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Home Literatura Ponto e Vírgula

‘Ubik’ e a realidade plástica

48 anos após o lançamento, 'Ubik', obra-prima de Philip K. Dick, permanece ácida e atual.

Luciano Simão por Luciano Simão
26 de junho de 2017
em Ponto e Vírgula
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'Ubik' e a realidade plástica

Imagem: Reprodução.

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Como muitos outros fãs de ficção científica, apaixonados por destrinchar as múltiplas realidades retratadas nas grandes obras do gênero, também fui seduzido pelas intensas discussões de Facebook sobre a série Black Mirror, antologia britânica que busca reinventar as convenções do sci-fi para criar um reflexo satírico do que há de mais escuro na sociedade contemporânea. Ao assisti-la, porém, acabei decepcionado: além da qualidade díspar dos episódios, uma sensação de potencial desperdiçado permeia toda a série. Os roteiros, altamente conceituais, falham com frequência no desenvolvimento da temática central.

Ubik é a culminação de toda a intensa amálgama de imagens e filosofias que caracteriza a obra do autor.

Buscando compreender exatamente como essas narrativas poderiam ser aprimoradas, resolvi retornar aos clássicos para aprender com os grandes nomes do gênero. Por sua proximidade estilística com a proposta de Black Mirror, Philip K. Dick, mestre do sci-fi existencialista, foi o escolhido. Ao reler Ubik, obra-prima do autor, considerada um dos 100 melhores romances do último século em língua inglesa pela revista Time, a conclusão é evidente: 240 páginas de Philip K. Dick contêm ideias mais criativas e numerosas do que as três temporadas de Black Mirror combinadas.

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Publicado em 1969, Ubik é a culminação de toda a intensa amálgama de imagens e filosofias que caracteriza a obra do autor, de Blade Runner a O Homem no Castelo Alto. Teologia, metafísica, existencialismo, humanismo, psicologia, questões de identidade e discussões da natureza da própria realidade se fundem em um romance tematicamente sólido e sucinto, impulsionado por uma trama intensamente original e excitante do início ao fim.

Labirintos metafísicos

Após um atentado orquestrado por seus rivais, Glen Rucinter, presidente de uma companhia que fornece equipes de telepatas para empresas interessadas em proteção psíquica contra espionagem industrial, é posto em um estado de comatosa “meia-vida”, animação suspensa propiciada por simuladores avançados. Enquanto sua equipe, liderada pelo protagonista Joe Chip, busca descobrir quem está por trás da tentativa de assassinato, a realidade ao seu redor se transforma lentamente em algo estranho e muito mais sinistro.

À medida que o mundo muda e o próprio tempo perde forma, Chip e seus associados se veem frente a frente com um adversário formidável e fundamentalmente incompreensível. Nesse labirinto psicológico e metafísico, no qual o esquecimento é sinônimo de morte, somente Ubik – o que quer que isso seja – pode fornecer uma saída.

Discutir a trama mais a fundo já seria um spoiler (se é que é possível “spoilar” um livro de 1969). Basta dizer que, neste livro, Philip K. Dick demonstra, desde a primeira página, sua maestria ímpar na construção de narrativas e universos complexos de forma concisa e perfeitamente coesa. Ao contrário de muitos de seus contemporâneos e sucessores, o autor não precisa de mil páginas ou trilogias extensas para tecer uma trama detalhada e repleta de ideias únicas e criações absolutamente autorais.

De forma simples e eficaz, Dick é capaz de criar, em dois ou três parágrafos, conceitos (tecnológicos, éticos, econômicos) que outros escritores do gênero poderiam levar livros inteiros para desenvolver. Em Ubik, a engenhosidade do autor está em máxima evidência, potencializada pela força de uma prosa perfeitamente lapidada e que não insulta, em momento algum, a inteligência do leitor.

Ao término da leitura, mesmo com a resolução eletrizante do mistério central, diversas questões permanecem em aberto, protagonistas de discussões acirradas entre os fãs da obra mesmo 48 anos depois – e a relevância desses debates nos tempos atuais é, talvez, o maior mérito de Ubik. O poder de permanência de uma obra de sci-fi é reflexo direto da habilidade visionária de seu autor. Hoje, já sabemos como a voz de Philip K. Dick resiste à passagem dos anos. E o que o tempo dirá de Black Mirror? Não muito, acredito.

UBIK | Philip K. Dick

Editora: Aleph;
Tradução: Ludimila Hashimoto;
Tamanho: 240 págs.;
Lançamento: Junho, 2009.

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Tags: AlephBlack Mirrorcrítica literáriaEditora Alephficção científicaliteraturaliteratura de ficção científicaPhilip K. Dicksci-fiUbik
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