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Home Literatura

‘Paciência’: perda e vingança em sci-fi psicodélico

porLuciano Simão
10 de julho de 2017
em Literatura
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Paciência - Daniel Clowes

'Paciência', de Daniel Clowes. Foto: Reprodução.

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No mercado cultural, poucas coisas me entristecem mais que a concepção equivocada – e estereotipada – que grande parte do público tem das histórias em quadrinhos. Frequentemente associadas às inesgotáveis franquias de super-heróis (especificamente, aos selos Marvel e DC Comics), as HQs são vistas como repetitivas, infantis, inócuas ou irrelevantes. É raro que grandes quadrinistas atinjam o nível de fama e reconhecimento de escritores ou artistas de outras mídias no imaginário mainstream. Injustamente, a importância de nomes como o de Daniel Clowes para a arte das graphic novels permanece desconhecida pelo grande público, que dificilmente terá contato com sua obra.

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É uma pena, pois Clowes, múltiplo vencedor das maiores premiações do ramo e autor da renomada HQ Ghost World (que deu origem ao filme homônimo de 2001), é um mestre em seu ofício, um poderoso escritor e desenhista capaz de estabelecer um perfeito equilíbrio entre conteúdo e forma em páginas que são verdadeiras obras de arte. Nos icônicos quadros de Ghost World, a estética quase monocromática do autor dava tons fantasmagóricos aos delírios suburbanos das jovens protagonistas, personagens desenvolvidas em diálogos carregados de realismo e melancolia. Agora, com a publicação de Paciência (editora Nemo), Clowes reinventa sua arte e apresenta uma obra fascinante e imprevisível, com narrativa tensa e impulsionada por ilustrações fantasticamente vibrantes.

Página dupla de 'Paciência' (Daniel Clowes). Foto: Reprodução.
Página dupla de ‘Paciência’ (Daniel Clowes). Foto: Reprodução.

Com a publicação de Paciência, Clowes reinventa sua arte e apresenta uma obra fascinante e imprevisível, com narrativa tensa e impulsionada por ilustrações fantasticamente vibrantes.

Nessa história de amor e vingança, o autor revitaliza as tramas de viagem no tempo e cria uma espécie de colcha de retalhos psicodélica, mesclando conceitos clássicos do sci-fi a elementos de noir e romance. A busca de Jake Barlow, o clássico everyman americano, por justiça após a misteriosa morte da esposa (a homônima Paciência, retratada na belíssima capa da edição) transcende o tempo e o espaço, levando o protagonista – e o leitor – à lenta loucura.

Ao longo das 180 páginas, todas brilhantemente ilustradas, Daniel Clowes simboliza as transições temporais com o uso de diferentes paletas que oscilam entre o silêncio de uma vida mundana e a energia de uma longa sessão de LSD. Seguindo o fluxo da arte, o roteiro inteligente e original dá vozes memoráveis às duas personagens principais, conduzindo o leitor com irresistível força rumo a um final ao mesmo tempo agridoce e surpreendente.

Em suma, Paciência é um triunfo do poder narrativo das histórias em quadrinhos, forma de arte cujo potencial floresce quando a fusão entre a linguagem escrita e a visual atinge grande harmonia estética – em outras palavras, quando o traço e o roteiro atuam de forma complementar a favor da trama, das temáticas e dos sentimentos que a obra visa transmitir. Por isso, se você quer convencer alguém de que as HQs não se limitam à mais nova minissérie do Batman, dou a dica: presenteie essa pessoa com Paciência.

[box type=”info” align=”” class=”” width=””]PACIÊNCIA | Daniel Clowes

Editora: Nemo;
Tradução: Jim Anotsu;
Quanto: R$ 34,90 (180 págs);
Lançamento: Junho, 2017.

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Tags: Crítica LiteráriaDaniel ClowesEditora Nemographic novelHQLiteraturapaciênciasci-fi

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