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Home Literatura

‘Desafiadores do Destino’: Uma Liga Extraordinária para chamar de nossa?

porArthur Marchetto
5 de setembro de 2019
em Literatura
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Desafiadores do Destino, de Felipe Castilho e ilustrado por Mauro Fodra

Imagem: Mauro Fodra e Mariane Gusmão.

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Eu encontrei a História em Quadrinhos do Desafiadores do Destino: Disputa por Controle quase por acaso. Foi durante a mesa do lançamento do livro A telepatia são os outros, da escritora e poeta Ana Rüsche, que Felipe Castilho apresentou a HQ que roteirizou. Como ele levou apenas uma cópia, não cheguei a folhear.

No entanto, felizmente, acabei esbarrando com o livro novamente na Casa Fantástica da Flip 2019. Lá, consegui folhear as páginas da fantasia steampunk que Felipe Castilho lançou junto com Mauro Fodra e Mariane Gusmão.

A obra conta a história do grupo de heróis pouco convencionais que é convocado para apaziguar um conflito entre os reinos de Lemúria e Atlântida nas Ilhas Falklands. O principal é evitar mais mortes na ilha, principalmente dos moradores originais, os (não tão) inocentes gorgs. O Quinteto é formado às pressas e o grupo improvável precisa encarar uma destruição maior do que a planejada: um combate entre a magia de deuses antigos, monstros esquecidos e as engrenagens dos robôs gigantes.

O roteiro do quadrinho é feito pelo escritor Felipe Castilho, conhecido pela saga O Legado Folclórico, pela fantasia Ordem Vermelha: Filhos da Degradação e pelo recém-lançado Serpentário. Os desenhos são de Mauro Fodra, professor e quadrinista conhecido por Justiça Sideral. As cores são de Mariane Gusmão, que estreou como colorista em Desafiadores do Destino e foi indicada como melhor colorista no Troféu HQ MIX e Angelo Agostini.

É muito difícil não lembrar de A Liga Extraordinária durante a leitura, tanto pela época da Londres Vitoriana quanto pelas figuras que compõem O Quinteto. No prólogo, Felipe Castilho conta da inspiração da história e é mais ou menos isso mesmo. Ao ouvir sobre os personagens, criados por Marcelo Campos e Ronaldo Barata, foi notando algumas inspirações:

“[Eles] Me contaram de alguns personagens que criaram há alguns anos para um projeto bem pulp e aventuresco, mas que também homenagearia o espírito dos super-heróis que acompanharam a passagem do século vinte. Cara, era tudo muito interessante: enquanto eles me contavam, eu encontrava vestígios de Júlio Verne, Stevenson, H. G. Wells, Jack Kirby”.

A equipe é formada por cinco integrantes (como se supõe de um grupo chamado Quinteto): a líder do grupo é Lune Lefevre. Com ares de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, ela tem uma entidade demoníaca dentro dela e que pode se manifestar em momentos de perigo (Qandisa, o demônio que a possui, é uma entidade do folclore marroquino, mas que tem feições da deusa Kali).

Sob seu comando estão Dr. Loberstein, um gênio da engenharia mecânica que é rival de Victor Frankenstein, Redhawk, um indígena que é um exímio guerreiro da tribo de Dakota, Nay, combatente do império queniano movida pela raiva e que, assim como Dorian Gray, é imortal, Lockwood, um bilionário à la Capitão Nemo. Ambos compartilham a condição de estrangeiros, o primeiro é meio-atlante e Nemo tem descendência indiana, e o fato de possuírem um submarino equipado com o que há de mais inovador nas tecnologias.

É muito interessante visualizar como os autores se apropriam desses arquétipos conhecidos e fazem suas inovações. Nesta liga, não existem apenas personagens brancos e europeus. Nay é negra e vem do Quênia. Redhawk é descendente das tribos indígenas da América do Norte. Lockwood, apesar de britânico e bilionário, deixa em evidências os problemas de relacionamento por ser… verde.

É muito difícil não lembrar de A Liga Extraordinária durante a leitura, tanto pela época da Londres Vitoriana quanto pelas figuras que compõem O Quinteto. No prólogo, Felipe Castilho conta da inspiração da história e é mais ou menos isso mesmo.

Apesar disso, algumas coisas pipocaram em minha mente. Estou incerto do quanto disso foi induzido pela leitura da newsletter da Anna Fagundes Martino, onde ela apresentou algumas variantes do teste de Bechdel, como O Teste Racial de Bechdel.

Para quem não sabe, o teste de Bechdel foi originalmente criado para analisar a representação de mulheres em Hollywood. Nessa variante, Martino apresenta os seguintes pontos: 1. Existem mais de duas pessoas não-brancas na história; 2. Elas têm nome; 3. Elas conversam uma com a outra; 4. Sobre alguma coisa que não seja uma pessoa branca.

A proximidade das leituras me trouxe a leitura de que os diálogos entre Redhawk e Nay são sobre a proteção de Lefevre, além do fato de Nay ser definida quase que unicamente por sua agressividade.

Por fim, com um ótimo trabalho de Mauro Fodra e Mariane Gusmão, espero a produção de um segundo volume. Quem sabe, dessa vez não temos a participação de personagens como D. Pedro II, Macunaíma ou até a presença de algum companheiro perdido de Redhawk chamado Raoni?

DESAFIADORES DO DESTINO: DISPUTA POR CONTROLE | Felipe Castilho – ilus. Mauro Fodra

Editora: Avec;
Tamanho: 64 págs.;
Lançamento: Outubro, 2018.

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Tags: desafiadores do destinoEditora Avecfelipe castilhohistórias em quadrinhosHQmariane gusmãomauro fodraQuadrinhosResenha

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