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Xadalu Tupã Jekupé e a arte indígena na sociedade

Com exposição na Fundação Iberê Camargo, ‘Antes que se apague: territórios flutuantes’, Xadalu Tupã Jekupé coloca em foco a urgência do debate sobre a presença da cultura indígena na sociedade brasileira.

porAlejandro Mercado
21 de junho de 2022
em Artes Visuais
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Xadalu Tupã Jekupé e a arte indígena na sociedade

Xadalu tenciona pertencimento e territorialidade em sua arte. Imagem: Guito Moreto/Reprodução.

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Em exposição na Fundação Iberê Camargo, na cidade de Porto Alegre, até o próximo dia 31 de julho, o artista Xadalu Tupã Jekupé leva ao público peças em que questiona o apagamento da cultura indígena no oeste do Rio Grande do Sul.

Antes que se apague: territórios flutuantes é a primeira mostra individual de Xadalu na Fundação Iberê e conta com 14 obras produzidas especificamente para ela – são 19 no total. A curadoria ficou a cargo de Cauê Alves, curador-chefe do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo.

Natural de Alegrete, sudoeste do estado, o artista de origem indígena carrega para sua obra elementos de suas raízes, compondo uma forma de arte urbana que busca o tensionamento entre a cultura indígena e a do homem branco.

A rua seguiu sendo seu museu a céu aberto, mas a impermanência também sempre esteve presente.

De morar na beira do rio, Xadalu chegou ainda jovem com a mãe em Porto Alegre. Morando na periferia e juntando papelão e latinhas, foi criando uma visão muito sagaz sobre a vida e como as coisas se encaixam na sociedade.

E foi nas ruas da capital gaúcha, unindo as raízes indígenas e a vivência periférica que o artista fez sua “faculdade”. A lapidação de sua sensibilidade tem total ligação com as memórias da rua, da luta contra o apagamento de sua identidade ancestral.

O início na serigrafia

Do sticker do indígena Xadalu às paredes da Fundação Iberê Camargo
Do sticker do indígena Xadalu às paredes da Fundação Iberê Camargo. Imagem: Anselmo Cunha/Reprodução.

O trabalho de Xadalu foi moldado nas ruas, mas foi o início na serigrafia que abriu as portas para o entendimento de outras possibilidades de expressão que fossem além da raiva do ambiente urbano.

A inspiração no grafite o levou até o sticker. A rua seguiu sendo seu museu a céu aberto, mas a impermanência também sempre esteve presente. Ainda assim, levou por toda Porto Alegre o símbolo do que viria a torná-lo conhecido: o índigena Xadalu. Foram quase 100 mil adesivos colados na cidade.

Sempre ficou claro para ele que era uma forma de colocar em perspectiva seu lugar na sociedade. É importante ressaltar que esse movimento acontece em um período quando as questões identitárias ainda viviam sob a nebulosidade da ignorância.

Em entrevista publicada na Revista Concinnitas[1] (UERJ), Xadalu contou sobre o processo de espalhamento de seu personagem. “Comecei a replicar essa imagem do indiozinho com a ideia de repovoar os indígenas que já moraram na cidade”, disse.

E o artista é bem transparente ao afirmar que ali, naquele instante, ainda não estava em um processo de entender o que fazia. “Era uma coisa bem básica, não sabia de etnia”, apontou.

E a primeira repercussão de seu trabalho o levou aos jornais, onde a leitura feita foi a de que ali, onde havia um sticker, era ponto de tráfico de drogas. Nem ele e nem o rótulo equivocado da imprensa imaginava o que estaria por vir.

‘Antes que se apague’: Xadalu na Fundação Iberê Camargo

Exposição de Xadalu segue até dia 31 de julho
Exposição de Xadalu segue até dia 31 de julho. Imagem: Fabio Del Re_VivaFoto/Divulgação.

As memórias de Xadalu estão, de alguma forma, expressas em 19 obras que compõem a exposição Antes que se apague: territórios flutuantes. É sobre pertencimento, mas também sobre exclusão.

Contra o apagamento desse que é um processo de registro histórico, o artista, a pedido da curadoria da mostra, criou quatorze novas peças, que perpassam a relação com a mãe, a avó e a bisavó de Xadalu na antiga Terra Indígena Ararenguá, em Alegrete, onde passou parte da infância, antes de migrar para Porto Alegre.

O trabalho provocativo e tencionador de Tupã Jekupé é mais um a jogar luz sobre um Brasil que já foi – inclusive que não foi Brasil. Nas paredes da exposição o público encontra uma reocupação simbólica do território, um novo grito e um olhar para os povos originários.

SERVIÇO | Antes que se apague: territórios flutuantes

Onde: Fundação Iberê Camargo
Quando: até 31 de julho; quinta a domingo, das 14h às 18h;
Quanto: grátis às quintas-feiras; sexta a domingo, R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia) ou R$ 30,00 (pacote inteira para duas pessoas).

Mais informações, acesse o site clicando aqui.

–
[1]“Um tradutor da aldeia na cidade e da cidade na aldeia”, por Inês de Araujo, Tania Queiroz, Ana Clara Souza, Racquel Fontenele, Rafaella Souza e Sofia Skymma, Revista Concinnitas, janeiro de 2021.

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Tags: Antes que se apague: territórios flutuantesArtearte indígenaartes plásticasArtes VisuaisFundação Iberê CamargografitePorto Alegreserigrafiastickersticker artXadaluXadalu Tupã Jekupé

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