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Arcaico e modernidade se conjugam em ‘Boi Neon’

Paulo Camargo por Paulo Camargo
19 de setembro de 2019
em Central de Cinema
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O pretagonista de 'Boi Neon'. vivido por Juliano Cazarré, é um personagem ambíguo: peão, sonha ser estilista. Imagem: Divulgação

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Com mais de 400 mil espectadores acumulados nos cinemas de todo o Brasil, Bacurau, longa-metragem de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, em cartaz há quase um mês, já pode ser considerado um fenômeno cultural. O filme, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019, ainda que dividindo opiniões, tornou-se uma espécie de “peça de resistência” no enfrentamento de setores mais progressistas da cultura brasileira com o governo federal, cujas armas têm sido a redução drástica, quando não a extinção, de dispositivos de fomento e incentivo, e a própria censura, seja ela explícita ou disfarçada.

O êxito de Bacurau é inspirador em diversos sentidos, sobretudo por seu caráter regional, nordestino, e atesta o vigor do cinematografia da terra natal de seus realizadores: Pernambuco. A notável produção do estado, um dos pioneiros na arte de fazer filmes no Brasil desde o cinema silencioso, vem acumulando, nas últimas três décadas, títulos extraordinários, como Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira; Amarelo Manga (2003), de Claudio Assis; Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda. O Som ao Redor (2012) e Aquarius (2016), também de Mendonça Filho; e Boi Neon (2015), de Gabriel Mascaro.

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Na resenha de hoje, resgatarei o multipremiado Boi Neon, um dos títulos brasileiros mais significativos desta década, que compartilha com Bacurau um traço recorrente na cinematografia pernambucana: mais do que que um confronto, traz uma conjugação entre tradição, representada pelo universo arcaico da vaquejada, e modernidade, por meio de signos da indústria cultural, da iconografia pop.

O protagonista, Iremar (Juliano Cazarré, excelente), personifica essa dicotomia. Ao mesmo tempo em que ele cuida dos bois e cavalos de uma companhia itinerante de vaquejadas, sonha em ser designer de moda, busca tecidos, desenha e confecciona trajes que sua parceira de trabalho, a motorista da companhia Galega (Maeve Jaenkins, de O Som ao Redor), veste em apresentações de dança erótica para plateias de vaqueiros excitados.

Mascaro estabelece uma interessante discussão não apenas a respeito de papéis sociais, mas também sobre gênero.

Mascaro estabelece uma interessante discussão não apenas a respeito de papéis sociais, mas também sobre gênero. De um lado temos um homem que lida com animais, uma espécie de caubói do Sertão, que também é estilista, e uma dançarina exótica caminhoneira.

As fronteiras entre masculino e feminino se borram o tempo todo, mais no âmbito da performance de gênero do que propriamente da sexualidade. Há, ainda, um jovem tratador de bois e cavalos, Júnior (Vinicius de Oliveira, de Central do Brasil), que tem os cabelos longos e passa muito de seu tempo vago os alisando, e uma vendedora de perfumes que também trabalha como vigia noturno, vestindo uniforme de guarda e arma.

Mascaro, que neste ano lançou a impactante distopia Divino Amor, que antevê um Brasil fundamentalista cristão, no qual o carnaval é substituído num futuro próximo por raves evangélicas, em Boi Neon fala de um Nordeste profundo e em mutação, território de contradições, mas sobretudo de transformações. O cineasta pernambucano as descreve com uma câmera que investiga em travellings elegantes, mas não julga; revela sem cair na tentação do melodrama ou da militância desta ou daquela causa. Naturalista até a medula, o filme, sempre transitando entre o biológico e o cultural, nos deslumbra com o que descreve e apresenta, mas toma o cuidado de não nos dizer o quê ou como pensar sobre toda a complexidade desse Brasil numa narrativa surpreendente que poderia muito bem passar pela cidade de Bacurau.

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Tags: arcaicoBacaraucinema nordestinocinema pernambucanocrítica cinematográficaDivino AmorGabriel MascaroJuliano CazarréJuliano DornellesKléber Mendonça fFilhomodernomovie reviewPernambuco
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