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Afinal, quem – ou o que – é That Poppy?

Cantora e youtuber norte-americana, That Poppy contrapõe fofura e bizarrice para fazer um sucesso estrondoso na internet.

porRômulo Candal
29 de junho de 2017
em Música
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That Poppy. Se você tem o hábito de buscar novidades no pop americano, utiliza assiduamente o YouTube, ou apenas costuma frequentar sites dedicados à teoria da conspiração já deve ter ouvido falar ou mesmo assistido aos vídeos dessa cantora e youtuber norte-americana – e talvez isso tenha sido um pouco perturbador. Por quê?

Pois é. Eu sei. Reparou na quantidade de visualizações desse vídeo? Mais de 2 milhões.

Batizada como Moriah Pereira em Nashville, Tenessee, nos EUA, a moça lançou ao mundo a persona de That Poppy (ou apenas Poppy, você escolhe) em meados de 2014. Após a transformação, Moriah praticamente morreu: é muito difícil encontrar qualquer tipo de informação sobre a vida pregressa de Poppy na internet. Fotos, dados pessoais, músicas antigas, nada. Nem a idade é uma certeza – dependendo da fonte, Poppy pode ter 16 ou 22 anos e, quando questionada, afirma “não se identificar com uma idade”. Vai vendo.

Musicalmente, Poppy faz – claro – pop. Um synthpop divertido e fofinho, que lembra os momentos mais adolescentes de cantoras como Katy Perry e Jessie J.

Musicalmente, Poppy faz – claro – pop. Um synthpop divertido e fofinho, que lembra os momentos mais adolescentes de cantoras como Katy Perry e Jessie J, combinado com elementos do J-pop. Na verdade, as canções são tão animadas e dançantes que um ouvinte desavisado jamais faria alguma relação entre elas e os videoclipes ou os vídeos bizarros do canal de That Poppy.

O canal Poppy no YouTube, aliás, é um sucesso gigantesco – são impressionantes 168.900.910 visualizações ao longo de pouco mais de dois anos e meio. O volume da produção também salta aos olhos: 238 uploads, alcançando uma média de mais de sete vídeos por mês. É importante salientar que Poppy faz mais sucesso como youtuber do que como cantora, por enquanto, lançando loucuras como essa, a seguir.

Os vídeos do canal seguem, na maioria dos casos, uma mesma estética. Alguns elementos são comuns a grande parte dos vídeos, como a curta duração, o fundo branco, textos repetitivos, diálogos com personagens inanimados (plantas, manequins, aparelhos eletrônicos) e um design de som estranho, com frequências de sintetizador que parecem estáticas mas vão se alterando ao longo dos vídeos. O conteúdo intriga, porque trabalha com uma dualidade curiosa, que contrapõe a imagem angelical de Poppy ao obscuro e causa incômodo no espectador.

Assunto definitivamente não falta para That Poppy: ela fala sobre internet, redes sociais, popularidade, telefones celulares, religião, ciência, cotidiano, música ou simplesmente esquisitice total – um dos vídeos mostra Poppy apenas lendo trechos da Bíblia por quase cinquenta minutos.

O conteúdo do canal é sempre criado por ela em parceria com o diretor e músico Titanic Sinclair, outro weirdo, que aparentemente é a mente por trás do projeto. Sinclair, inclusive, era parte de um duo de indie-pop produzido com outra artista, Mars Argo, que desapareceu completamente da internet alguns meses antes do surgimento de That Poppy. Tudo isso, somado ao teor críptico e desconfortável dos vídeos, leva muita gente a crer que o rapaz seria líder de algum tipo de culto e que Poppy faria parte dele. Ela jura que não.

Como youtuber, That Poppy é um triunfo completo, mas sua carreira musical ainda é uma incógnita. Ainda que o clipe de “Lowlife” tenha mais de 23 milhões de visualizações, Poppy até aqui lançou apenas um EP de pop, Bubblebath, e um disco bizarro chamado 3:36 (Music to Sleep To), composto basicamente por texturas sintéticas meio sci-fi, inexistente nos serviços de streaming e descrito como “um álbum experimental designado especificamente para ajudar em uma boa noite de sono e encorajar um estado onírico saudável”.

Alguns acreditam que That Poppy é um projeto artístico de Titanic Sinclair, destinado a discutir a pós-modernidade, as relações interpessoais em tempos virtuais e o mercado da música através de Moriah Pereira. Já os conspiracionistas deitam e rolam nas referências ocultistas, e creem em coisas como controle mental e propagação de mensagens subliminares. Para os mais céticos, toda a roupagem que envolve a música e o visual de Poppy é apenas uma excelente sacada de marketing digital, usada para divulgar o trabalho de uma cantora iniciante. E outros pensam ser só uma piada interna que fugiu do controle.

É tarefa árdua compreender quem – ou o que – é That Poppy, mas a internet está tentando bastante.

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: BubblebathCrítica MusicalInternetMúsicaPopPoppysynthpopThat PoppyTitanic SinclairYouTubeyoutuber

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