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‘Liar’ é um thriller policial que não convence

'Liar', série dos canais ITV e Sundance TV, tenta subverter algumas convenções do gênero, mas não chega a empolgar.

porMaura Martins
25 de outubro de 2017
em Televisão
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‘Liar’ é um thriller policial que não convence

Imagem: Reprodução.

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A sinopse de Liar, coprodução do canal norte-americana Sundance TV e do canal britânico ITV, inicialmente criada para ser uma minissérie em seis capítulos, mas que ganhou uma segunda temporada a ser exibida em 2018, parece inspirada. Uma professora recém separada (Joanne Froggat, de Downton Abbey) flerta com um médico bonitão (Ioan Gruffudd, de Quarteto Fantástico), pai de um de seus alunos. Ele a convida para sair. Meio reticente, ela acaba topando. O encontro parece se desenrolar perfeitamente: eles são ambos atraentes, charmosos e estão interessados um pelo outro. No dia seguinte ao encontro, porém, ela não se lembra de nada. Mais do que isso: ela tem certeza de que foi estuprada, ainda que não tenha qualquer prova disso.

Toda esta trama nos é colocada já no primeiro episódio; desta forma, Liar parece desdobrar sua intriga em torno da dúvida: quem está falando a verdade e quem é o mentiroso do título da série? É Laura, a professora que tem certeza absoluta de que foi abusada por um psicopata, e que fará de tudo para que isso seja reconhecido por todos (chega, inclusive, a denunciar publicamente nas redes sociais de Andrew, o médico)? Ou Andrew é, de fato, um sujeito idôneo envolto no drama de uma mulher que busca um pouco de atenção? Curiosamente – e aí talvez haja uma certa oxigenação no thriller policial –, a resposta a este suspense é logo esclarecida, lá pelo terceiro capítulo, e não reservada ao final. Não é, portanto, este o segredo a ser descoberto.

A trama, na sequência, gira em torno do fato se o “mentiroso” será ou não desvendado e capturado no seu crime (o estupro ou a difamação?), o que faz que a atenção do espectador se volte a outro foco, que são os dramas de cada um dos personagens (e eles são vários, para o que seria uma minissérie de poucos capítulos). Laura, a protagonista, vivia um casamento morno, com um policial, de quem se separa amigavelmente. Em seu convívio estão também sua irmã, uma anestesista do mesmo hospital de Andrew (que serve de “cupido” para o encontro entre os dois), que é casada com um homem que fica em casa para cuidar dos seus filhos. Há ainda mais uma personagem importante, que é uma detetive que é convocada para investigar o possível estupro.

Se não é uma minissérie brilhante, pelo menos os seis episódios de Liar são suficientemente interessantes para que o espectador aguente até o final.

Ocorre, no entanto, que nenhum desses personagens é suficientemente desenvolvido a ponto de comover o espectador. Nenhum deles consegue de fato nos conquistar – não porque suas tramas não sejam interessantes mas porque, infelizmente, há alguns problemas estruturais no desenvolvimento do roteiro. Várias subtramas são trazidas à cena sem que sejam amarradas à história. Por exemplo (e aqui não trago spoilers): o que significa a história do casamento da irmã de Laura? Além disso, há um aborto que envolve um personagem secundário e que parece um elemento sem pé nem cabeça.

Um detalhe curioso de Liar, porém, é que se trata de uma série em que brilham apenas as personagens femininas. A protagonista é indubitavelmente Laura, uma mulher que oscila entre ser uma espécie de heroína que busca reconhecimento ao seu sofrimento (o abuso que ela imagina ter sofrido, e que a coloca como uma personagem fortemente conectada a uma pauta atual) e ser apenas uma mulher neurótica obcecada por uma ideia. Ao seu lado, a trama destaca sua irmã mais velha, uma “chefe de família”, e a detetive, que é lésbica, e tem um forte senso de ética e justiça. Os personagens masculinos que as circundam (o médico, o marido da irmã, o ex-marido de Laura) são todos mais fracos e falhos que elas.

Se não é uma série brilhante – e é preciso dar o desconto de que hoje estamos cercados de séries brilhantes que elevam enormemente o patamar de qualidade e, em consequência, as nossas cobranças –, pelo menos os seis episódios de Liar são suficientemente interessantes para que o espectador aguente até o final. Renovada para uma segunda temporada, causa ainda a curiosidade de como os roteiristas amarrarão todas as pontas soltas da história para que a trama faça mais sentido.

Tags: análise televisivaCrítica de TelevisãoIoan GruffuddITVJoanne FroggatliarMinissérieResenhaSeriadoSériesundanceSundance TVTV

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