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‘Olá, Amanhã!’ leva público à jornada lunar, mas tropeça nos astros

'Olá, Amanhã!' brilha com estética retrofuturista, mas tropeça em sua busca por uma identidade cômica, revelando uma série que luta para equilibrar sua audaciosa premissa com uma execução dramática mais contida.

porAlejandro Mercado
31 de agosto de 2023
em Televisão
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Nicholas Podany e Billy Crudup

O novato Nicholas Podany e o veterano Billy Crudup são pai e filho na série. Imagem: Apple Studios/Divulgação.

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Desde o início, Olá, Amanhã! estabelece uma premissa fascinante que parece saída diretamente da mente de um visionário retrofuturista. A série da AppleTV+ nos presenteia com um vendedor de propriedades lunares, Jack Billings, interpretado magistralmente por Billy Crudup (Quase Famosos). Encarnando o personagem, Crudup apresenta uma fusão de charme e artimanha, com um sorriso amplo que esconde intenções obscuras. No entanto, apesar do potencial promissor, a série rapidamente revela falhas de ritmo que minam suas ambições.

Neste universo retrofuturista, Billings é o líder de uma equipe de vendas que comercializa residências na Lua. Mais do que um negociante de imóveis, o personagem de Crudup e sua equipe de vendedores são comerciantes de sonhos, determinados a fazer com que seus clientes tenham uma nova vida longe de seus cotidianos tediosos, problemáticos e medíocres.

A estética visual de Olá, Amanhã! é, indiscutivelmente, um de seus pontos altos. Os cenários futuristas baseados na década de 1950, com carros flutuantes e robôs retrô, criam uma atmosfera hipnotizante. A produção atinge um equilíbrio sutil entre o familiar e o imaginário, convidando o público a se perder na nostalgia reinventada. No entanto, a atração estética sofre em contraste com a inconsistência narrativa.

Um dos maiores desafios que a série enfrenta é a sua tentativa de ser uma “dramédia”, uma combinação delicada entre drama e comédia. Hank Azaria (A Gaiola das Loucas), que interpreta Eddie, traz uma dose saudável de humor ácido à narrativa, mas o equilíbrio muitas vezes escorrega para uma tentativa forçada de humor. Enquanto a série tenta explorar a queda do sonho americano, a comédia nem sempre parece natural, deixando um vácuo entre os momentos engraçados e os emocionais.

A falta de um gancho convincente torna difícil a espera pela próxima sequência de episódios.

A estrutura narrativa deixa a desejar. Embora a primeira trinca de episódios instigue a curiosidade, a falta de um gancho convincente torna difícil a espera pela próxima sequência de episódios – pior: suposto mistério é muito evidente para a audiência, que desde o início já consegue imaginar do que se trata. A ausência de um elemento real de suspense deixa os espectadores desinteressados em relação ao que acontecerá em seguida, e a trama arrastada não ajuda a preencher essa lacuna.

O elenco de apoio oferece performances sólidas, mas a Olá Amanhã! tem dificuldade em explorar plenamente suas dinâmicas interconectadas. As atuações de Haneefah Wood (Truth Be Told), Dewshane Williams (Defiance) e Nicholas Podany acrescentam camadas intrigantes, mas os personagens frequentemente parecem estar à deriva em uma narrativa que luta para mantê-los envolvidos.

Dewshane Williams, Hank Azaria e Nicholas Podany
Dewshane Williams, Hank Azaria e Nicholas Podany são a equipe que comercializa sonhos – e casas lunares. Imagem: Apple Studios/Divulgação.

Olá, Amanhã! também enfrenta um desafio peculiar ao retratar um mundo que domina a viagem espacial, mas não a televisão colorida. A série aborda essa peculiaridade com uma sequência de sutis escolhas de design, embora falhe em entregar uma explicação satisfatória. Essa falta de coerência interna compromete a imersão na realidade fictícia e levanta perguntas desnecessárias.

Em última análise, Olá, Amanhã! revela-se uma jornada instável. Sua premissa intrigante e estética cativante oferecem lampejos de entretenimento, mas a narrativa tropeça em sua busca por equilíbrio. O elenco brilha, mas o ritmo arrastado e a falta de coesão comprometem sua capacidade de cativar. Enquanto a série pode não ser uma experiência desastrosa, fica claro que, assim como seu protagonista Jack Billings, ela também luta para encontrar sua verdadeira voz e impacto no vasto cosmos das produções contemporâneas.

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Tags: Apple TV+Billy CrudupOlá AmanhãretrofuturismoSérie

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