A série The Handmaid’s Tale estreou em abril do ano passado e, quase um ano depois, retornou à plataforma de streaming Hulu para sua segunda temporada ontem, 25 de abril.
Baseada no romance de Margaret Atwood, publicado em 1985, a série se passa em um futuro distópico em que as regras da Bíblia são seguidas à risca por um novo governo norte-americano totalitário, militar e cristão. A trama, apesar de ter um conteúdo pesado, é de extrema importância para ser comparada aos dias de hoje, quando as lutas e causas feministas vêm reacendendo a cada dia mais a chama pela igualdade de direitos, seja ela dentro de casa, salarial ou simplesmente pela liberdade.
Pensando nisso, preparamos uma lista de curiosidades sobre a série e seus envolvidos antes de começar a segunda temporada, ou ainda maratonar a primeira.
1 – A série não é a primeira adaptação do livro
Por mais que seja novidade para alguns, principalmente aqui no Brasil, a série The Handmaid’s Tale não é a primeira adaptação do livro. A trama já virou peça de teatro, com Corinne Mohlenhoff como Offred, dirigida por Brian Isaac Phillips.
The Handmaid’s Tale também pode ser encontrada em forma de podcast, balé, ópera e audiobook.
2 – No livro, o nome verdadeiro de Offred nunca é divulgado
Na série, nos sentimos mais próximos de Offred ao sabermos um pouco mais de sua história e, claro, do seu nome verdadeiro já no primeiro episódio: June.
No entanto, no livro, essa informação é mantida em segredo. Na verdade, nunca foi a intenção da autora em escolher o nome “June”. Talvez essa escolha tenha sido tomada por Atwood para que o leitor sentisse mais angústia e compaixão pela personagem, além de provocar ainda mais a curiosidade sobre a história.
3 – Diretora de “Lemonade”, de Beyoncé, participa da série
Os três primeiros episódios de The Handmaid’s Tale foram dirigidos por Reed Morano, responsável por um dos clipes do álbum audiovisual de Beyoncé, Lemonade, lançado em 2016. O clipe em questão é da música “Sandcastles”.
A trama, apesar de ter um conteúdo pesado, é de extrema importância para ser comparada aos dias de hoje.
4 – Para a autora, ‘The Handmaid’s Tale’ não é ficção
Margaret Atwood não hesita em repetir que a história da série não se trata completamente de uma ficção. A história em si foi criada, mas fatos isolados já aconteceram, acontecem e ainda tem chance de acontecer, segundo a autora.
5 – O livro foi escrito durante o ano da queda do Muro de Berlim
Atwood vivia em Berlim Ocidental quando estava escrevendo o livro, em 1984. A autora afirmou que o ambiente a inspirou na produção do conteúdo do romance. “Senti cautela, a sensação de ser espionada, os silêncios, as mudanças de assunto, as formas oblíquas em que as pessoas poderiam transmitir informações, e isso tinha influência sobre o que eu estava escrevendo”, conta.
Mesmo assim, o livro foi o primeiro vencedor do prêmio Arthur C. Clarke de ficção científica, em 1987.
6 – Um dos livros mais banidos em escolas dos Estados Unidos
O livro foi um dos mais proibidos em escolas dos Estados Unidos. Entre os anos de 1990 a 1999, por exemplo, The Handmaid’s Tale ficou em 37º na lista dos 100 livros mais proibidos e desafiados. Já entre os anos 2000 e 2009, a situação melhorou um pouco, passando para a 88ª colocação.
O motivo do banimento seria o “conteúdo sexual”, “difamatório” e “vulgar”.
7 – Sucesso e prêmios
A adaptação do livro para a televisão foi um sucesso. The Handmaid’s Tale ganhou cinco Emmys em 2017, incluindo melhor série de drama e melhor atriz em série de drama para a protagonista Elizabeth Moss.