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Crítica: ‘Yximalloo’ e a complexidade de uma vida deslocada – Olhar de Cinema

'Yximalloo', de Tadhg O'Sullivan e Feargal Ward, e a complexidade de uma vida deslocada. Filme foi exibido na 4ª edição do Olhar de Cinema.

porAndy Jankowski
16 de junho de 2015
em Cinema
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'Yximalloo' e a complexidade de uma vida deslocada

Imagem: Divulgação.

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A unicidade de existências deslocadas parece ser, conscientemente ou não, o tema da mostra Novos Olhares da 4ª edição deste Olhar de Cinema. Muitos filmes casam entre si, não em temática, mas em essência. Yximalloo, de Tadhg O’Sullivan e Feargal Ward, retrata a história de Nao, um japonês considerado uma lenda da música underground, pouquíssimo conhecido na mídia comercial.

Yximalloo, ou Nao, é um homem singular e de difícil convivência que, mesmo viajando o mundo exibindo suas músicas conceituais e performáticas, não consegue se distanciar de seus dilemas pessoais.

O filme é quase um diário pessoal de Nao, que divide com o espectador dúvidas, reflexões e frustrações. Como voyeurs e confidentes temos acesso as tensões de sua relação com Ger, seu marido irlandês. Ger sofre há muitos anos de esclerose múltipla, uma grave doença que consome seu corpo e sua energia pouco a pouco e, mesmo de maneira sutil, Nao o culpa por ter que sacrificar sua vida para cuidar de seu companheiro.

Poderíamos aqui, fazer uma alusão a Burn the Sea (de Nambot Nathalie e Maki Berchache), obra também presente na mostra Novos Olhares deste ano. A inquietude de Nao ao viver na Irlanda, sufocado pelo choque cultural e pela saudade de Tóquio, é muito próxima da experiência de Maki na França.

A busca por um lugar no mundo e o vazio existencial de não encontrá-lo, os conectam num âmbito bastante profundo, interno.

A busca por um lugar no mundo e o vazio existencial de não encontrá-lo, os conectam num âmbito bastante profundo, interno. A diferença é que Nao sente-se acorrentado à Irlanda por ter estabelecido nela vínculos emocionais com seu marido. Em contraponto a Maki, Yximalloo é um homem solitário, que estabelece relações afetivas mais com lugares que com pessoas, sobretudo, seus familiares, aos quais não vê há anos e sequer se importa.

A música conceitual e performática deste artista reforça sua singularidade e seu deslocamento de qualquer normalidade, uma vida ordinária não parece fazer sentido, e ele já tentou, frustradamente, se estabelecer formalmente em Tóquio. Ama Ger, mas ama mais ainda a própria existência em sua busca eterna por vivência. A dificuldade de lidar com a condição de seu parceiro torna-se evidente conforme Nao viaja sozinho e raramente comenta sobre ele.

Há um distanciamento entre o Nao marido e o Nao músico. Ambos os lados de sua personalidade parecem rodeá-lo caoticamente como espectros desencontrados. Isso parece lhe trazer uma dor que está mais expressa em seus olhos que em qualquer diálogo do longa.

Yximalloo é um filme complexo e, assim como seu personagem, utiliza da linguagem observacional do documentário para deixar seus personagens livres para se desenvolverem diante do artifício do cinema. Para um filme de iniciantes, a relação que os diretores estabelecem entre o mundo retratado e seus personagens parece bastante madura.

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Tags: Burn the SeaCríticaCrítica de CinemaFeargal WardFestival Internacional de CuritibaMaki BerchacheNambot NathalieNovos OlharesOlhar de CinemaTadhg O'SullivanYximalloo

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