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‘Vivi Lobo e o quarto mágico’ exala sensibilidade no olhar de uma menina

Animação 'Vivi Lobo e o quarto mágico' retrata a história de uma garota incomodada por causa de seu sobrenome.

porValsui Júnior
25 de janeiro de 2019
em Cinema
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Vivi Lobo e o quarto mágico

Em sua jornada dentro de um quarto mágico, Vivi Lobo encontra mulheres maravilhosas que servem de inspiração para a menina. Imagem: Reprodução.

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Animações de temática infantil muitas vezes abordam questões mais adultas do que se imagina. Esse é o caso de Vivi Lobo e o quarto mágico, curta-metragem produzido pela Julieta Audiovisual e que teve como base o livro de mesmo nome de Isabelle dos Santos. Com extrema sensibilidade, a animação adentra a vida da menina Vivi Lobo, uma garota curiosa e bastante sagaz que vive com sua mãe e seu irmão mais velho. Cheia de imaginação, Vivi tem de lidar com o fato de ter um sobrenome peculiar: Lobo. Isso porque, além de ser o nome de um animal, não é facilmente associado a uma menina, e isto logo causa chacota entre seus amigos de escola.

Mesmo com essa tensão, e o desafio de não poder se expressar como realmente gostaria devido aos julgamentos alheios, a menina encontra em um quarto o seu verdadeiro refúgio. Naqueles espaço ela tem contato com mulheres maravilhosas, como a artista Frida Kahlo, a ativista paquistanesa Malala e até mesmo a jogadora Marta no campo dos esportes, cujos inúmeros talentos ultrapassam apenas um escopo. Dessa maneira é que a nuvem que pairava sob a cabeça da garota Lobo sempre que saía de casa começa a, finalmente, se dissipar. É quando reconhece nas diversas qualidades de mulheres da história do mundo que ela também se reconhece como uma garota, e um ser humano com tantas quimeras quanto a das outras mulheres, que até então não eram por ela conhecidas.

Vivi Lobo e o quarto mágico traz referências maravilhosas de mulheres do nosso tempo que certamente passaram pela mesma situação de Vivi, e que correram como lobos, mesmo vivendo em uma sociedade ainda patriarcal.

Talvez o grande trunfo é quando Vivi se depara com um livro que tem seu nome, Mulheres que correm com os lobos. Também conhece a incrível escritora Virgínia Woolf, autora de Mrs. Dalloway, e descobre que sim, é possível ser menina e ser chamada de Lobo. Na verdade, esta é a sua grande missão: ser selvagem e feroz como um lobo. E não há nada de errado nisso, pelo contrário: faz parte da própria personalidade de Vivi e de tantas outras mulheres que não se deixaram calar pelos limites que a ela eram impostos ou pelo de fato de as julgarem inferiores.

Com uma trilha sonora fantástica, que conta com a voz da cantora Uyara Torrente, o curta-metragem é um símbolo para todas as meninas de como é possível abordar temáticas tão sensíveis, como a falta de pertencimento e a necessidade de ter uma voz, através de uma história que é tão comum a tantas outras mulheres, especialmente na infância. Vivi Lobo e o quarto mágico traz referências maravilhosas de mulheres do nosso tempo que certamente passaram pela mesma situação de Vivi, e que correram como lobos, mesmo vivendo em uma sociedade ainda patriarcal. A grande lição que Vivi nos mostra é que é necessário encontrar esses lobos — e, por que não, correr com eles.

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Tags: AnimaçãoCinema BrasileiroFeminismoIsabelle SantosMulheres que correm com lobosResenhaUyara TorrenteVirginia WoolfVivi Lobo

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