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‘Cropsey’ embaralha limites entre realidade e ficção

porRodolfo Stancki
6 de julho de 2016
em Espanto
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Cropsey

Cena do filme Cropsey. Foto: Reprodução.

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O documentarista Joshua Zeman cresceu no distrito de Staten Island, em Nova York. Como em outras comunidades, o comportamento das crianças por lá era cerceado por meio de lendas urbanas contadas pelos pais. Uma delas era sobre Cropsey, uma espécie de homem do saco que sequestrava e mutilava crianças nos terrenos abandonados da região.

Nas últimas décadas, o personagem integrou o imaginário de horror na sociedade norte-americana. Ao menos dois filmes do gênero, Chamas da Morte (1981) e Madman (1982), foram inspirados nele. Quando jovem, Zeman duvidava que essas histórias fossem verdadeiras. Isso até que crianças começaram a desaparecer.

Zeman parece bem interessado em mostrar como não existe um limite preciso entre o que é ou não verdade nas lendas urbanas norte-americanas. Histórias se tornam realidade quando a comunidade as acolhe como tal.

Em Cropsey (2009), o cineasta investiga o impacto dos supostos crimes de Andre Rand, condenado por matar ao menos duas meninas e acusado do desaparecimento de outras três, entre 1972 e 1987. Todas as vítimas tinham algum tipo de deficiência.

Dirigido em parceria com Barbara Brancaccio, o documentário encontra as raízes do caso no escândalo da Escola Estadual de Willowbrook, na década de 1970. A instituição, um hospital psiquiátrico que tratava crianças e adultos em condições humilhantes, foi alvo de uma exposição jornalística premiada que, mesmo hoje, tem imagens que são difíceis de serem digeridas (veja abaixo).

https://www.youtube.com/watch?v=FKC2zBghUAI

Após ser fechado pelo governo, o prédio e os túneis do Willowbrook foram abandonados. Supostamente, o espaço passou a ser ocupado por ex-funcionários, como Rand, e pacientes que não tinham para onde ir. Foi também o local em que um dos corpos foi encontrado. O arco Asylum, da segunda temporada de American Horror Story, ficcionaliza fatos envolvendo a escola.

Misto de jornalismo investigativo com narrativa sobre, Cropsey mostra como uma lenda urbana se forma e pode assombrar gerações de moradores de uma região. Na dificuldade de dar sentido aos crimes, Zeman e Brancaccio exploram a ficção. Ouvem adolescentes que exploram as ruínas do hospital em busca de sustos e teorias da conspiração sobre ritos satânicos. Rand, em certo momento, é descrito como um homem que acreditava estar fazendo um trabalho pela humanidade, ao se livrar de crianças deficientes como um nazista. O real é ampliado, inventado e desviado.

Cropsey 2009
Andre Rand, no momento em que é preso pela primeira vez, em 1988. Foto: Reprodução.

O diretor volta ao tema em Killer Legends (2014), basicamente uma sequência do longa-metragem de 2009. Novamente, a partir de quatro lendas urbanas – a do maníaco do gancho, do matador de babás, do doce envenenado no Halloween e do palhaço assassino -, ele visita crimes que abalaram os Estados Unidos. Aqui, o vínculo com a ficção é ainda mais evidente, uma vez que o cinema se torna um exemplo de como essas narrativas reais podem ser apropriadas, ressignificadas e reproduzidas.

Zeman parece bem interessado em mostrar como não existe um limite preciso entre o que é ou não verdade nas lendas urbanas norte-americanas. Histórias se tornam realidade quando a comunidade as acolhe como tal. Algumas, porém, surgem a partir de experiências coletivas traumáticas.

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Tags: American Horror StoryAndre RandBarbara BrancaccioChamas da MorteCinemaCinema de HorrorCropseyDocumentárioficçãoHorrorJoshua ZemanKiller LegendsLenda UrbanaMadmanRealidadeVerdade

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