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Época de sorte

porTaiana Bubniak
8 de julho de 2016
em Maternamente
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Bayar, um dos personagens, vive no deserto de Gobi, na Mongólia. Foto: Reprodução.

Bayar, um dos personagens, vive no deserto de Gobi, na Mongólia. Foto: Reprodução.

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Dia desses ralhei com o cachorro, que estava mexendo no lixo. Instantes depois, percebi que minha filha – no seu idioma peculiar – usava o mesmo tom de repreensão com o bichinho quando ele pegava um brinquedo dela. Ela me viu brigando com ele e repetiu. E funcionou naquela ocasião. É sempre assim. Para as coisas positivas e negativas. Esse aprendizado por imitação torna bebês e crianças seres únicos, em constante transformação.

Como o tema me interessa pessoalmente, fui atrás de referências nesse sentido e descobri o documentário francês Babies (2010), que tem direção de Thomas Balmès. O filme, de 80 minutos, mostra o cotidiano de quatro crianças ao redor do mundo, desde que nascem, até perto da data em que completam 1 ano. Foram 400 dias de filmagens nos EUA, Japão, Mongólia e Namíbia acompanhando o crescimento e a evolução das crianças. As cenas do documentário são ricas e tocantes.

Acredito que é um privilégio da nossa época poder entender que a infância é importante, é essencial e é uma semente dos adultos que teremos.

Não há falas, declarações ou narrador. Mas não é preciso mesmo de um idioma específico. A língua universal da infância é o aprendizado por “osmose”, repetindo o que vê e descobrindo por conta própria. As imagens expõem o que é o crescer de um jeito melhor do que qualquer explicação.

Ponijao vive em uma comunidade tribal no interior da Namíbia (Foto: Reprodução)
Ponijao vive em uma comunidade tribal no interior da Namíbia. Foto: Reprodução.

Embora as crianças acompanhadas pelo cineasta vivam em culturas bem diferentes – mais urbanas no Japão e EUA e mais ligadas à vida no campo na Namíbia e na Mongólia – percebemos que o jeito de aprender é o mesmo em qualquer ambiente. As crianças repetem, fazem, refazem, reclamam, erram, precisam de independência, precisam de uma comunidade, não precisam necessariamente de recursos muito elaborados.

Hattie, de São Francisco, vive em ambiente mais urbano.
Hattie, de São Francisco, vive em ambiente mais urbano. Foto: Reprodução.

Acredito que é um privilégio da nossa época poder entender que a infância é importante, é essencial e é uma semente dos adultos que teremos. Na era medieval, não havia um conceito ou entendimento de infância. Ao longo de muitos anos, as crianças eram tratadas como mini-adultos ou como adultos incompletos. Foi só a partir do século XVII que essa parte da vida passou ter a relevância no círculo familiar e, consequentemente, na sociedade.

Mari, de Tóquio, comemora seu primeiro aniversário. (Foto: Reprodução)
Mari, de Tóquio, comemora seu primeiro aniversário. Foto: Reprodução.

Agora, até podemos nos perder num oceano de linhas de criação, livros, nomes de técnicas e “times de futebol” da criação dos filhos. Tem até quem rotule ou defenda uma ou outra mais que o necessário. Há quem afirme que as crianças são malévolas, há quem diga que são inteiramente angelicais. Acho que não são nem uma coisa nem outra: são seres que nascem ainda imaturos, que solicitam ajuda para suas necessidades e que aprendem no convívio social.

Embora eu reconheça a importância de buscar informação, acredito que se transformar em pai e mãe é acompanhar o crescimento dos filhos de uma forma talvez um pouco mais despretensiosa, assim como as filmagens do documentário Babies transparecem: apoiar, ajudar, ficar de olho, mas principalmente deixar que façam as coisas por si mesmos e deixar que se relacionem com o mundo à sua volta (com a natureza!!), uma vez que já os reconhecemos enquanto indivíduos verdadeiros.

Assista ao documentário “Babies” na íntegra

https://vimeo.com/67691334

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Tags: BabiesbebêsCinemaCriaçãocultura e maternidadeDocumentárioinfânciaMãeMaternidadepaternidadeThomas Balmès

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