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‘Bem-Vindos à Vizinhança’ oferece o melhor e o pior de Ryan Murphy

Ryan Murphy toma como base história real para criar a minissérie ‘Bem-Vindos à Vizinhança’. Original Netflix prende o espectador, mas o frustra no fim.

porAlejandro Mercado
19 de outubro de 2022
em Televisão
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‘Bem-Vindos à Vizinhança’ oferece o melhor e o pior de Ryan Murphy

Bobby Cannavale vive o patriarca que sofre com o vigilante. Imagem: Netflix/Divulgação.

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A minissérie Bem-Vindos à Vizinhança, ou, no original, The Watcher, é a mais nova produção de Ryan Murphy para a Netflix. A trama é baseada em um caso real, ocorrido na cidade de Westfield, Nova Jersey, em junho de 2014, quando a família Broaddus passou a receber correspondências na casa recém-comprada de uma pessoa que se identificava como “O Vigia”.

Com o transcorrer de seu contrato com a Netflix, parece ficar evidente que Murphy está mais à vontade, aproveitando a liberdade criativa que a gigante do streaming lhe oferece para que ele aborde todo tipo de tópico, assunto e história que o fascine.

O sucesso de sua careira, construído em projetos como Nip/Tuck, Glee e American Horror Story, mostra uma evolução, que diz muito menos sobre a melhora ou não da maneira como trabalha, e mais como parte de uma busca de construir uma obra perfeita, cujas referências permeiam todas suas criações, em maior ou menor medida.

Das revistas para a Netflix

https://www.youtube.com/watch?v=Ky7TZmHaMwk

Não é absurdo pensar Bem-Vindos à Vizinhança como uma AHS da vida real, em que o prolífico produtor parte de um caso real para criar uma trama de suspense, doses de horror e nuances dramáticas.

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Na minissérie, Ryan Murphy (juntamente com seu parceiro de criação, Ian Brennan) resgata uma reportagem de Reeves Wiedeman para a revista New York, que em 2018 publicou a história da família que era perseguida por uma misteriosa pessoa, que escrevia cartas ameaçadoras.

Bem-Vindos à Vizinhança lança olhar a esse recorte das relações humanas, como se discutisse os limites de comunidade.

Murphy, obviamente, não transpôs pura e simplesmente a matéria para a TV, não se trata, portanto, de uma série documental ficcionalizada. O casal Broaddus é substituído pelos Brannock, Dean e Nora, interpretados, respectivamente, por Bobby Cannavale e Naomi Watts, além de seus filhos Ellie (Isabel Gravitt) e Carter (Luke David Blumm).

Dean e Nora adquirem a nova casa como uma maneira de dar novos ares à sua vida, que enfrenta alguns percalços financeiros, ao mesmo tempo em que a esposa faz o caminho de volta para a pequena cidade em que nasceu.

O patriarca dos Brannock aguarda pela promoção no emprego, enquanto tenta construir com a família uma nova realidade, mais fresca, como o ar da cidade para onde mudam. Já Nora parece na encruzilhada entre investir na carreira como artista ou na reconstrução do casamento.

Em seu primeiro dia no novo lar, uma correspondência misteriosa sugere que eles terão alguém os vigiando, alguém que anseia pela possibilidade de ter a casa para si, ao que tudo indica. Incomodados, levam a carta até a polícia local, que levanta a possibilidade de que seja um mal-entendido.

‘Bem-Vindos à Vizinhança’ dialoga com a carreira de Ryan Murphy: para o bem e o mal

‘Bem-Vindos à Vizinhança’ dialoga com a carreira de Ryan Murphy: para o bem e o mal
Mia Farrow em ação em ‘Bem-Vindos à Vizinhança’. Imagem: Netflix/Divulgação.

A partir daqui, quase tudo que já esteve nas mãos de Ryan Murphy começa a surgir. Os excêntricos vizinhos que parecem lhe tomar a privacidade, o garoto negro por quem a filha menor de idade desenvolve um interesse, as câmeras de segurança, a cobiça, todos são ingredientes desse caldo de cultura que o produtor costuma oferecer à sua audiência.

Dean desenvolve uma espécie de obsessão em descobrir quem está enviando aquelas cartas. Todavia, seu objetivo embaça sua correta compreensão das situações. Para solucionar o mistério, contrata uma detetive particular, Theodora (a excelente Noma Dumezweni, de Made for Love).

Bem-Vindos à Vizinhança lança olhar a esse recorte das relações humanas, como se discutisse os limites de comunidade, hospitalidade, do cuidado com o outro. Entretanto, não esquece de trabalhar as paranoias do universo urbano, que vê no outro um inimigo que não lhe permite nem o espaço para fazer o que se faz quando ninguém está vendo.

O seriado empresta elementos do suspense e joga inúmeras camadas sobrenaturais, que parecem crescer à medida que os episódios transcorrem. Porém, chega um instante em que as reviravoltas propostas pelo programa deixam de surpreender o espectador, como se tudo fosse possível, então, nada é verdadeiramente um choque.

'Bem-Vindos à Vizinhança' despenca bruscamente
‘Bem-Vindos à Vizinhança’ despenca bruscamente, deixando ao público uma sensação indigesta. Imagem: Netflix/Divulgação.

Essa, por sinal, é uma marca negativa na trajetória de Murphy. Seus trabalhos, por vezes, falham ao subir tanto a montanha, como se perdessem o pique para a descida de volta.

Bem-Vindos à Vizinhança, em que pese muitas grandes atuações (destacaria, em especial, além de Noma Dumezweni, Margo Martindale, Mia Farrow e Naomi Watts), despenca bruscamente, deixando ao público uma sensação indigesta.

É interessante pensar a construção dos personagens depois das críticas que Murphy recebeu por Jeffrey Dahmer, especialmente por um certo tom condescendente com a alegria que o assassino em série sentia ao matar suas vítimas.

Nesta minissérie, ele se dedica a chafurdar menos no pavor pelo que passou a família Broaddus, e mais em buscar um certo regozijo na fixação em descobrir quem era o tal vigilante e o impacto disso na relação familiar.

Saio da minissérie como quem sai de um restaurante após comer mais do que precisava: saciado, mas com uma leve impressão de estufamento.

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Tags: American Horror StoryBem-Vindos à VizinhançaBobby CannavaleGleeIsabel GravittJeffrey DahmerLuke David BlummMargo MartindaleMia FarrowMinissérieNaomi WattsNetflixNoma DumezweniResenhaRyan MurphySeriadoSérieThe WatcherTV Review

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