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‘Ela’ escancara: seres humanos podem ser ilhas de carência num oceano de tecnologia

Na ficção científica ‘Ela’, Spike Jonze usa a onipresença do tecnológico para falar sobre a complexidade dos relacionamentos humanos.

porTiago Bubniak
26 de maio de 2020
em Cinema
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Theodore (Joaquin Phoenix), o protagonista, apaixona-se pela voz vinda de um sistema operacional. Imagem: Divulgação.

Theodore (Joaquin Phoenix), o protagonista, apaixona-se pela voz vinda de um sistema operacional. Imagem: Divulgação.

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“A paixonar-se é uma forma socialmente aceita de insanidade”, diz uma das personagens do filme Ela (2013). Nessa linha de raciocínio, enamorar-se por um sistema operacional que parece ter vida própria não seria necessariamente uma aberração. Ou seria? Essa questão é apenas uma das tantas provocadas pela obra escrita e dirigida por Spike Jonze.

Na trama, o espectador acompanha Theodore (Joaquin Phoenix), que escreve cartas supostamente à mão. Na verdade, o que ele faz é ditar para o computador frases que tentarão estreitar os laços entre as pessoas. A máquina redige em letra cursiva e imprime, como se a correspondência tivesse mesmo sido elaborada de próprio punho. Para alguém sensível, recém-separado e tão familiarizado com a interferência da tecnologia naquilo que é tão humano (a possibilidade de expressar afeto), investir em um relacionamento com uma voz de inteligência artificial acaba sendo encarado como um desfecho até natural. Pelo menos é esse o contexto que o roteiro de Jonze constrói para, então, falar sobre a complexidade dos relacionamentos.

Em ‘Ela’, a inteligência artificial está concentrada no campo das emoções, de forma discreta e silenciosa. Nem por isso, o enfoque do assunto deixa de ser assustador. E inquietante..

Theodore realmente apaixona-se por “alguém” que “nasceu” e “vive” apenas em um sistema operacional. Na história, essa “pessoa” ganha o nome de Samantha. Scarlett Johansson é quem empresta a voz para esse personagem peculiar. Em determinado momento, o protagonista tece considerações filosóficas sobre o fato de possivelmente já ter sentido tudo o que poderia e que, sendo assim, o que mais viesse a partir de então seria apenas um conjunto de “versões menores do que já sentiu”.

Nesse contexto, é possível perguntar-se: a inteligência artificial seria uma experiência nova capaz de servir como antídoto para o ápice da solidão? Ou, pelo contrário, atuaria justamente como fonte de potencialização da solidão? Em uma sociedade submersa na onipresença da tecnologia, como ficam características tidas como essencialmente humanas? É mais fácil lidar com os “sentimentos” de uma máquina do que com os de uma pessoa real? Prepare-se para pensar sobre tudo isso – e mais – ao acompanhar este filme sensível, criativo e provocador, típico de um diretor de obras como Quero ser John Malkovich (1999) e Adaptação (2002).

Costuma-se ver a inteligência artificial no cinema como um “corpo”, condensada em um robô. Essa concepção remete à força física, à ameaça da destruição da raça humana, a lutas homéricas com direito a explosões, efeitos especiais e muito, muito barulho. Em Ela, a inteligência artificial está concentrada no campo das emoções, de forma discreta e silenciosa. Nem por isso, o enfoque do assunto deixa de ser assustador. E inquietante.

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Tags: CinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaElaJoaquin PhoenixResenhaReviewScarlett JohanssonSpike Jonze

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