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‘A Vilã das Nove’ comove ao falar de amor e abandono

Dirigido por Teodoro Poppovic, 'A Vilã das Nove' traz Karine Teles como uma mulher que vê seu passado ser retratado em uma novela.

porMaura Martins
22 de maio de 2025
em Cinema
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Karine Telles brilha em 'A Vilã das Nove'. Imagem: Lupa Filmes / Divulgação.

Karine Telles brilha em 'A Vilã das Nove'. Imagem: Lupa Filmes / Divulgação.

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Ao assistir à novela das nove, uma mulher toma um choque: é a sua vida que está sendo contada ali. E, o que é pior, a história retrata um segredo seu que há décadas ela luta para esconder. O mote inicial de A Vilã das Nove, filme de Teodoro Poppovic (de Rota 66) é tão rocambolesco que parece já ter sido visto antes. Mas a graça desse longa-metragem brasileiro é que ele foge dos que seriam os caminhos mais óbvios: o flerte com a ficção científica ou com um novelão mexicano.

As soluções buscadas pela trama são muito sutis e poéticas – e a qualidade do filme se deve, em grande parte, pelo seu elenco estrelado. A começar pela protagonista, a grande Karine Teles (que, atualmente, vive a Aldeíde em Vale Tudo e é dos maiores destaques da novela de Manuela Dias). Em A Vilã das Nove, ela é Roberta, uma preparadora vocal que vive em um mundo cool das artes, enquanto divide a criação da filha com o ex-marido (papel vivido pelo cantor Negro Léo).

O filme ganha força justamente por fazer a protagnoista tridimensional e complexa. Há aqui um diálogo possível com A Filha Perdida, romance de Elena Ferrante.

Embora haja alguns conflitos, em geral, as coisas fluem bem, e Roberta se divide entre os atendimentos em casa, a maconha, quando a filha sai, e os eventos descolados que costumam pipocar. Um dia, ela acaba indo parar na festa na casa de uma atriz (Camila Márdila, a Jéssica de Que Horas Ela Volta?) que comemora o lançamento de sua nova novela, chamada “A Má Mãe”.

O susto vem quando o primeiro capítulo é exibido e Roberta nota que a trama da novela é familiar: os episódios retomam momentos do seu passado que ela prefere esconder. Tal como Édipo, não há como fugir do destino – e ele novamente cruza a sua jornada por meio de uma das autoras do folhetim, a jovem Débora (vivida por Alice Wegmann).

‘A Vilã das Nove’: quando o passado bate à porta

Intimista, o filme de Teodoro Poppovic transita entre gêneros: há algo de humor, um pouco de suspense. Mas, em geral, trata-se de uma obra tocante que explora especialmente a vida emocional de Roberta. Relutante em se confrontar com o próprio passado, ela busca desesperadamente por subterfúgios para que tudo permaneça como está (o que nunca é possível, como bem sabe qualquer um que conheça a peça de Sófocles).

O filme ganha força justamente por fazê-la tridimensional e complexa. Roberta foge de sua antiga vida e prefere a que construiu para si, por meio de escolhas que podem, à primeira vista, soar apenas fúteis e egoístas. Há aqui um diálogo possível com A Filha Perdida, romance de Elena Ferrante que foi transformado em filme com a direção de Maggie Gyllenhall, e fala de uma mãe que opta por deixar suas filhas com o marido para buscar a própria vida.

Há dor na história de Roberta e Débora, mas há também prazer, desejo sendo atendido. Ao atentar-se a essas facetas, A Vilã das Nove ganha contornos de poesia e de vida por quem sabe que nada é preto ou branco – nem a maternidade. Resta, ao fim do filme, a memória musical pelo belo uso que o filme faz com a lindíssima “Pessoa”, música de Marina Lima.

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Tags: A Vilã das NoveCinemaKarine TelesTeodoro Poppovic

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