demais’ é a porta de entrada para o universo de Wes Anderson

Segundo longa de Wes Anderson, 'Três É Demais' tem todos os elementos excêntricos e brilhantes que viriam a caracterizar sua obra.

porGiovanna Tortato
29 de junho de 2018
em Cinema
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‘Rushmore’ é a porta de entrada para o universo de Wes Anderson

Imagem: Reprodução.

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São poucos os cineastas que impressionam a indústria e o público com seu filme de estreia. Menos ainda são os que já no início da carreira carregam uma assinatura tão inconfundível que consegue ser identificada em seu debut e, ao longo das décadas, em todos os seus trabalhos. Esse é o caso de Wes Anderson.

Ainda que seu primeiro longa tenha sido a produção de baixo orçamento Pura Adrenalina (Bottle Rocket, no original), Rushmore (e aqui propositalmente vou ignorar o título brasileiro Três é Demais) é, em espírito, seu cartão de visitas.

Elementos típicos de suas obras, como a valorização de cores destoantes e quentes na fotografia – como a boina vermelha de Max e a utilização frequente do amarelo e do azul marinho -, assim como os enquadramentos simétricos e ensaiados, já podem ser notados aqui. Ambas as características estão presentes de forma progressivamente mais escancarada em A Vida Marinha com Steve Zissou (2004), Moonrise Kingdom (2012) e O Grande Hotel Budapeste (2014).

Max (Jason Schwartzman, no primeiro papel de sua carreira) é um adolescente peculiar que estuda no prestigiado colégio particular Academia Rushmore por meio de uma bolsa de estudos. Envolvido em todas as atividades extracurriculares imagináveis, ele não é um aluno brilhante, mas tem como grande paixão fazer parte da vida escolar do local.

Eventualmente, o garoto se apaixona pela professora primária Rosemary Cross (Olivia Williams) e forma uma amizade com o empresário e benfeitor do colégio, Herman Blume (Bill Murray). Aliás, a partir daqui, Murray esteve presente em todos os filmes de Anderson, em uma parceria tão perfeita quanto DiCaprio/DeNiro e Scorsese (bígamo), ou Paul Thomas Anderson e Philip Seymour Hoffman. Ou Sofia Coppola e Kirsten Dunst, Pedro Almodóvar e Penélope Cruz, Edgar Wright e Simon Pegg… eu poderia continuar para sempre, mas, pensando bem, isso dá outro texto inteiro.

A maneira como os personagens se comunicam e se relacionam também está longe de ser realista, mas faz sentido dentro do universo que nos é apresentado. É verossimilhante com sua proposta e é isso que importa.

A natureza manipuladora de Max e a falta de noção da diferença de idade que os separa se torna o foco da trama e o começo de seus problemas. Vale dizer que essa é a versão Wes Anderson de um adolescente chato e revoltado que acha que a vida lhe deve mais do que na realidade merece. Não é um personagem para se sentir empatia ou torcer pelo final feliz, e não o são a maioria dos protagonistas de seus filmes.

A maneira como os personagens se comunicam e se relacionam também está longe de ser realista, mas faz sentido dentro do universo que nos é apresentado. É verossimilhante com sua proposta e é isso que importa. A partir do momento que você dá o play no filme, precisa aceitar que aquele é o mundo visto pelas lentes do cineasta, tão distintas e particulares quanto elas são.

Contemplativo, hilário e surreal na medida certa, Rushmore, com todas as limitações técnicas de 1998 e do orçamento discreto, não é a obra-prima de um cineasta que pode estar longe de alcançar seu auge, mas desperta a curiosidade de quem não o conhece e mantém um sorriso de canto de rosto em quem assiste sabendo tudo que estaria por vir.

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Tags: Bill MurrayCinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaFilm ReviewMovie ReviewOlivia WilliamsResenhaRushmoreTrês É DemaisWes Anderson

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