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‘Adam’ mostra força da rima entre simplicidade e sensibilidade

Tiago Bubniak por Tiago Bubniak
19 de novembro de 2019
em Central de Cinema
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A arte de confeitar é um poderoso elo entre Abla (Lubna Azabal) e Samia (Nisrin Erradi). Imagem: Reprodução.

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Uma mulher grávida bate de porta em porta pedindo trabalho. Não importa a função; o que importa é conseguir trocar sua mão de obra por um lugar para dormir e um pouco de comida. As reações de quem abre são diferentes, mas igual é o resultado: não há lugar, não há espaço. Não há trabalho ou acolhida. A cena está logo no início do filme Adam (2019), representante do Marrocos na lista dos pré-selecionados ao Oscar 2020 de Melhor Filme Internacional (categoria antes chamada de Melhor Filme Estrangeiro). Não devem ser raros os olhares capazes de relacionar essa cena com as narrações do nascimento de Jesus segundo as quais Maria, grávida, tenta encontrar um alojamento para ter seu filho. E é justamente nessa atmosfera de exclusão, pouca esperança e tristeza que o filme começa.

Em seus universos próprios e posteriormente misturados e combinados, [as protagonistas] vivenciam o nascimento de uma amizade meio que a contragosto, tornada compulsória pela força das circunstâncias.

Samia (Nisrin Erradi), a mulher desabrigada, está grávida de um namorado que a abandonou. Seu fracasso em conseguir alojamento chega ao fim quando Abla (Lubna Azabal) resolve abrir a porta. Ela é uma viúva que vive com a filha de oito anos, Warda (Douae Belkhaouda), e sobrevive da venda de pães e doces que faz e vende em sua própria casa. Inicialmente, Abla aumentou a lista dos que bateram a porta na cara da jovem grávida. A mudança de ideia só vem quando a confeiteira vai fechar a janela e vê Samia desabrigada, no outro lado da rua.

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O início da relação entre as duas é tenso, constrangedor: Abla segue sendo ríspida com a recém-chegada. O tom do filme é então amenizado apenas por Warda, que encontra em Samia uma espécie de irmã mais velha para conversar e brincar. Com o passar do tempo, no entanto, as duas mulheres adultas enfraquecem as fronteiras sentimentais e psicológicas que as separam e transformam a vida uma da outra. Assim, aquela atmosfera inicial de “exclusão, pouca esperança e tristeza” tende a desaparecer. Ou, no mínimo, diminuir.

O que parece um clichê foge disso graças à qualidade do roteiro e da direção da marroquina Maryam Touzani. Direção e roteiro demonstram a força da rima entre simplicidade e sensibilidade. Sim, porque tudo é muito simples. Mas os enquadramentos que privilegiam close ups e planos médios para expor a intimidade da casa onde convivem essas mulheres; a entrega das atrizes aos seus papeis; a delicadeza na condução da narrativa; e a naturalidade dos diálogos conduzem a um profundo exercício de sensibilidade.

Essa lista de características promove um forte convite à empatia, ao “colocar-se no lugar” dessas protagonistas que, em seus universos próprios e posteriormente misturados e combinados, vivenciam o nascimento de uma amizade meio que a contragosto, tornada compulsória pela força das circunstâncias.

Samia vive uma complexa dinâmica de aceitação e rejeição do próprio filho. Abla vivencia um processo de superação da perda do marido. Samia sofre com a gravidez, considerando que mãe solteira na sociedade patriarcal em que vive é profundamente desprezada. Abla resiste aos sorrisos, à dança, à alegria de ouvir as músicas que tanto gosta, à possibilidade de um novo amor. O que uma mulher tem a oferecer à outra é que enriquece a base da qual nasce a já comentada relação entre simplicidade e sensibilidade.

Segundo a diretora, essa é uma história inspirada em uma jovem grávida que bateu na porta da casa de seus pais buscando abrigo após ter sido abandonada pelo namorado. O talento de Maryam Touzani em adaptar para a ficção algo vindo do real é o que o espectador verá ao acompanhar este filme.

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Tags: adamCinemaCríticacrítica cinematográficacrítica de cinemaDouae BelkhaoudaLubna AzabalMarrocosMaryam TouzaniNisrin Erradiresenhareview
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