• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Cinema

Wong Kar-Wai explora a intertextualidade no magistral ‘2046 – Os Segredos do Amor’

Em '2046 – Os Segredos do Amor', o cineasta chinês Wong Kar-Wai reencontra seu protagonista transfigurado, desiludido e entregue à lascívia.

porPaulo Camargo
11 de outubro de 2018
em Cinema
A A
'2046 – Os Segredos do Amor', de Wong Kar-Wai

Tony Leung reencontra seu personagem de 'Amor à Flor da Pele'. Imagem: Divulgação.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Se em Amor à Flor da Pele, o diretor chinês Wong Kar-Wai resvala no sublime para falar de uma paixão entre um homem e uma mulher, ambos casados com outras pessoas, moradores de uma mesma pensão na Hong Kong dos anos 60, em 2046 – Os Segredos do Amor o cineasta reencontra um dos protagonistas em um momento muito diferente de sua vida.

Chow (Tony Leung, grande astro do cinema chinês) ressurge desiludido, e agora entregue à lascívia. Trocou o amor pelo sexo sem compromissos. O sujeito honrado, retraído e algo solene de Amor à Flor da Pele transfigurou-se. Sem ter concretizado a paixão nutrida por olhares e toques fortuitos com as ex-amantes, ele agora encarna uma espécie de sátiro, revezando parceiras em sua cama como quem troca de camisas no verão. Tudo para escapar da possibilidade de se envolver emocionalmente.

2046, cuja narrativa é mais fragmentada do que seu antecessor, mostra quatro relacionamentos fugazes do jornalista, que agora dedica-se a escrever um romance, cujo título coincide com o do filme. E essa trama, ficcional, também integra a narrativa do longa de Wong Kar-Wai.

Nessa história dentro da história, 2046 é uma instância espaço-temporal e de espírito à qual as pessoas vão para resgatar memórias perdidas.

Nessa história dentro da história, 2046 é uma instância espaço-temporal e de espírito à qual as pessoas vão para resgatar memórias perdidas. Um lugar onde nada se altera. Também é o número do quarto de hotel onde Chow encontrava sua vizinha, vivida por Maggie Cheung, em Amor à Flor da Pele. Mas o cineasta chinês também empresta a esse detalhe de seu belo filme um significado metafórico e político: 2046 é o último ano do período estipulado pela China a Hong Kong para que tudo na ex-colônia britânica se readeque ao que Pequim estabelece com norma.

Há quem considere o cinema de Wong Kar-Wai excessivamente estetizado, chamando-o de “perfumaria”. De fato, ele é um desses autores com os quais o espectador tem de manter uma espécie de vínculo sensorial. Se não houver uma entrega às imagens, aos jogos narrativos, à poesia que costura questões relativas ao tempo e à memória, mas também aos sentidos, elementos onipresentes no cinema do diretor, seus filmes se tornam herméticos e, aparentemente, maneiristas demais. Aos que aceitam o desafio, está reservada uma experiência estética ímpar.

ESCOTILHA PRECISA DE AJUDA

Que tal apoiar a Escotilha? Assine nosso financiamento coletivo. Você pode contribuir a partir de R$ 15,00 mensais. Se preferir, pode enviar uma contribuição avulsa por PIX. A chave é pix@escotilha.com.br. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: 2046 – Os Segredos do AmorAmor à Flor da PeleCrítica CinematográficaHong KongintertextualidadeLiteraturaResenhaReviewTony LeungWong Kar-wai

VEJA TAMBÉM

Emma Stone retoma parceria com o cineasta grego em 'Bugonia'. Imagem: Focus Features / Divulgação.
Cinema

‘Bugonia’ é desconfortável, áspero, excessivo, mas relevante

2 de dezembro de 2025
Chris Sarandon vive um vampiro memorável em 'A Hora do Espanto'. Imagem: Columbia Pictures / Divulgação.
Cinema

‘A Hora do Espanto’ segue vivo como clássico do “terrir” dos anos 1980

26 de novembro de 2025

FIQUE POR DENTRO

Casal na vida real, Mary Steenburgen e Ted Danson fazem par romântico na nova temporada. Imagem: Dunshire Productions / Divulgação.

Nova temporada de ‘Um Espião Infiltrado’ aposta no conforto e perde o peso emocional

4 de dezembro de 2025
Músico trouxe a turnê do novo álbum ao Brasil em 2025. Imagem: Divulgação.

‘Hurry Up Tomorrow’ é a apoteose de um artista à beira do próprio mito

3 de dezembro de 2025
Iniciativa é a primeira novela vertical do grupo Globo. Imagem: Divulgação.

‘Tudo por uma Segunda Chance’ cabe no bolso, mas some da memória

3 de dezembro de 2025
Emma Stone retoma parceria com o cineasta grego em 'Bugonia'. Imagem: Focus Features / Divulgação.

‘Bugonia’ é desconfortável, áspero, excessivo, mas relevante

2 de dezembro de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.