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Em ‘A Pele Que Habito’, Almodóvar brinca com os limites entre a orientação e a identidade sexual

Melodrama fantástico do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, 'A Pele Que Habito' discute, entre outros temas, como se dá a construção de gênero, e flerta com a ficção científica.

porPaulo Camargo
26 de julho de 2018
em Cinema
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Em 'A Pele Que Habito', Almodóvar brinca com os limites entre a orientação e a identidade sexual

Imagem: Reprodução.

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Não se pode negar ao intrigante A Pele Que Habito (2011), do espanhol Pedro Almodóvar (de Carne Trêmula ou Fale com Ela) um inegável e valoroso mérito: não ter medo de ser ousado, assim como o subestimado e também muito provocativo Má Educação (2003). O cineasta, um dos mais relevantes da atualidade, não se rende ao comodismo e segue a explorar novos territórios estéticos, narrativos e temáticos.

Baseado no romance pulp Tarântula (lançado no Brasil pela Editora Record), de Thierry Jonquet, A Pele Que Habito tem uma daquelas tramas que, descritas em uma sinopse e mesmo em uma resenha mais detalhista, não apenas pode estragar a experiência do espectador que gosta de ser surpreendido. Descrito em palavras, o enredo corre o risco de soar ridículo, bizarro demais.

Sem trabalhar com Almodóvar desde Ata-Me (1990), Antonio Banderas reencontra em A Pele Que Habito o diretor que o colocou em evidência no mundo do cinema, em filmes como Matador (1986) e Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988), e encara um personagem que foge – e muito – dos papéis que Hollywood lhe ofereceu nas últimas décadas.

O cineasta espanhol, um dos mais profícuos e relevantes da atualidade, não se rende ao comodismo e segue a explorar novos territórios estéticos, narrativos e temáticos.

Cirurgião plástico, ele é apresentado no início da trama como pesquisador obcecado pela descoberta de uma pele transgênica, capaz de revolucionar o tratamento de vítimas de queimaduras graves e outras doenças dermatológicas degenerativas. Desafiando os limites da ética médica, Berto vem usando há alguns anos uma cobaia humana chamada Vera (Elena Anaya, do sensacional Lucia e o Sexo), sobre quem se sabe muito pouco.

O que aos poucos é revelado é que Vera, com o tratamento de reconstituição epidérmica ao qual vem sendo submetida, se torna mais e mais parecida com Gal, mulher de Berto, que morreu de forma trágica. E essa não é a única perda traumática na vida do cirurgião: sua filha, a emocionalmente instável Norma (Blanca Suárez), se suicidou depois de ter sofrido um estupro em uma festa de casamento.

Em um longo flashback, as peças do quebra-cabeças que envolve o projeto de Berto vão se encaixando e revelando uma história muito mais terrível do que aparentemente se supõe.

Esteticamente impecável, como de hábito, Almodóvar constrói um misto de melodrama, um de seus gêneros cinematográficos prediletos, e thriller psicológico, flertando com o grotesco e o absurdo. Berto encarna uma espécie de doutor Frankenstein pós-moderno, cuja criação é resultado de seus muitos traumas e obsessões, e que faz uso da ciência e da tecnologia para dar vazão a sua loucura. Almodóvar, mesmo sem assumi-lo, faz seu primeiro filme de ficção científica.

O resultado é uma perturbadora e sombria fábula de vingança que discute, entre outros temas, como se dá a construção de gênero, e brinca com os limites entre a orientação e a identidade sexual.

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Tags: A Pele Que HabitoAntonio BanderasBlanca SuárezCinemaCrítica CinematográficaElena AnayaFilm ReviewMovie ReviewPedro AlmodóvarResenha

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