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‘Gravidade’ é uma odisseia espacial intimista

Ficção científica que deu o primeiro Oscar de melhor direção ao cineasta mexicano Alfonso Cuarón, 'Gravidade' alia excelência técnica a domínio da narrativa cinematográfica.

porPaulo Camargo
18 de junho de 2020
em Cinema
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Gravidade, de Alfonso Cuáron

Sandra Bullock vive o melhor papel de sua carreira em 'Gravidade'. Imagem: Divulgação.

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Viagens espaciais não são novidade no cinema. O tema já serviu a elucubrações profundas – e algo herméticas – sobre a condição humana diante dos avanços tecnológicos do homem, centrais nos clássicos Solaris (Andrei Tarkovski) e 2001 – Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick). Também deu margem a exercícios antológicos em gêneros mais ligados ao entretenimento, como o terror (Alien – O Oitavo Passageiro, de Ridley Scott) e a aventura de fundo histórico (Apollo 13, assinado por Ron Howard).

Talvez por isso Gravidade (2013), filme do cineasta mexicano Alfonso Cuarón, pelo qual venceu o Oscar de melhor direção (o segundo foi por Roma), além de seis outras estatuetas, seja tão notável. Cuarón consegue fazer uso do que há de mais avançado em termos de tecnologia aplicada ao cinema, inclusive o 3D, a serviço de uma discussão fundamentalmente existencial e intimista. E injeta frescor e invenção a um gênero que parecia fadado ao lugar-comum.

George Clooney vive Matt Kowalski, um experiente astronauta que comanda a sua última missão antes da aposentadoria. É um sujeito bonachão, charmoso e cheio de piadas e histórias para contar, muitas delas já conhecidas por toda a Nasa. Ele, no entanto, não passa de um coadjuvante importante na jornada de outra integrante da tripulação, ela sim heroína e protagonista: a médica Ryan Stone (Sandra Bullock), marinheira de primeira viagem que se torna o epicentro emocional de Gravidade.

O plano-sequência que abre o filme se estende até esse primeiro momento de reviravolta da trama e é, sem exageros, um marco do gênero.

Quando a explosão de um satélite russo corta quaisquer possibilidades de comunicação de Kowalski e Ryan com a Terra, destroços, em altíssima velocidade, atingem em cheio a nave, e o restante da tripulação, deixando os dois à deriva. O plano-sequência que abre o filme se estende até esse primeiro momento de reviravolta da trama e é, sem exageros, um marco do gênero.

Assim como o plenamente justificável, e talvez indispensável, uso da tecnologia 3D, que, em um mundo onde tudo flutua e as referências espaciais se confundem, proporciona ao público um espetáculo sensorial e tanto. Todos os efeitos visuais e sonoros do filme, por mais embasbacantes que sejam, não conseguiriam fazer de Gravidade o filme notável que é não fosse o roteiro enxuto e afiado de Cuarón e seu filho, Jonás. A transcendência é fundamental à trama.

Ryan, também graças à melhor atuação de Sandra Bullock em sua carreira, é uma astronauta, mas poderia ser uma exploradora do século 19 perdida em um deserto, ou um navegador da época dos descobrimentos. Seu confronto com a possibilidade da finitude, e redescoberta do sentido de sua existência, desafiam a gravidade – ou a falta dela.

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Tags: Alfonso CuarónCinemaCrítica CinematográficaGeorge ClooneygravidadeNasaOscarResenhaSandra Bullock

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