A linguagem teatral por si só já é poesia. Sua apresentação está ligada a vários sentidos que mostram o mundo de diferentes formas. O teatro sozinho não se basta, precisa do outro e pronunciar a sua ligação como representação da vida, da natureza envolvente que existe diante de nossos olhos. Sua linguagem é colhida por meio de palavras, movimentações e ideias que ultrapassam o nosso imaginário. Atemo-nos aos detalhes, aos sons e à presença de algo verdadeiro que existe no terceiro plano de nossas percepções durante a criação teatral. Levamos em consideração a vontade de mostrar, de tornar real algo inusitado que brinca com palavras e gestos. Nossa demonstração surge de um princípio colhido em nossos pensamentos, vamos refletindo e selecionando o que de fato fica em nossa obra. O artista cria de acordo com o tempo de sua imaginação.
Para o artista, o tempo é algo precioso. Sua criação surge de um intervalo entre a percepção e a concretização de uma ideia. Ele se move junto às lembranças que rodeiam parte de sua criação, se adequando à realidade determinada pelo mundo, é um olhar visto que desenha um sentido de algo que acreditamos; uma imagem que dispara o registro da poesia de nossos pensamentos. O teatro nos permite pensar fora da forma comum, redescobrimos inúmeras possibilidades de representação, juntamos o invisível ao real para elaboramos uma verdade na arte.
O espetáculo move a presença poética de nossa apresentação como ser, da nossa presença de vida em cada espaço, navegamos em lugares escondidos para registrar o que a linguagem teatral pede.
A poesia teatral se camufla na dramaturgia, ela corresponde todas as ligações de uma criação teatral. A dramaturgia se consiste na articulação do estético com o ideológico, formando um conteúdo sobre toda a movimentação presente na obra apresentada em palco. Vamos determinando o rumo do espetáculo, analisando os meios que contribuem com o processo que determinamos na obra. O espetáculo move a presença poética de nossa apresentação como ser, da nossa presença de vida em cada espaço, navegamos em lugares escondidos para registrar o que a linguagem teatral pede. O processo de pesquisa e produção move o tempo que rodeia nossas vidas.
No infinito espaço procuramos entender o campo da pesquisa, das informações que chegam em todas as partes que tentamos capturar pelo raciocínio do aprendizado. A linguagem move a poesia da ação que surge de nosso processo interior, o entendimento do conhecimento flui com o desenvolvimento espetacular. Estamos em movimento com outras linhas de pesquisa e descobrimos o mundo; fazemo-nos presente até parar na dúvida e perceber por onde caminhar, a poesia do palco emerge um saber que envolve todos os lados, a atenção é múltipla diante dos fatos que surge em cena.
O caminho poético do trabalho cênico se aplica em todas as linguagens. Tudo é código existencialista da comunicação. Pensamos arte para obtê-la como fomentadora do entendimento, percebemos a plenitude de territórios de conhecimentos científicos, infinitos consentimento linguístico da informação. Tudo é modo de sobrevivência. Visualidade alinhada da vida. Cartografia do som desenhado na imaginação. No raciocínio de ideias de possíveis diálogos que se transformavam às vezes em poemas de conhecimentos adquirido na vida artística.