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Home Literatura

Alvaro Posselt e o haicai: a captura do instante

porGiovanna Menezes Faria
7 de abril de 2018
em Literatura
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Alvaro Posselt - Kaki

Poesia oriental praticada por Paulo Leminski e Helena Kolody, ganha novo folego com Alvaro Posselt. Imagem: Reprodução.

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É costume dizer que quando uma história nos prende, devoramos o livro vorazmente. Contudo, há certas leituras que pedem mais comedimento, para uma apreciação mais satisfatória. Foi o caso de Kaki (Blanche, 2015), do poeta curitibano Alvaro Posselt. Composto por 56 haicais – poemas de três linhas de origem japonesa –, a obra nos leva a enxergar a beleza da simplicidade.

Se lido de uma vez, a sensação é de que esse Kaki não passou de uma degustação e a fome ainda prevalece. Foi só com uma segunda leitura, parcelada ao longo da semana, que pude compreender e apreciar todos os sabores que me eram oferecidos.

Se a poesia em geral já é uma literatura que pede uma atenção especial, o haicai, pelo seu tamanho diminuto, pede um cuidado ainda maior, para que o leitor não só leia, mas, principalmente, compreenda o significado daquela mensagem.

Como bem destaca José Marins, na apresentação da obra, o haicai é como uma fotografia: a captura da instantaneidade. E Posselt, como bom “fotógrafo”, tem o olhar treinado e a sensibilidade para revelar o encanto do cotidiano.

“Repleta de inseto
a casa tem um par de asas
em cada objeto.” – (página 69)

Com muita leveza, Posselt brinca com a linguagem para a construção das rimas, fazendo troça até de si mesmo.

Esse traço se revela em toda a trilogia, iniciada com Tão Breve Quanto o Agora (2012), seguida por Um Lugar Chamado Instante (2013) e finalizada com Kaki, na qual o autor faz uma homenagem à origem oriental do haicai. Inclusive, os títulos das duas primeiras obras destacam a necessidade de se estar atento ao presente.

Outro traço característico da obra do autor é o humor. Com muita leveza, Posselt brinca com a linguagem para a construção das rimas, fazendo troça até de si mesmo:

“Estou ficando calvo
O tempo acertou
o Alvaro no alvo.” – (página 64)

O humor também se junta ao carinho pela sua terra natal. Curitiba e seus traços ganham destaque em diversos poemas, seja pelo clima inconstante ou pelos ipês amarelos característicos da capital. Quem nunca passou pela Travessa da Lapa, no centro da capital, e se deparou com o poema “Curitiba não nos poupa/ ontem tomei sorvete/ hoje tomo sopa”?

À irreverência do autor, soma-se a sua habilidade com as palavras e com o domínio das diferentes técnicas do haicai. Só no Brasil, são cinco estilos diferentes: haiku japonês, guilhermino, livre, clássico e senryu. Alvaro é versado na maioria desses estilos, mas não se prende a nenhum. Deixa a inspiração chegar e produzir seus frutos livremente.

[box type=”info” align=”” class=”” width=””]KAKI | Alvaro Posselt

Editora: Blanche;
Tamanho: 80 págs.;
Lançamento: 2015.[/box]

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Tags: Alvaro PosseltBook ReviewCríticaCrítica LiteráriahaicaiKakiLiteraturaliteratura paranaensePoesiaResenhaReviewTão Breve Quanto o AgoraUm Lugar Chamado Instantte

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