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‘It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back’: a força política do Public Enemy

Lançado há 35 anos, ‘It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back’ alçou o Public Enemy para além do universo do hip-hop.

porDaniel Tozzi
9 de março de 2018
em Música
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‘It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back’: a força política do Public Enemy

Imagem: Reprodução.

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Há 35 anos, foi lançado um dos marcos do rap norte-americano. O segundo trabalho em estúdio do Public Enemy não deixava dúvidas. Era mais do que possível unir a batida característica da música negra dos Estados Unidos com crítica social e letras politizadas. It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back (1988) surfou num momento especial em que o rap se popularizava, a partir de nomes como RUN-DMC e LL Cool J, e colocou definitivamente a trupe de Chuck D nos holofotes do cenário musical mundial.

Seja a partir de letras fortes que teciam reflexões sobre o racismo ainda latente em vários estados da América, a crítica aos meios de comunicação e, evidentemente, ao governo, o Public Enemy fez desse álbum uma obra indispensável para se compreender a força do hip-hop enquanto um movimento político-social.

Public Enemy fez desse álbum uma obra indispensável para se compreender a força do hip-hop enquanto um movimento político-social.

Formado em Nova York no início dos anos 1980, o grupo tinha em Chuck D sua principal figura e líder. Ao lado de Terminator X, Flavor Flav e Professor Griff, o Public Enemy começou sua trajetória após encontro com o icônico produtor de rap Rick Rubin.

Em 1986, o disco de estreia da banda, Yo! Bum Rush Show, apesar de bastante parecido com seu sucessor, não obteve grande êxito comercial. Desta forma, o reconhecimento e a glorificação do conjunto só seria obtido com o disco lançado em 1988.

Se fazendo valer de recursos musicais diversos, que vão desde riffs de guitarra até samples de canções de artistas como James Brown, Stevie Wonder e Melvin Bliss, as canções formam um trabalho bastante consistente que fundou bases para o rap moderno e usou, ousou e abusou da acidez política nas letras.

Se em “Bring The Noise” Chuck D brada contra o racismo presente no mundo da música e na sociedade (“We got to demonstrate, come on now/ They’re gonna have to wait ‘til we get it right/ Radio stations, I question their blackness/ They call themselves black, but we’ll see if they’ll play this/ Turn it up! Bring the noise!”), na clássica “Don’t Believe the Hype” o alvo são os meios de comunicação (“Some media is the wack/ As you believe it’s true/It blows me through the roof/ Suckers, liars, get me a shovel/ Some writers I know are damn devils/ For them I say,/ “Don’t believe the hype”).

“Night of the Living Baseheads”, outro clássico, chama a atenção pelo seu clipe corajoso e bem-humorado, que aborda a questão das drogas nos Estados Unidos e a hipocrisia acerca deste tema, bastante discutido pela sociedade norte-americana do final dos anos 1980. Com uma letra que cita a epidemia de crack vivenciada por parte da população afro-americana do país, o clipe ainda alfineta a cobertura jornalística da questão das drogas e as diferentes abordagens do consumo de entorpecentes entre negros e brancos.

Ainda dentre os sucessos do álbum que entraram para a história, “Rebel Without a Pause” usa magistralmente um sample da icônica “Funky Drummer”, de James Brown, e avisa com veemência que o rap tomaria de assalto a cena musical (“We were black Wranglers/ We’re rap stranglers/ You can’t angle us – I know you’re listenin’/ I caught you pissin’ in you’re pants/ You’re scared of us dissin’ us/ The crowd is missin’ us/ We’re on a mission boy”).

Mesmo com seu forte tom contestador e sendo lançado ainda sob a sombra da era Reagan nos Estados Unidos (ou justamente por isso), o disco foi um tremendo sucesso de vendagem e dissolveu as barreiras do contexto do hip-hop da época. Devido às mais de um milhão de cópias vendidas, o álbum foi congratulado como disco de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA).

Além disso, mesmo sendo um álbum de rap, gênero ainda em ebulição dentro do mercado da música de massa, It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back conseguiu a façanha de passar 49 semanas no ranking de álbuns pop da Billboard, entre 1988 e 1989. A significância histórica deste trabalho do Public Enemy (já chamados de “os Beatles do rap”) é tamanha, que o álbum é listado pela revista Rolling Stone como um dos 50 melhores da história da música.

Consagrado por crítica e público após o disco, o Public Enemy manteve-se ativo nos anos seguintes e se firmou como um dos nomes mais importantes da história do rap. Por vezes envolto em polêmicas, que nem sempre se restringiam ao conteúdo musical e as abordagens de suas letras, (como o episódio em que comentários anti-semitas de Professor Griff, em uma entrevista nos anos 90, culminaram com sua saída do grupo), fato é que a banda virou referência para tudo o que surgiu no mundo do rap do fim dos anos 80 até hoje.

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Tags: Hip-HopIt Takes a Nation of Millions to Hold Us BackMusic ReviewMúsicaPublic EnemyRapResenhaReview

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