• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Teatro

Quem tem medo do teatro?

porHelena Carnieri
7 de março de 2017
em Teatro
A A
Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Lembro bem das primeiras palavras de Não contém glúten, pertinentes num dia como hoje. “Como podem dizer que já esteve mais quente?”. Derreto no teclado a lembrança daquela cena curta e intensa à qual assisti em dezembro.

O teatro contemporâneo gosta de borrar as fronteiras entre gêneros, apesar de que a intensidade desse contato possa variar enormemente. O costumeiro “desconforto da proximidade” acaba sendo muito bem-vindo a essa arte presencial, algo que é favorecido por vários elementos do espetáculo que o Teatro de Breque encenou num casarão de Curitiba.

A sinopse é simples, como ocorre com os melhores espécimes do teatro. Um casal, ela histérica, ele fleumático, recebe amigos para o jantar. Das expectativas e tensões produzidas pelo encontro brota a potência dramatúrgica do texto de Sérgio Roveri. Contradições comuns a qualquer casamento bastariam como matéria-prima no palco, mas é a relação com os amigos de longa data o que extrai da dupla seu melhor e pior.

Das expectativas e tensões produzidas pelo encontro brota a potência dramatúrgica do texto de Sérgio Roveri.

A situação e conflitos decorrentes dela faz lembrar o clássico Quem tem medo de Virginia Woolf (1962), em que Edward Albee, morto em setembro passado, coloca em confronto dois casais contrastantes. A intensidade da anfitriã é um ponto comum entre a Sue de Roveri e a Martha de Albee. E aqui tiremos o chapéu à Helena de Jorge Portela, com um trabalho muito potente. Sua atuação abre um diálogo com os exageros típicos da teledramaturgia, mas extrapola habilmente os limites do realismo. A voz que se agudiza e agrava com controle, o gestual que acompanha cada fala.

O texto usa diálogos e monólogos da dupla de protagonistas, utilizando um crescendo de agressividade. Tudo dentro de uma moldura inventiva cujo segredo não será revelado aqui.

A tensão proposta pela diferença temperamental do casal anfitrião é ampliada pela proximidade física da plateia, acomodada em poltronas bem próximas do palco da Sala Brandão. O espaço, situado na casa de artistas curitibanos, contribui para a intimidade estilo sala de estar do espetáculo. E a cenografia brinca com isso, abrindo e fechando pesadas cortinas que escondem janelões e uma clara luz de jardim.

A potência do encontro com a plateia é intensificada pelo curto tempo de duração do espetáculo, cerca de meia hora. Seria essa uma tendência, os tempos curtos e intensos? Como exemplo, no mesmo fim de semana em que Não contém glúten foi apresentado, Melhor ir mais cedo pular da janela, de proporções semelhantes, ocupava o Mini Guaíra.

A música ao vivo dá os contornos do período em que dura essa experiência, convidando a plateia a se acomodar e embalando a cena num contraste com a eletricidade da convivência ali encenada.

Há que se destacar o trabalho duplo de direção (Rodrigo Ferrarini e Assis Benevenuto), outra tendência que tem se registrado na cena curitibana e que permite acumular expertises e insights.

Tags: Assis BenevenutoCrítica TeatralNão contém glútenQuem tem medo de Virginia WoolfRodrigo FerrariniSérgio RoveriTeatroTeatro de Breque

VEJA TAMBÉM

Dirigido por Luciana Paes, Gregório Duvivier protagoniza ode crítica à língua de todos nós. Imagem: Joana Calejo Pires / Divulgação.
Teatro

Crítica: Em ‘O Céu da Língua’, Gregório Duvivier performa as fissuras da linguagem – Festival de Curitiba

8 de abril de 2025
Espetáculo retornou após 15 anos ao festival. Imagem: Roberto Setton / Divulgação.
Teatro

Crítica – ‘In On It’ retorna a Curitiba após 15 anos sem perder o frescor – Festival de Curitiba

4 de abril de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Longa de Babenco foi indicado em quatro categorias no Oscar, levando a de melhor ator. Imagem: HB Filmes / Divulgação.

‘O Beijo da Mulher Aranha’, de Hector Babenco, completa 40 anos como marco do cinema latino-americano

27 de junho de 2025
Assinada por George Moura e Sergio Goldenberg, produção é nova aposta da Globo. Imagem: Globoplay / Divulgação.

‘Guerreiros do Sol’ e a reinvenção do cangaço na dramaturgia brasileira contemporânea

26 de junho de 2025
12ª edição começa nesta quarta-feira. Imagem: Divulgação.

8 ½ Festa do Cinema Italiano reúne produções de ontem e hoje

25 de junho de 2025
Imagem de Andy Warhol diante de suas serigrafias. Imagem: Autoral Filmes / Divulgação.

‘Andy Warhol – Um Sonho Americano’ desvenda a origem da genialidade do famoso artista

25 de junho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.