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O modelo Blumhouse

Coluna discute modelo de negócios da Blumhouse, criada por Jason Blum e que rapidamente se tornou uma marca forte e consistente dentro do cinema de horror.

porRodolfo Stancki
26 de abril de 2017
em Espanto
A A
O modelo Blumhouse

Imagem: Reprodução.

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Jason Blum trabalhava na compra de filmes para a Miramax em meados dos anos noventa. Na edição do Festival Sundance de Cinema de 1999, foi um dos muitos produtores a rejeitar os direitos de distribuição de A Bruxa de Blair (1999), realizado de forma independente por US$ 600 mil. Mais tarde naquele ano, a produção tornou-se um fenômeno altamente lucrativo de bilheteria. Arrependido, pediu demissão do estúdio fundado por Harvey e Bob Weinstein e criou a produtora Blumhouse.

Em meados de 2007, o produtor encontrou-se em uma situação semelhante a de 1999. O cineasta israelense Oren Peli havia feito um filme independente de fantasmas por US$ 15 mil dólares e procurava um estúdio para lançá-lo comercialmente. Certo de que poderia reproduzir o feito de A Bruxa de Blair, Blum entrou em cena. Quase dois anos depois, Atividade Paranormal (2008) havia arrecadado cerca de US$ 193 milhões mundialmente.

Como filosofia de trabalho, Jason Blum opta por investir, em média, US$ 5 milhões em cada lançamento. Isso rende mais liberdade para os diretores e menos riscos para o estúdio.

De lá para cá, a Blumhouse virou uma marca importante dentro do cinema de horror. Lançou títulos de sucesso como Sobrenatural (2010), A Entidade (2012) e Uma Noite de Crime (2013), entre outros. Também ganhou o reconhecimento da crítica produzindo suspenses como Whiplash: Em Busca da Perfeição (2013), O Presente (2015) e Hush: A Morte Ouve (2016).

Neste ano, os dois filmes do gênero mais elogiados até agora têm produção de Blum. Fragmentado (2017), de M. Night Shyamalan, e Corra! (2017), de Jordan Peele, já aparecem com facilidade como  as grandes surpresas de 2017. Especialmente pela ousadia e originalidade das narrativas, raras em Hollywood nos últimos anos.

Desde o sucesso de Atividade Paranormal, a Blumhouse especializou-se em fitas de baixo orçamento. Como filosofia de trabalho, Jason Blum opta por investir, em média, US$ 5 milhões em cada lançamento. Isso rende mais liberdade para os diretores e menos riscos para o estúdio. Cada sucesso, que pode lucrar até 20 vezes mais do que o que foi investido, cobre os projetos que não se saem tão bem nas bilheterias.

O modelo da produtora também busca apoio em diretores experientes que geralmente não conseguem encontrar lugar para seus projetos pessoais nos grandes estúdios. “Cineastas experientes erram menos. Isso deixa a produção mais barata”, defende o patriarca da empresa, que jura que dá liberdade criativa para todos. Pela casa, passaram nomes como James Wan, Barry Levinson, Scott Derrickson, Rob Zombie e Damien Chazelle.

Embora nem todos os filmes produzidos por Blum recebam elogios, mesmo de fãs de horror, é inegável que são obras com premissas inusitadas e originais. O Espelho (2013) é ambíguo em sua narrativa ao não explicitar se o tal espelho do título é mesmo amaldiçoado. Amizade Desfeita (2015) se passa em uma tela de desktop. Dominação (2016) é uma narrativa de exorcismo que brinca com elementos da psiquiatria. Dificilmente veríamos tais conceitos em um blockbuster.

É seguro afirmar que nenhuma outra produtora esteja trabalhando hoje tão consistentemente com o gênero do medo quanto a Blumhouse. Sua dedicação aos fantasmas, alienígenas e outras ameaças-monstros do cinema moderno criou uma marca para o horror, que pode se tornar tão forte quanto a Universal Studios na década de 1930, a Hammer Film Productions dos anos 1950 e a American International Pictures (AIP), em meados de 1960.

O estilo de produzir com pouco e arrecadar muito também tem se tornado influente, especialmente para os estúdios independentes. Pode ser uma saída para o modelo custoso das grandes produções de Hollywood, que geralmente são feitas com quantias que partem de US$ 25 milhões e podem chegar a US$ 300 milhões. Em entrevistas, Jason Blum diz que não é isso que quer para sua companhia. Prefere fazer filmes pequenos, conceituais e assustadores. Assim, pode oferecer ao público o sentimento que mais gosta de ter quando está diante da tela: o medo.

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