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Will Butler lança ‘Policy’ enquanto busca sua identidade para além do Arcade Fire

'Policy', disco de estreia da carreira solo de Will Butler (Arcade Fire), não é um álbum primoroso, mas encontra em todas referências possíveis de serem captadas a energia necessária para ser ouvido. É um disco razoável, mas esperávamos mais.

porAlejandro Mercado
17 de abril de 2015
em Música
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Will arrisca fora do Arcade Fire. Imagem: Reprodução.

Will arrisca fora do Arcade Fire. Imagem: Reprodução.

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Antes de começar a falar sobre Policy, álbum solo de estreia de Will Butler, músico e compositor da banda canadense de indie rock Arcade Fire, é importante sinalizar a você leitor que não se trata de um disco da Arcade Fire e não soa como eles, lírica e musicalmente falando. Posto isso, mãos à obra.

Will é o irmão mais novo de Win, vocalista da Arcade Fire. É difícil analisar a presença dele na banda, afinal, a atitude do músico no palco acaba sendo um exercício de fora para dentro, como se em sua mente estivesse acontecendo um show particular.

Policy não possui uma linha mestre. No disco, composto por 8 faixas e gravado no lendário Electric Lady Studios em Nova York (criado por Jimi Hendrix e onde já gravaram artistas como U2, David Bowie, AC/DC, Led Zeppelin, John Lennon entre outros), parece que Butler procura soar espontâneo, como era o próprio Arcade Fire na época do disco Funeral.

O álbum tem uma nostalgia que não tira sua modernidade. Mostrando influências diversas, o músico contrói faixa a faixa um disco que nos oferece desde o mais puro rock nova-iorquino, até lampejos do synthpop do final da década de 1970 início dos 80’s.

Will Butler possui muita facilidade na composição de músicas. E para ele tudo serve de inspiração, inclusive uma série de músicas compostas com base em manchetes do jornal The Guardian. Até a crise hídrica de São Paulo (leia matéria aqui) foi tema para uma canção que, infelizmente, não entrou no disco.

 

Voltando a falar sobre Policy. O disco inicia com uma pulsante (e por que não, dançante) “Take My Side”. Há nesta faixa um quê de The Strokes, aquele rock desleixado, um mélange entre o tosco e “ser cool”. Stuart Berman (Pitchfork) considerou essa faixa um pouco forçada, como se Will quisesse construir (propositalmente) um estilo indie que não combina com ele. Entretanto, há de se lembrar que falamos de um integrante da Arcade Fire.

“Anna” é a melhor música do disco. Não há nada nela possível de desagradar. Desde as linhas de voz contagiantes, o baixo sintetizado (típico do synthpop) e seu sax de motown. “You better go and make some friends” diz Will, entre gritos e grunhidos, recordando o melhor de David Bowie, Prince e The Cure.

O álbum tem uma nostalgia que não tira sua modernidade. Mostrando influências diversas, o músico contrói faixa a faixa um disco que nos oferece desde o mais puro rock nova-iorquino, até lampejos do synthpop.

Em “Finish What I Started”, o ritmo desacelera. Ela retrata um pouco como Will ainda está em busca de sua identidade enquanto artista solo: “Someone please tell me what my name is / I wrote it down, but lost track of the paper / Someone please finish what I started”. A sobriedade do piano e a bateria em perfeita sincronia dão a sensação de terem sido retirados diretamente do Blue Moves (Elton John, 1976).

“Son of God” é uma balada folk com ares de música gospel, enquanto em “Something’s Coming” Will torna a soar como Prince, usando e abusando do baixo sintetizado. Já em “What I Want” há uma energia mais pulsante, com seus refrões carregados e guitarras contagiantes.

A faixa seguinte, “Sing to Me”, destoa do restante do disco. É uma música muito mais introspectiva e até um pouco triste. Acompanhado quase o tempo todo apenas por um piano, o artista compartilha em cada estrofe uma tristeza latente (“Oh, sing to me, sing to me / Cause I’m so scared of all the friends I had before / Cause I’m lonely like I’ve never been before”).

Encerrando o álbum, “Witness” é mais animada e contagiante que a anterior. Contando com o auxílio de backing vocals, uma bateria muito mais acelerada e um piano sendo “atacado” insistentemente, a música faz quem a ouve viajar aos anos 60. Particularmente me lembrou Sam The Sham & The Pharaohs e sua “Wooly Bully”.

Policy não é um álbum primoroso, mas encontra em todas referências possíveis de serem captadas a energia necessária para ser ouvido. O próprio Butler disse em recente entrevista que procurou refletir todo seu imenso gosto musical no disco.

Acontece que de certa forma não houve equilíbrio entre seu ecletismo e o experimentalismo impresso faixas. A falta de uma linha que guie o álbum também jogou contra neste caso. É um disco razoável, mas há de se convir que a expectativa era maior.

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Tags: Crítica MusicalMúsicaPolicyResenhaWill Butler

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