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‘O Filho Uruguaio’ vence fragilidade inicial para revelar-se um belo filme

Dirigida por Olivier Peyon, produção francesa ‘O Filho Uruguaio’ começa morna e, aos poucos, é enriquecida com nuances, contornos e complexidade de personagens e situações.

porTiago Bubniak
21 de julho de 2020
em Cinema
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‘O Filho Uruguaio’ vence fragilidade inicial para revelar-se um belo filme

Imagem: Reprodução.

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É preciso um pouco de empenho por parte do espectador quando o filme O Filho Uruguaio (2017) começa. A produção com direção de Olivier Peyon, que também é coautor do roteiro, inicia de forma enigmática, com detalhes que dificultam a compreensão do que está acontecendo. É preciso lembrar constantemente do título para colocar um pouco de ordem na trama. Entendendo-se o que ocorre, afinal, é preciso paciência para que a história efetivamente desperte a atenção. Mas quando isso acontece, o espectador só tende a ganhar.

Essa produção da França rodada na América do Sul inicia direcionando suas lentes para Sylvie (Isabelle Carré). Ela é uma garçonete francesa e mãe de Felipe (Dylan Cortes), filho que teve enquanto foi casada com o uruguaio Pablo. Após o divórcio, Pablo retornou ao Uruguai com o filho e mentiu para sua família que a mãe do menino tinha morrido. Felipe cresceu com essa informação falsa.

Pablo acabou morrendo em seu país natal e, antes de falecer, confessou para sua mãe, Norma (Virginia Méndez), que Sylvie estava viva. Com medo de perder o neto, Norma escondeu a verdade de Maria (María Dupláa), irmã de Pablo. Como tia amorosa, Maria cuidou muito bem de Felipe e o menino estabeleceu laços afetivos intensos em terras uruguaias, seja com sua família reduzida, formada por avó e tia, seja com seus muitos amigos.

As situações refletem diversas sutilezas que levam quem assiste a concluir que é difícil tomar partido das motivações de apenas um dos envolvidos.

A chegada de Sylvie ao Uruguai desperta diversos dramas na vida de todos os personagens. Ela, que vem acompanhada do assistente social Mehdi (Ramzy Bedia), é a peça central nesse tabuleiro em que as peças são delicadamente movidas.

O plano inicial era sequestrar Felipe, mas a intervenção de Mehdi, alguém que mergulha no caso como uma espécie de detetive, altera um pouco a ordem das coisas. Ele é o primeiro a perceber os laços de afeto que o menino construiu em terras uruguaias e tenta sensibilizar Sylvie de que a situação precisa ser administrada com altas doses de calma, critério e diplomacia.

É a orquestração disso tudo que torna o filme digno de mais atenção, superado o tédio, vencido o caráter morno inicial que beira a monotonia. Aos poucos, o roteiro ganha nuances, contornos e complexidade. Os personagens são gradualmente revelados como menos unidimensionais. As situações refletem diversas sutilezas que levam quem assiste a concluir que é difícil tomar partido das motivações de apenas um dos envolvidos. E, como conclusão acentuada em poesia, sutileza e profundidade, o filme apresenta uma cena final belíssima, rodada em um parque infantil em uma praça.

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