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‘O Outro Lado do Paraíso’ e a cura gay

porGabrielle Russi
4 de abril de 2018
em Televisão
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O Outro Lado do Paraíso

Cura Gay é abordada em 'O Outro lado do Paraíso'. Imagem: Reprodução.

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A atual novela das nove, O Outro Lado do Paraíso, do autor Walcyr Carrasco, gerou polêmica nessa última semana. Graças a um plano arquitetado por Adineia (Ana Lúcia Torre), Suzy (Ellen Rocche) e Samuel (Eriberto Leão) e Cido (Rafael Zulu) e Irene (Luciana Fernandes) voltam a ter relações sexuais. Após o nascimento da “Tigrinha”, o psiquiatra passa a dormir ao lado da ex-mulher para cuidar da bebê e os dois ficam juntos novamente. Enquanto isso, o ex-motorista também volta a se envolver com a empregada e sua ex-noiva, resultando na separação do casal gay da trama.

Irene e Cido voltam a ter relações
Irene e Cido voltam a ter relações. Imagem: Reprodução.

A “cura gay” promovida no folhetim da Rede Globo foi muito criticada nas redes sociais e vários internautas foram até o perfil de dramaturgo no Instagram para dar suas opiniões. “Que texto ridículo, não reflete a homossexualidade de forma alguma. Ao invés de usar esse espaço para trazer uma reflexão real sobre o tema, você está colocando a sexualidade como se fosse uma escolha, e não é”, disse um seguidor.

O personagem está realmente sem contexto. No início da trama, Samuel mal encostava em Suzy e não se sentia atraído por nenhuma mulher, o que deixava bem claro que ele não era bissexual. Na história, seu casamento foi apenas para manter as aparências. Agora eles querem que acreditemos que o médico teve uma “recaída” por alguém com quem ele não conseguia transar.

Tudo está dando a entender que o argumento será mesmo que o psiquiatra é bi. Após a noite de sexo com Suzy, Samuel perturbado procurou a Mãe do Quilombo (Zezé Motta), que o ajudou a conseguir manter relações sexuais com Suzy enquanto ainda era casado para esclarecer seus sentimentos. Ela revelou que na época só receitou um chá comum ao médico e não uma mistura mágica com veneno de cascavel como dizia.

Samuel e Suzy voltam a se relacionar
Samuel e Suzy voltam a se relacionar. Imagem: Reprodução.

“Ainda não entendeu que a mágica está dentro da cabeça de cada um? Quando a pessoa acredita que não consegue, não consegue. Quando tem fé que consegue, consegue. Você usou o remédio e os guizos para se libertar do medo”, explicou. A conselheira afirmou ainda que o médico gosta mesmo de Suzy. “Eu gosto dos dois. A verdade é essa”, disse ele.

Se realmente for isso, ok, até que seria legal. Abordar o bissexualismo em uma novela não é nada recorrente. O problema é que fazer isso agora não vai colar, a trama foi crescendo de outra maneira. Se era essa a intenção do autor, ele construiu muito mal o enredo do personagem.

Abordar o bissexualismo em uma novela não é nada recorrente. O problema é que fazer isso agora não vai colar, a trama foi crescendo de outra maneira. Se era essa a intenção do autor, ele construiu muito mal o enredo do personagem.

No capítulo de sexta-feira (dia 30 de março), a personagem de Ellen Rocche usou um termo bem mal pensado. Quando ela foi contar para Nádia (Eliane Giardini) que tinha voltado com o ex-marido e foi questionada se ele não era gay, disse a seguinte frase: “Era. Foi só uma fase. Eu o consertei” (veja a cena aqui). Unindo essa fala ao fato que o personagem de Zulu também teve uma “recaída”, acho que não é errado afirmarmos que Carrasco infelizmente está indo para o lado da cura gay mesmo.

E vale lembrar que não é a primeira vez que o autor faz essa “mudança” de sexualidade em um personagem. O mesmo aconteceu em Verdades Secretas com o personagem Visky (interpretado por Rainer Cadete), que era gay e cheio de trejeitos, mas que no final acabou a trama com a personagem de Dida Camargo (Lourdeca).

Alguns sites de fofoca já especulam mesmo tendo voltado com Suzy, outro homem entrará na trama e encantará o médico de novo. Realmente não está dando para entender qual é o objetivo desse enredo. O roteiro está errando feio. É triste ver que esse assunto está sendo tratado de uma maneira tão descuidada e retrógrada. É um retrocesso na história da teledramaturgia.

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