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Sonora Coisa foge da mesmice indie, tropeça no EP, mas se recupera ao vivo

Sonora Coisa é uma boa banda, repleta de excelentes influências musicais, fugindo da mesmice. Se falha em 'Lon G', compensa ao vivo.

porAlejandro Mercado
15 de abril de 2015
em Música
A A
Banda Sonora Coisa

Sonora Coisa é repleta de boas influências. Imagem: Reprodução / Sonora Coisa.

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Existem discos que ficam marcados por serem melhores quando executados ao vivo, em cima de um palco. Não é demérito para uma banda que isto porventura aconteça. Não faltam na história da música álbuns que tenham passado por este pequeno obstáculo, e este parece ser o caso do EP Lon G, da banda curitibana Sonora Coisa.

Lançado em dezembro do último ano através do selo Patetico Records, o EP possui 6 faixas e está à venda pelo Bandcamp da gravadora (compre aqui). Formada em 2010, a banda é composta por Rafael Bührer (baixo e vocal), Afonso Bührer (guitarra e vocal) e Mauricio Freitas (bateria).

Lon G foi produzido pelo produtor musical Mark Kramer, famoso por trabalhar com artistas reconhecidos no mundo da música, como Galaxie 500, White Zombie e Urge Overkill (responsável pelo cover de “Girl, You’ll Be a Woman Soon”, presente na trilha sonora do filme Pulp Fiction do diretor Quentin Tarantino).

Deslizes no EP, empolgantes ao vivo

Chama a atenção no EP como os vocais parecem destoar do instrumental, quase como se a voz estivesse “descolada” das demais trilhas. Há também um pequeno excesso de efeitos na guitarra (algumas combinações não parecem muito acertadas) e, em alguns momentos, o grupo peca na afinação.

Entretanto, a verdade é que a Sonora Coisa é uma boa banda. O rock alternativo proposto pelo trio empolga em suas apresentações e chega, nos melhores momentos, a recordar This Will Destroy You, grande nome do post-rock mundial.

“Seesaw”, segunda faixa do EP, é de longe a melhor música do disco. Dá gosto ver como a banda faz experiências sonoras e líricas, saindo para beber em outras fontes, como a música ambiental, de ícones como Antimatter, e o slowcore da memorável Galaxie 500.

Impossível não enxergar na Sonora Coisa fortes referências a My Bloody Valentine. E isto é justamente a maior marca da banda. O shoegaze do grupo inglês, marcado pelo uso de distorções e reverbs (criando um som único e difícil de ser comparado), dita o ritmo do trio curitibano.

Aos saudosos da efervescência musical dos anos 1990 (grunge, post-grunge, slowcore, sadcore e o próprio shoegaze), a Sonora Coisa é um brinde aos ouvidos, e um respiro à cena que se acostumou as reproduções a rodo do modelo indie da banda carioca Los Hermanos.

“Monologue” é a faixa mais densa e obscura do EP, evidenciando a razão da escolha do inglês como idioma por parte da banda (conseguiriam imprimir tanta carga emocional se o lirismo empregado fosse o de nosso idioma pátrio?). Curiosamente, a faixa seguinte, “Friendship”, se contrapõe à anterior. Com o dedilhado acústico e sua aura mais saudosista e receptiva, “Hi, hello. How you doing?” torna-se rapidamente digerida (e repetida).

“By the tide” inicia apenas com o baixo e a bateria (algo semelhante ao que a Nirvana fez em “Sliver”, mas aqui em ritmo mais lento). Contudo, logo é possível notar que a banda torna ao seu misto de shoegaze/post-rock, fazendo da faixa um rock mais alternativo.

A música que encerra o EP, curiosamente intitulada de “Bye” (tchau em inglês), é um post-rock que lembra muito a estadunidense Explosions in The Sky. Um bom encerramento para um disco que, se não preza pela excelência, ao menos entretém e anima pela possibilidade do que possa vir adiante.

Sonora Coisa: a que viestes?

Fazendo um apanhado mais geral do grupo (e menos do disco), a Sonora Coisa merece ser ouvida com mais atenção, preferencialmente ao vivo, quando (talvez por se imaginar um nível de exigência maior por parte de público e banda) ela soe melhor e mais próxima do que – creio eu – os três músicos desejam.

Vale ainda ressaltar que as referências musicais possíveis de serem captadas servem de alento em um período de tanta mesmice no cenário independente. Resta torcer para que, nos próximos álbuns, o grupo receba por parte dos produtores maior cuidado e refinamento, para que o que é possível ser captado pelos sentidos no palco seja reproduzido em formato digital.

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Tags: CríticaMúsicaMúsica BrasileiraMúsica CuritibanashoegazeSonora Coisa

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