• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Crônicas Paulo Camargo

Desilusão

porPaulo Camargo
10 de abril de 2018
em Paulo Camargo
A A
Desilusão

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

O que fazer quando uma utopia se estilhaça? Essa pergunta ecoa, incomoda, na insistência deliberada em não mais se discutir o assunto com ninguém, já que parece esgotado no vazio da guerra surda entre os que nada desejam ouvir. Só despejar certezas, inúteis diante de um cenário tão sombrio, desolador. Melhor, então, seguir calado, a aguardar o nevoeiro dissipar-se, para que, talvez, novos caminhos surjam, e se possa prosseguir em busca de novas toadas, de alguma alento que venha de outras paragens. O mar, aqui, secou.

Mas dói pensar naquele momento em que se apostou no sonho, com a vontade, quase convicção de que ele poderia concretizar-se. A utopia, por algum tempo, tornou-se terra à vista, um território visível a olho nu. Uma paisagem bela e promissora, onde poderíamos, no plural, ser mais e melhores do que no singular. E desembarcar, com os pés na agua morna do oceano, para desvendá-la, e nela mergulhar com a certeza de que poderíamos fincar raízes, por gerações. Foi, por um momento prolongado, uma possibilidade concreta, tangível.

O que fazer quando uma utopia se estilhaça? Essa pergunta ecoa, incomoda, na insistência deliberada em não mais discutir o assunto com ninguém, já que parece esgotado no vazio da guerra surda entre os que nada desejam ouvir.

Mas e se tudo não passou de uma miragem, uma dissimulação? Essa incerteza é corrosiva, desestabilizadora. Seria ingênuo não acreditar no delírio, porque ele é, afinal, essencial à criação, à transformação. É imprudente a esta altura, no entanto, subestimar os falsos profetas, capazes de nos conduzir rumo à escuridão de seus próprios interesses, das suas vaidades santificadas. A nós, cabe o despertar.

O vazio deixado pelo desaparecimento da utopia é imenso. Uma cratera profunda, agora repleta apenas de incertezas e alguma esperança em forma de semente não germinada, escondida no fundo da terra, que aguarda uma chuva redentora.

Tags: coletivoCrônicadesilusãodespertarescuridãomiragemutopia

VEJA TAMBÉM

"A falta que Fernanda Young faz", crônica de Paulo Camargo
Paulo Camargo

A falta que Fernanda Young faz

8 de fevereiro de 2022
"Hygge", crônica de Paulo Camargo
Paulo Camargo

Hygge

28 de janeiro de 2022
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Primeira parte da adaptação da histórica HQ argentina está inteira disponível na Netflix. Imagem: Divulgação.

O apocalipse tem sotaque argentino em ‘O Eternauta’

13 de maio de 2025
Documentário está disponível na Max. Imagem: Divulgação.

‘Rita Lee: Mania de Você’ revela o corpo, o grito e o silêncio da mulher que reinventou o Brasil

9 de maio de 2025
Primeira edição de O Eternauta, publicada na revista Hora Cero Semanal. Imagem: Reprodução.

HQ ‘O Eternauta’ traduz décadas da história da Argentina

9 de maio de 2025
Cantora trará sucessos e canções de seu 12º disco de estúdio. Imagem: Ki Price / Divulgação.

C6 Fest – Desvendando o lineup: Pretenders

9 de maio de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.