Um dos eventos mais apreciados pelos amantes de seriados são os crossovers. Para quem não está habituado com o termo, trata-se de uma técnica de enredo que consiste em misturar personagens de produções distintas em uma mesma história. Essas junções costumam ser mais frequentes em séries derivadas, como foram vistas várias vezes no universo vampiresco de Buffy, A Caça-Vampiros e Angel, ou nos dramas médicos Grey’s Anatomy e Private Practice.
Quando assistimos a algum filme ou seriado, é comum sermos transportados a um universo fantasioso em que nos sentimos parte da história que estamos testemunhando. E algumas vezes, em nossa imaginação, tomamos a liberdade de mesclar personagens de histórias distintas a fim de criar nossos próprios roteiros. Nem sempre esses sonhos se tornam realidades. Nem por isso esses crossovers imaginários deixam de ser interessantes. Essa semana, separamos uma lista com 8 crossovers que, apesar de não terem sido produzidos, renderiam interações, no mínimo, curiosas.
Quando assistimos a algum filme ou seriado, é comum sermos transportados a um universo fantasioso em que nos sentimos parte da história que estamos testemunhando.
Buffy (Buffy, A Caça-Vampiros) e Veronica (Veronica Mars): A primeira é a caçadora de vampiros mais temida por dentuços e demônios; a outra uma jovem detetive particular com um incrível faro investigativo. Mas o que realmente as une é o fator girl power. Determinadas e com língua afiada, são duras na queda e não levam desaforo para casa. Já pensou Buffy fazendo uma visita à Neptune contratando os serviços de Veronica para descobrir o paradeiro de algum demônio novo? Da até para imaginar as duas caminhando entre as lápides no cemitério de Sunnydale, comentando o quão babacas e infantis os homens conseguem ser.
Kimmy Schmidt (Unbreakable Kimmy Schmidt) e Kenneth Parcell (30 Rock): Único crossover da lista que há chances de acontecer. A criadora é a mesma, a Nova York colorida é idêntica, o humor ácido e afiado são muito semelhantes. Não será nenhuma surpresa se, do nada, nos depararmos com a adorável Kimmy fazendo uma visita aos estúdios da NBC no 30 Rockefeller Plaza para tentar conhecer um pouco mais da história da televisão que tanto mudou ao longo dos anos que esteve presa em cativeiro. Torcendo desde já para um encontro da mole woman com o tour guy Kenneth. Como ambos possuem origens semelhantes (os dois vieram de uma cidadezinha do interior), Kenneth poderia até dar umas diquinhas de como se adaptar na Big Apple. Certamente uma ótima forma para matar saudade da finada 30 Rock.
Carrie Mathison (Homeland) e Jack Bauer (24 Horas): Homeland veio para tentar preencher o vazio no coração deixado pelo término de 24 Horas. Assim como o controverso anti-herói da UCT, a agente da CIA vive em uma busca incessante pelo fim do terrorismo. Seria no mínimo curioso ver esses dois grandes agentes da (fictícia) história norte americana juntos em cena, defendo a pátria com unhas e dentes; principalmente pelos conflitos gerados por essa parceria, afinal, a inclinação de Bauer por tortura bateria de frente com os princípios de Carrie, que desaprova o discurso “o fim justifica os meios”.
Barney Stinson (How I Met Your Mother) e Chloe (Don’t Trust the B—- in Apartment 23): Para o astro de How I Met Your Mother, a vida é uma maratona de desafios para conquistar as mais diversas mulheres. Praticamente um homem sem coração, o mulherengo possui táticas criativas infalíveis de sedução e leva essa rotina como um grande hobby. Não muito diferente, temos Chloe, a famosa b*scate do apartamento 23. Se tem uma pessoa que realmente seria um desafio para Barney, essa pessoa é Chloe. Caso o rapaz cruzasse o caminho da moça, certamente escreveria um capítulo inteiro em seu Playbook sobre a peregrinação com todas as artimanhas que usou para conquistar a b*tch.
Donna Meagle (Parks and Recreation) e Mindy Lahiri (The Mindy Project): Uma está em Pawnee, Indiana. Outra reside em NYC. Mas em tempos de Twitter, a distância é relativa e não seria nenhum empecílio para essa parceria se concretizar. Donna e Mindy, apesar das diferentes vidas profissionais, poderiam facilmente compartilhar o mesmo circulo social (nesse caso, virtual). Amante das mídias sociais e, principalmente, das celebridades, cedo ou tarde, as duas acabarem trocando algumas replies, comentando acontecimentos bombásticos de algum seriado, o vazamento de alguma sextape de alguma sub-celebridade em ascenção ou até mesmo para combinar um final de semana em Beverly Hill para um momento “Treat Yo Self”, marca registrada da personagem de Parks and Recreation.
Penny Hartz (Happy Endings) e Laurie Keller (Cougar Town): Apesar da personagem de Cougar Town já ter feito uma brevíssima aparição em Happy Endings (veja aqui), não houve nenhum diálogo sequer entre as personagens, o que é uma pena. Laurie seria a amiga perfeita para Penny. Afinal, ela está sempre lamentando não ter muita sorte com os homens, que para Laurie nunca foi problema. Mas, na real, o que realmente aproxima as duas é o jeito descolado e peculiar que elas tem de se comunicar: usando gírias das galere. Na verdade, os roteiristas nem precisariam muito quebrar a cabeça para conseguir criar uma grande ligação entre elas. Bastaria colocá-las conversando em um café, por dois minutos, que seriamos brindados com uma enxurrada de improvisações e gírias malucas. Seria muito Amahzing, não é mesmo? Woot Woot!
Doctor (Doctor Who) e Sherlock Holmes (Sherlock): Improvável de acontecer, principalmente pelo fato de Benedict Cumberbatch (Holmes), Martin Freeman (Watson) e o co-produtor Mark Gatiss já terem descartado a possibilidade. Afinal, o detetive da Baker Street vive em um universo livre de alienígenas e Senhores do Tempo (pelo menos até onde ele saiba). Por outro lado, Steven Moffat, atual showrunner das duas produções, brinca ao dizer que o sonho dos fãs de ver os dois protagonistas trabalhando juntos para resolver algum mistério poderia se tornar realidade caso os fãs pedissem muito. Brincadeira ou não, uma coisa é certa: a disputa de egos entre Doctor e Sherlock seria uma delícia de assistir, principalmente se o Senhor do Tempo em questão fosse a versão jovial e rabugenta de Matt Smith.
Lorelai Gilmore (Gilmore Girls) e Michelle Simms (Bunheads): Desde o término de Gilmore Girls, os fãs de Amy Sherman-Palladino ficaram ansiosos pela nova empreitada da roteirista. Ela até ensaiou um retorno com a fracassada The Return of Jezebel James, mas foi com Bunheads que toda a magia de Stars Hollows esteve de volta à TV. O climinha família e os diálogos longos e acelerados eram verdadeiros presentes para os fãs da série das garotas Gilmore. Sem contar a protagonista Michelle, que era praticamente um alter-ego de Lorelai na versão dançarina. A semelhança era tanta que a única explicação era que as duas deveriam ter sido amigas na época do colégio. Dito isso: seria um sonho um episódios em que Lorelai sente saudades da amiga de infância e decide visitá-la em Paradise, para colocar o papo em dia. É possível até imaginar as duas na frente da TV, tomando sorvete e divagando sobre as dificuldades e surpresas da vida.