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‘Boneca Russa’: e se pudéssemos consertar nossos erros?

Série exclusiva da Netflix, 'Boneca Russa' é uma dramédia filosófica que começa engraçadinha e termina poderosa.

porRodrigo Lorenzi
26 de março de 2019
em Televisão
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'Boneca Russa': e se pudéssemos consertar nossos erros?

Imagem: Reprodução.

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Imagine você morrer, mas voltar no tempo, mas somente algumas horas antes da morte, para consertar algo que fez de errado. O problema é que você não sabe o que fez de tão errado assim. Agora, imagine isso todos os dias. Morrer e voltar, morrer e voltar, morrer e voltar até entender qual o objetivo dessa loucura toda. Esse é o argumento de Boneca Russa, série exclusiva da Netflix, que se não traz uma sinopse original, vem chamando bastante atenção por causa do seu impacto filosófico que causa no público.

Na série, nós acompanhamos Nadia (Natasha Lyonne, a Nicky, de Orange is The New Black), uma engenheira de software para jogos de vídeo game que morre atropelada na noite de seu 36.º aniversário e volta no tempo, algumas horas antes de morrer. A cada vez que retorna, ela aparece no banheiro de sua amiga Maxine (Greta Lee), que está organizando uma grande festa para comemorar o aniversário da amiga. Sempre a mesma coisa, de novo e de novo.

Disfarçada como uma comédia leve e irônica, Boneca Russa acaba terminando surpreendentemente densa. É bem verdade que nós repetimos padrões e nem nos damos conta disso. Poder reviver o mesmo dia para tentar quebrar essa rotina, então, parece ser uma oportunidade perfeita, não fosse toda a crise interna que isso nos traria.

Não estranhe se a comédia te fizer chorar.

Criada por Amy Poehler (Parks and Recreation), Leslye Headland (Dormindo com as Outras Pessoas) e a própria Natasha Lyonne, Boneca Russa é um quebra-cabeça existencial. Fala de feminismo, mas não é só isso. Fala de uma mulher com a cabeça toda bagunçada, mas não é só isso. Fala sobre nossas escolhas e consequências, mas não é só isso. É por esse motivo que tentar juntar as peças junto com as personagens faz da série uma experiência gratificante, mesmo que a solução seja um tanto quanto óbvia.

Tal como um jogo de vídeo game (e a própria vida, se você pensar bem), a história nos leva a reviver situações até passarmos de fase. Se eles erram, voltamos para o começo. Se eles acertam, avançamos mais um pouco, até errar de novo e voltar ao começo. Só que esse jogo é a vida real (ao menos dentro da narrativa) e você não sabe qual é o objetivo final, muito menos os personagens.

Natasha Lyonne, embora pareça interpretar sempre o mesmo personagem em todas as séries, entrega uma atuação acima da média, começando com uma atitude bastante dura no começo para depois entender a origem de tudo. Em momentos muito específicos, Lyonne vai mudando de tom, de olhar e de postura, assim como nós, que vamos percebendo que a série é bem mais profunda do que vemos na superfície.

A conclusão acaba gerando um impacto muito grande, especialmente nos três últimos episódios. É uma série metafórica sobre como nós, no final do dia, não conseguimos e nem podemos ficar sozinhos, sobre como devemos parar de repetir padrões que nos deixam presos a uma vida infeliz, sobre como nós, veja só, também morremos e apodrecemos todos os dias quando continuamos a viver sem coragem. Não estranhe se a comédia te fizer chorar.

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