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Home Cinema & TV Central de Cinema

‘Alguma coisa assim’ destrincha a hibridez da passagem da juventude à maturidade

Valsui Júnior por Valsui Júnior
5 de agosto de 2018
em Central de Cinema
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Alguma coisa assim

Em 'Alguma coisa assim' possível ver o desenvolvimento na atuação de Caroline Abras e André Antunes do curta de 2006 ao longa de 2018. Imagem: Divulgação.

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Falar de Alguma coisa a sim (2018), dirigido por Esmir Filho e Mariana Bastos, talvez seja mais fácil para quem tem familiaridade com o curta-metragem homônimo que chegou a Cannes em 2006 e, de certo modo, marcou uma geração de jovens de classe média que estavam se acostumando a temas mais híbridos, como lidar com a vida noturna e a sexualidade.

Esmir, diretor de Os famosos e os duendes da morte (2009), filme que retrata notavelmente a complexidade das relações virtuais para adolescentes, talvez tenha mais intimidade com a temática juvenil. Mariana Bastos, diretora do curta Perto de qualquer lugar (2007), também com a atriz Caroline Abras, também demonstra uma maior expertise sobre amor e relacionamentos no contexto da juventude.

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Se no curta-metragem de 2006 os personagens Mari (Caroline Abras) e Caio (André Antunes) se debatiam com questões como a sexualidade, os afetos e dúvidas sobre seus respectivos futuros numa São Paulo do início dos anos 2000, no longa-metragem de 12 anos depois nos deparamos com dois protagonistas maduros, conscientes de si (até certo ponto) e mais posicionados sobre suas escolhas de vida que os levaram até ali. O filme passa por três momentos: o primeiro, enquanto adolescentes, com cenas do próprio curta – um verdadeiro deleite nostálgico para os fãs. O segundo, em 2013: uma espécie de ponte para o arco dos personagens na contemporaneidade, em 2016, desta vez em Berlim, na Alemanha.

‘Alguma coisa assim’ cumpre seu papel ao tratar os dilemas existenciais de uma juventude urbana de classe média alta nascida em meados dos anos 80.

Caio, que desvendou sua sexualidade no primeiro curta, em 2013, chega a se casar com um rapaz (aliás, uma temática bastante em voga à época). Já em 2016, aparece em Berlim para uma visita à amiga por conta de uma pesquisa com embriões que estava desenvolvendo no Brasil. Já Mari, uma decoradora que vivia nas casas onde trabalhava para uma espécie de imobiliária, aparece livre e desimpedida numa cidade cheia de entretenimentos e diversões. No entanto, a faísca que foi acendida em 2006 pela dupla de amigos volta a reaparecer no longa, desta vez de maneira ainda mais intensa.

Alguma coisa assim retrata a história de uma maneira não linear, mostrando aos poucos ao espectador todas as lacunas que restaram neste longo intervalo de tempo entre o curta e o longa. De certa maneira, a diferença da produção para o primeiro trabalho para o posterior é notável: não apenas do ponto de vista técnico, mas também da linguagem cinematográfica. Enquanto no curta as cenas são mais híbridas, no longa parece que há uma tentativa de explicar didaticamente os acontecimentos (o que é natural, se pararmos para pensar que o filme ganhou notabilidade e chegou ao circuito comercial para um público ainda mais amplo).

Outro ponto de destaque para o longa é a preocupação com a verossimilhança nas questões temáticas. Se num primeiro momento a questão da sexualidade de Caio e da indecisão do estilo de vida de Mari era o grande empecilho, ao longo dos anos as problemáticas vão se modificando de maneira orgânica e bastante fluida. Porém, a maneira como cada um dos personagens se habitua a essas mudanças ainda é condizente com as personalidades de cada um, tanto à de Caio que se mostrava mais rígido, quanto à de Mari, que sempre se mostrou mais cabeça aberta a novas possibilidades.

O longa-metragem de Esmir Filho e Mariana Bastos leva o espectador para uma viagem no tempo, desde o início da década anterior até a segunda metade desta década: é possível ver as diferenças da vida noturna de uma metrópole que ainda se abria a questão da diversidade. O abre-e-fecha dos clubes noturnos é uma clara evidência desse fenômeno. Por um lado, Alguma coisa assim se assemelha bastante com os clássicos de Richard Linklater Antes do amanhecer (1995, 2009 e 2013) e Boyhood (2014) por conta dos diálogos e dos encontros e desencontros ao acaso dos personagens principais. Por outro, no entanto, o filme é ainda mais rico por tratar de complexidades mais contemporâneas, como a fluidez da sexualidade e o direito de escolha da mulher com relação ao seu próprio corpo, que são temas que se não estão em voga na mídia atualmente, pelo menos já estão em pauta.

É inegável dizer que Alguma coisa assim cumpre seu papel como um filme que trata de dilemas existenciais de jovens-adultos nascidos em meados dos anos 80 e que são um reflexo do seu próprio tempo, mesmo que ainda de maneira segmentada: uma juventude urbana de classe média alta. Por este ângulo, o filme é uma se destaca em meio a um mix de longas que tratam de representar minorias de outras classes sociais no circuito brasileiro, vendo de uma perspectiva mais classista. Ainda assim não deixa de ter o seu valor, como uma espécie de peça rara de Walter Hugo Khouri da contemporaneidade.

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Tags: AlemanhaAlguma coisa assimAndré AntunesAnos 2000Antes do AmanhecerBerlimBoyhoodCaroline AbrasCinema Brasileirocrítica cinematográficaEsmir FilhogêneroJuventudeMariana Bastosmaturidademovie reviewresenhaRichard LinklaterSão PauloSexualidadevida noturna
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