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Febem tem muito a dizer com seu rap plural

porAlejandro Mercado
26 de setembro de 2017
em Música
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Se eu lhe dissesse hoje Febem, o que lhe viria à cabeça? Provavelmente, a maioria dos leitores logo remeteria à antiga Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor, uma autarquia fundacional criada pelo Governo do Estado de São Paulo durante a década de 1970 e que hoje atende pelo nome de Fundação CASA. Mas, hoje, falar em Febem está passando por um processo de ressignificação comandado por Felipe Desidério, mais conhecido no mundo do hip-hop justamente como Febem.

Ex-integrande do grupo Zero Real Marginal e do coletivo Damassaclan, Febem lançou sua carreira solo em novembro do ano passado. Seu pontapé foi com o elogiado EP Elevador, um disco que surgia na sequência do ótimo Goldensgoto, álbum do ZRM envenenado de raízes do rap norte-americano dos anos 90. Prolífico, o rapper lançou agora em setembro um segundo EP chamado Prata.

Se há um gênero que podemos afirmar que passa excelente fase no Brasil é o rap, e os dois discos do Febem são provas vivas disso.

O apelido que o acompanha – ganhado durante a época de estudante, recebido por um funcionário da escola que lhe chamou de Febem em resposta ao apelido que Felipe havia lhe dado: Carandiru – [highlight color=”yellow”]carrega um peso que o músico faz questão de ressignificar em suas letras[/highlight], versando sobre conforto, amor, aprendizado e paz. Sua filha Liz, presente na faixa “Mundo”, que abre o novo disco, está contida em todo o álbum, ainda que de modo implícito: seu nascimento fez com que Febem tivesse maior cuidado com o que compõe. Em entrevista à Rap TV, ele afirma o quanto isso fez com que ele melhorasse. “No rap me ajuda pra caralho. [highlight color=”yellow”]Eu penso duas vezes antes de falar, ao que você vai induzir o público. Amanhã pode ser seu filho ouvindo isso, então você tem que pensar muito no que vai falar.[/highlight] Muda a pessoa, você para de ser um cara encrenqueiro.”

Se há um gênero que podemos afirmar que passa excelente fase no Brasil é o rap, e os dois discos do Febem são provas vivas disso. Enquanto Elevador contava com participações de Don Cesão, Luccas Carlos e Pizzol, além dos beatmakers Cesrv e Yung Kush, em Prata vemos o rapper dividir espaço apenas com sua filha, Liz, e ainda contar com a participação de Cesrv, DJ Murillo, Grou, Go, Sants, Alive Beats e Nnay, que produzem as sete faixas que compõem o EP.

Febem é complexo e não se dobra para ser mais digerível. Se as influências que preenchem Prata transitam entre Isaiah Rashad, Vince Staples e Schoolboy Q, todos os três nomes aclamados pela crítica especializada nos Estados Unidos (e visitantes frequentes da lista da Billboard de mais tocados e mais vendidos), o rapper da zona norte de São Paulo também encontra no rap nacional elementos para compor essa sua versão atualizada pós-Zero Real Marginal. E vai além. Seu flerte com a música eletrônica e o hardcore são evidentes no seu trabalho, da mesma forma que o trovadorismo é emprestado das raízes da música sertaneja. Essa pluralidade garante ao rapper uma modernidade ímpar.

Menos introspectivo que em Elevador, o Febem de Prata, que já disse em entrevistas estar feliz onde está (“Pessoas chegam a se matar para estar no pódio e eu prefiro aquele ditado ‘não tenho tudo, mas amo tudo que tenho”), é um grande exemplo do porquê à margem se vê melhor o todo: é preciso viver o que se sente para saber o que dizer quando o microfone está na mão. E Febem diz como ninguém, tenha certeza.

NO RADAR | Febem

Onde: São Paulo, São Paulo.
Quando: 2016 (carreira solo).
Contatos: Facebook | YouTube | Instagram | Twitter

Ouça ‘Prata’ na íntegra no Spotify

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: Crítica MusicalelevadorFebemHip-HopMúsicaPrataRapRap NacionalrapperZero Real Marginal

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