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Home Cinema & TV Central de Cinema

‘Corra!’ reinventa o terror, mirando o racismo

'Corra!', de Jordan Peele, transcende os limites do cinema de horror e é um potente comentário sobre as tensas relações raciais nos EUA do século 21.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
18 de maio de 2017
em Central de Cinema
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'Corra!' reinventa o terror, mirando o racismo

Imagem: Reprodução.

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Há algo ao mesmo tempo muito perturbador e bastante excitante em Corra!, longa-metragem de estreia do também ator afro-americano Jordan Peele. Produção de baixo orçamento, que custou US$ 4,5 milhões e arrecadou US$ 215 milhões ao redor do mundo até o momento, faz o que todo grande filme de terror deve almejar: expandir os limites do gênero, assustando, sim, mas também fazendo pensar. Trata-se de uma potente metáfora sociológica sobre as complicadas e ainda muito tensas relações raciais nos Estados Unidos pós-Barack Obama.

A eleição de um negro para a Casa Branca, por algum tempo, deu ao mundo a ilusão de que muitas barreiras haviam sido transpostas no país norte-americano. Mas o fato do milionário republicano Donald Trump, com um discurso conservador e xenófobo, ter sido escolhido como sucessor de Obama deixou claro que ainda há algo de bastante podre no reino de Tio Sam. E Corra! põe o dedo na ferida, sem deixar de ser entretenimento altamente satisfatório.

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Logo na sequência de abertura do filme, vê-se um jovem negro caminhando à noite em uma vizinhança suburbana de classe média alta. Não se sabe ao certo aonde vai, mas percebe-se que está nervoso, como um peixe fora d’água. Tanto que, quando vê um carro esporte branco, retrô, algo lhe diz que está em perigo, e sai correndo, mas em vão. Essa situação vai se conectar ao destino do protagonista mais adiante na trama.

O roteiro, que deve ser lembrado na temporada de prêmios no fim do ano, tem uma premissa original e muito instigante. Chris (o britânico Daniel Kaluuya, de Sicário: Terra de Ninguém) é um jovem fotógrafo negro que namora Rose Armitage (Allison Williams, da série Girls), uma jovem branca, filha de uma família, segundo ela, bastante liberal: “Meu pai votaria em Obama para um terceiro mandato”.

O roteiro, que deve ser lembrado na temporada de prêmios no fim do ano, tem uma premissa original e muito instigante.

Embora sempre pareça um pouco desconfiado do discurso inclusivo e progressista de Rose, Chris diz sim ao convite da namorada para passar um fim de semana na casa dos pais dela, fora da cidade grande, em uma geografia tipicamente branca. Lá chegando, ele é bem recebido pelos pais da moça, Missy (Catherine Keener, de Capote) e Dean (Bradley Whitford, da série The West Wing), que, em um primeiro momento, correspondem a tudo que ouviu da garota.

Algo lhe chama a atenção, contudo. Os pais de Rose têm um casal de empregados negros, Georgina (Betty Gabriel, de Experimentos) e Walter (Marcus Henderson, de Whiplash: Em Busca da Perfeição), que apresentam um comportamento bastante peculiar, algo catatônico. Parecem incomodados com a presença do jovem fotógrafo.

O que se segue é uma sucessão de fatos que, aos poucos, revelarão a Chris que nada é o que parece na vida dos Armitage, bem menos inofensivos do que aparentam.

Corra! faz lembrar As Esposas de Stepford (1975), clássico distópico da ficção científica baseado no romance de Ira Levin, autor de O Bebê de Rosemary, adaptado para o cinema com maestria por Roman Polanski. Também traz óbvios ecos do famoso drama inter-racial Adivinha Quem Vem para Jantar? (1967), de Stanley Kramer. É uma crítica afiada e perfurante à sociedade de aparências, disfarçada por discursos pseudo-liberais e progressistas nos Estados Unidos do século 21. Serve, também, como uma espécie de fábula cautelar sobre os perigos de um mundo que pode ter mudado bem menos do que aparenta.

O filme de Jordan Peele pertence àquela categoria mais assustadora dos filmes de terror, que faz a gente olhar ao redor e perceber que o perigo não é algo sobrenatural e pode estar sempre à espreita. Renova o gênero e, de quebra, prova que o cinema negro norte-americano vive um grande momento, depois de Moonlight: Sob a Luz do Luar, de Barry Jenkins, ter vencido o Oscar de melhor filme neste ano.

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