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‘Blockbuster’ até se esforça, mas não dá conta de fazer humor de qualidade

Primeira temporada de ‘Blockbuster’, nova série de humor da Netflix, tenta emular outras produções de sua criadora. Contudo, sem sucesso.

porAlejandro Mercado
7 de novembro de 2022
em Televisão
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‘Blockbuster’ até se esforça, mas não dá conta de fazer humor de qualidade

Melissa Fumero e Randall Park comandam 'Blockbuster'. Imagem: Netflix/Divulgação.

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Existe um tipo de humor nos Estados Unidos que é fruto direto do Saturday Night Live: debochado, crítico e conectado com a realidade social do país. Boa parte dos seriados de humor contemporâneos derivam dele: Brooklyn Nine-Nine, The Good Place, Unbreakable Kimmy Schimidt, Superstore e a mais recente aposta da Netflix, Blockbuster.

Só que, diferente de seus antecessores, a nova série criada por Vanessa Ramos, roteirista de BNN e Superstore, parece forçada, um desvio na curva. A crise de 2009 segue batendo forte na sociedade norte-americana, sendo fruto de um olhar atento ao que acontece a partir disso.

Mesmo não sendo uma abordagem inovadora, Blockbuster peca mais é pela tentativa de estabelecer um diálogo direto com outras produções. Não haveria problemas se não estivéssemos diante de um caso de “copia, mas não faz igual”.

Timmy (Randall Park) é o gerente da última loja Blockbuster do mundo. Infeliz na vida pessoal e vendo sua carreira ir por água abaixo, ele decide manter sua filial aberta, a contragosto do que rezam as boas práticas empresariais.

Falta a Blockbuster, além de originalidade, robusteza em seu argumento.

A videolocadora é uma extensão direta de sua vida. Timmy tem poucos amigos além dos funcionários, e é apaixonado por Eliza (Melissa Fumero, de BNN), sua colega dos tempos de colégio, que abandonou Harvard, se casou, teve uma filha e nunca conseguiu sucesso profissional.

Todos os personagens de Blockbuster estão comprometidos com alguma camada do que se chama de underdogs, ou perdedores. A locadora é também uma parte importante da existência deles, ainda que todos, de um modo ou outro, façam questão de pontuar seu desgosto em estar ali.

O seriado, cuja primeira temporada possui 10 episódios, se refastela em piadas já vistas, principalmente na finada Superstore. Vanessa Ramos, um às desse humor descendente de SNL, plagia o próprio trabalho, requentando temas e situações que se arrastam na tela. E veja bem: ela está na Netflix, não precisaria disso.

Falta a Blockbuster, além de originalidade, robusteza em seu argumento. Cada episódio trafega na ilusão de que Timmy seria capaz de resgatar seu negócio, sendo frustrado ao final de cada um deles. Novamente, a crítica ao estilo de vida americano, aqui centrado no empreendedorismo, parece um discurso frágil, pueril.

Elenco principal de 'Blockbuster'
Elenco principal de ‘Blockbuster’: série tenta emular piadas de outras produções. Imagem: Netflix/Divulgação.

E não é que Ramos não tenha elaborado um contexto que lhe fosse favorável. A obsolescência de determinadas áreas de atuação dá muito pano para manga, em especial em uma sociedade tão capitalista como a norte-americana. E ela até tenta ir por esse caminho.

A videolocadora está em uma região com outros negócios caminhando para a falência. Uma loja de artigos para decoração, outra com objetos para casa e jardim. Cada uma delas possui uma grande corporação que dominou o setor. Porém, em algum instante, a criadora prefere que seu roteiro fique centrado na tensão amorosa entre Timmy e Eliza. Só que isso não funciona.

Enquanto Randall Park parece duro no personagem, Melissa Fumero está presa em Amy, de BNN. O espectador fica tentado a todo instante em aguardar que Jake Peralta surgirá em tela. Eliza e Amy são excessivamente semelhantes.

Há um episódio que é bastante interessante (o que não significa engraçado). É o ponto alto da primeira temporada de Blockbuster. Nele, as plataformas de streaming saem do ar. As pessoas, então, se veem obrigadas a correr para a última videolocadora do mundo em busca de filmes e seriados. Esse humor ácido de um produto da própria Netflix é o tipo de talento que a pena de Vanessa Ramos é capaz de produzir, mas pouco na soma final.

Com a postura recente da gigante do streaming, menos condescendente com suas produções, talvez Blockbuster não consiga uma nova leva de episódios para corrigir a rota. Que fique claro, isso é uma pena.

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Tags: blockbusterMelissa FumeroNetflixRandall ParkResenhaSeriadoSérieSuperstoreTV ReviewVanessa Ramos

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