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‘Canção do amor demais’ é o encontro do básico com a sofisticação

Em 'Canção do amor demais', álbum essencial da música brasileira, Elizeth Cardoso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto dão vida à Bossa Nova.

porAngelo Stroparo
28 de junho de 2018
em Música
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'Canção do amor demais' é o encontro do básico com a sofisticação

Imagem: Reprodução.

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Em 29 de junho de 1958, o Brasil se consagrava campeão mundial de futebol, na Suécia. Pelos pés de uns poucos homens, a seleção brasileira se consolidava como um poderosíssimo elemento da nossa cultura, há 60 anos.

E há 60 anos nascia outro importante bem cultural brasileiro: a Bossa Nova. Ou, pelo menos, os alicerces de um dos gêneros musicais genuinamente nacionais mais conhecidos, aqui, e no mundo, foram estabelecidos.

Sem dúvida nenhuma, o álbum Canção do amor demais, lançado em 1958, constitui boa parte deste fundamento, construído pelas mãos de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, mas também pela presença e voz inigualável de Elizeth Cardoso.

Uma das maiores cantoras da nossa história, a carioca iniciou a carreira no rádio, nos anos 1930, na Rádio Guanabara. Lá, a cantora se apresentou ao lado de colossos como Noel Rosa, Araci de Almeida e Vicente Celestino.

Canção do amor demais é importantíssimo na música brasileira por introduzir o estilo de violão de João Gilberto, fundamental à Bossa Nova, nas faixas “Chega de saudade” e “Outra vez”. Também por ser todo arranjado pelo ainda desconhecido Tom Jobim – apesar do fato do músico, cantor, arranjador e compositor ter musicado a peça de teatro Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, em 1956, na qual alcançara prestígio e reputação significativos.

No entanto, a recepção para Canção do amor demais foi bastante tímida junto ao público, não obstante, a obra foi consagrada pela crítica.

Jobim não poupou esmero nas composições: arranjos requintados, tocados em harpas, trompas e fogotes, trouxeram texturas sonoras absolutamente inéditas na MPB.

Vinícius, que dizia crer “na poesia da música”, escreveu letras maravilhosas e, sobre a musicalidade do parceiro, escreveu na contra capa do disco: “a crescente simplicidade e organicidade de suas melodias e harmonias, cada vez mais libertas da tendência um tanto ou quanto mórbida ou abstrata que tiveram um dia”.

A originalidade da música, contudo, foi logo percebida assim que começou a aparecer nas programações das estações mais ouvidas da época. O impacto foi grande, ao ponto da composição ser considerada o divisor de águas que influenciou vários músicos pelo país afora.

Em pouco tempo, um novo padrão estético foi consagrado na música popular brasileira, que estabelecia um diálogo entre voz e violão – transformado em instrumento participante do processo criativo e não somente uma base harmônica para a voz, comum até então.

Ao juntar os talentos de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto e Elizeth Cardoso, Canção do amor demais inicia a Bossa Nova. Mas, muito mais que isso, escreve um prólogo, deixando aberto o caminho para outros grandes nomes da MPB seguirem na construção da história da nossa música e, por que não dizer, do nosso povo. A discografia brasileira de música popular nunca experimentara algo tão sofisticado e requintado. Que o futuro nos traga bons sons, assim, e que no presente saibamos reconhecê-los.

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Tags: Album ReviewBossa NovaCanção do amor demaisCrítica MusicalElizeth CardosoJoão GilbertoMúsicaResenhaTom JobimVinicius de Moraes

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