Foi na pele do personagem Rubinho, em A Força do Querer (2017), que o Brasil em peso conheceu Emilio Dantas, mas muito antes disso o ator já vinha demonstrando todo o seu talento nos palcos e na própria TV.
Em 2010, Dantas entrou para a televisão através da emissora Record. Desenvolveu quatro trabalhos, sendo o último na novela Dona Xepa, em 2013. Mas foi no teatro que eu conheci o seu trabalho. Tive a grande oportunidade de assistir ao musical Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, no qual ele interpretava o cantor.
Sem qualquer semelhança física com Cazuza, Emílio Dantas conseguiu ressuscitá-lo nos palcos: em voz, performance e grande atuação. Não por acaso, o ator ganhou, em 2015, o Prêmio Bibi Ferreira na categoria melhor ator.
Emilio é um artista completo. Canta, atua e tem uma grande aderência a cada personagem que compõe.
Um dos destaques do espetáculo foi o momento em que Emilio fez a plateia se levantar para cantar com ele a música que deu nome à peça, “Pro Dia Nascer Feliz”. Enrolado em uma bandeira do Brasil, o ator, que também é um exímio cantor, transportou o público aos anos 80, para os shows de Cazuza.
Também no ano de 2015, o artista estreou na Rede Globo, no folhetim das seis Além do Tempo, onde interpretou o vilão Pedro. Os noveleiros começavam, então, a conhecer o seu talentoso trabalho.
Com Rubinho, em 2017, em A Força do Querer, Emilio Dantas ganhou maior visibilidade e seu trabalho teve repercussão. Virou, portanto, celebridade. Mas a consagração veio muito antes, por tudo o que ele já havia produzido. Seria injustiça dizer que essa só veio com a novela de Glória Perez.
Nesse seu primeiro papel em horário nobre, Emilio Dantas interpretou um bandido manipulador que se escondia atrás de um bom moço. A parceria com Juliana Paes deu certo, sendo este o núcleo mais interessante e que mais movimentava a novela e as redes sociais.
Novamente em uma novela das 21h, praticamente emendando papeis, o seu personagem, embora seja o protagonista, não é o destaque da trama. Isso não impede, no entanto, que o ator continue expressando toda a sua arte. As músicas gravadas por seu personagem estão virando trilha sonora da novela.
https://www.youtube.com/watch?v=khJpor0CKcg
Emilio é um artista completo. Canta, atua e tem uma grande aderência a cada personagem que compõe. De Cazuza a Rubinho, de Rubinho a Beto Falcão/Miguel… Ele criou personagens com essências bem diferentes e conseguiu, com isso, retratar com primazia cada um deles. Aí está a sua versatilidade. Ele não é só um ator de comédia, ou só de drama, ou só vilão, ou só o mocinho. É muito de cada.
É natural que, pelo fato dele também ser cantor, viver personagens que são músicos, como no caso de Cazuza e Beto Falcão, o permite ter um plus a mais. Ele ganha mais notoriedade, pois já é algo que é seu, é um talento nato. Então, a música soma em seu desempenho.
Mas ele também não deixa nada a desejar quando o canto não está presente. Pelo contrário. São nesses momentos, como em A Força do Querer com Rubinho, que Emilio Dantas prova que com ou sem música o seu trabalho é de se reverenciar.