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‘Atentado ao Hotel Taj Mahal’ é eletrizante e muito incômodo

Paulo Camargo por Paulo Camargo
18 de julho de 2019
em Central de Cinema
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Nazanin Boniadi, Dev Patel e Arnie Hammer; histórias cruzadas. Imagem: Divulgação

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É, no mínimo, perturbador constatar que um dos melhores filmes de ação e suspense de 2019, Atentado ao Hotel Taj Mahal, seja baseado em fatos reais e pior: trata-se da dramatização, com toques de ficção, de uma das mais sangrentas ações terroristas deste século – a série de ataques coordenados na cidade indiana de Mumbai, em 2008, que deixou um rastro sangrento de mais de 175 mortos. Torna-se inevitável questionar se é ético ou não se servir da dor e da tragédia dos outros para fins de entretenimento, ainda que se tenha nas mãos narrativas de gigantesca potência dramática à procura de um autor competente para levá-las ao público em escala mundial.

Dito isso, vou logo dizendo, Atentado ao Hotel Taj Mahal é eletrizante, um filmaço que anuncia o surgimento de um promissor cineasta, o australiano de origem indiana Anthony Maras, estreante em longa-metragem com notáveis segurança e vigor na condução de complexas sequências de ação em uma história com múltiplos personagens. O roteiro, muito bem alinhavado, é coassinado por ele e John Collee, baseado no premiado documentário Surviving Mumbai, de 2009.

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Revela-se instigante, ainda que bem perigosa, a opção de Maras de transitar entre dois gêneros cinematográficos distintos, aparentemente conflitantes. Atentado ao Taj Mahal, como demonstram suas sequências iniciais, tem traços realistas de docudrama, a exemplo de Voo United 93 (2006), filme de Paul Greengrass, que reconstituiu o sequestro de uma das aeronaves no 11 de setembro de 2001, aquela na qual houve confronto a bordo entre passageiros e sequestradores, até o avião mergulhar num campo na Pensilvânia.

Revela-se instigante, ainda que bem perigosa, a opção de Maras de transitar entre dois gêneros cinematográficos distintos, aparentemente conflitantes.

Nas cenas de abertura de Atentado ao Hotel Taj Mahal veem-se os jovens terroristas paquistaneses, chegando a Mumbai em um bote, sob o comando de um certo “Touro”, de quem se ouve apenas a voz durante todo o filme. Enquanto alguns preparam-se para tomar o hotel, outros dois colocam em ação um atentado sangrento em uma estação de trem super movimentada. Maras, aqui, opta por um registro quase documental, com a câmera em movimento constante, muitas vezes no ombro, dialogando intensamente com o telejornalismo.

O outro gênero que, aos poucos, também se instala no filme é o do chamado cinema catástrofe, na melhor tradição de clássicos como O Inferno na Torre (1976), em que os personagens centrais vão sendo apresentados em paralelo até terem seus caminhos entrelaçados pela tragédia. Esses protagonistas são o humilde garçom Arjun, funcionário do hotel vivido por Dev Patel (de Quem Quer Ser Milionário?), adepto da religião sikh; o ricaço norte-americano David (Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome) e sua mulher Zahra (Nazanin Boniadi, da série Homeland), casal que viaja com o filho pequeno e a babá; o mafioso russo Vasili (Jason Isaacs, de O Patriota), um sujeito cheio de contradições; e o chef do restaurante classe A do hotel, Hemant Oberoi (Anupam Kher, de O Lado Bom da Vida).

Essa estratégia, um paradigma no gênero catástrofe, tem como finalidade gerar empatia e apego pelos personagens e funciona muito bem aqui. Impossível, por exemplo, não torcer por Arjun, personagem fictício, mas que representa muitos dos heroicos funcionários do Hotel Taj Mahal, que na vida real se recusaram a abandonar o estabelecimento para conseguir proteger os hóspedes. O grande carisma de Dev Patel torna o personagem ainda mais irresistível.

Mas se o roteiro investe bastante no desenvolvimento das vítimas do atentado, o filme comete o pecado de não ter o mesmo cuidado com os algozes, ou seja, os terroristas, que, na maior parte do tempo, são retratados com agentes do mal, todos muito parecidos entre si, desprovidos de individualidade ou identidade, sem qualquer complexidade. Pouco ou nada ficamos sabendo de suas motivações ou quem são eles – a exceção fica por conta do jovem Imran (Amandeep Singh), que, ferido e percebendo que acabará sendo morto ou preso, liga para a família no Paquistão para descobrir que não foi dado a eles o dinheiro prometido em troca de sua participação suicida no atentado. Ele é o único, entre os terroristas, a quem é dada alguma humanidade. Como se trata de uma produção indiana, em parceria com Estados Unidos e Austrália, fica evidente de que lado o filme está.

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Tags: Anthony MarasArmie HammerAtentado ao Taj Mahalcinema-catástrofecrítica cinematográficaDev PateldocudramaespetacularizaçãoMumbaireview Hammerterrorismo
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