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Home Cinema & TV Central de Cinema

‘Me Chame pelo Seu Nome’ transborda beleza ao retratar a descoberta do amor

Paulo Camargo por Paulo Camargo
19 de janeiro de 2018
em Central de Cinema
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Me Chame pelo Seu Nome

Timithée Chatelet e Arnie Hammer prtagonizam uma delicada história de amor em 'Me Chame pelo Seu Nome'.

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Um pêssego, às vezes, é apenas um pêssego. Mas, em Me Chame pelo Seu Nome, longa-metragem do cineasta italiano Luca Guadagnino (de Um Sonho de Amor), o fruto tem múltiplos significados. Representa a descoberta do amor e do desejo, como elementos naturais da condição humana, mas também simboliza a impermanência, sob os efeitos inexoráveis do tempo. O filme, em cartaz desde ontem nos cinemas brasileiros, fala de tudo isso com extrema beleza e, aqui, essa característica não é ressaltada apenas para exaltar a obra em seus aspectos estéticos. O belo, e suas implicações, é outro de seus temas fundamentais.

Baseado no romance de André Aciman, adaptado com primor pelo veterano James Ivory (diretor de Uma Janela para o Amor e Retorno a Howard’s End), Me Chame pelo Seu Nome narra a jornada de Elio (Timothée Chalamet), um jovem de 17 anos que vive com o pai americano (Michael Stuhlbarg) e a mãe francesa (Amira Casar) em uma estonteante villa numa pequena localidade no norte da Itália.

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No verão de 1983, a família de Elio, de origem judaica, recebe um hóspede que irá alterar não apenas a rotina da casa, mas principalmente impactar a vida de Elio. Trata-se de Oliver (Arnie Hammer), também judeu, que por alguns meses auxiliará seu pai na pesquisa que vem desenvolvendo na região sobre arte na antiguidade greco-romana, mais especificamente esculturas de figuras humanas. Ambos têm, portanto, entre seus objetos de estudo, o belo, traço recorrente nas peças do período a que se dedicam com tanta paixão.

Oliver tem 20 e poucos anos e seu charme, inteligência e inegável beleza, a todo tempo citada no filme, alteram o cotidiano da família e seus agregados, da empregada, Mafalda (Van Capriolo), aos amigos de Elio que frequentam a villa. Sua presença sensualiza o ambiente à medida em que o jovem pesquisador também reage à irresistível atmosfera idílica da região sob o sol do verão, e aos poucos se solta. Em certa medida, o filme de Guadagnino tem ecos de Teorema, obra-prima de outro italiano, Pier Paolo Pasolini, lançada há exatos 50 anos como um verdadeiro petardo contra a alta burguesia milanesa da época. A diferença é que Me Chame pelo Seu Nome faz uma clara opção por tratar da descoberta do amor. Mas sutilmente, também trata sobre o resgato da identidade cultural judaica com a chega de Oliver.

Há uma escassez, no chamado cinema mainstream, de representações mais complexas do amor entre pessoas do mesmo sexo.

Elio, em princípio, vê no visitante um “usurpador”, uma ameaça, porque Oliver, além de disputar a atenção de seu pai, parece o tempo todo o desafiar, o que não deixa de ser verdadeiro. Tanto o roteiro de Ivory quanto a direção de Guadagnino trabalham com maestria esses sentimentos contraditórios de Elio, que se transformam, com imensa delicadeza. A hostilidade juvenil do personagem lentamente revela-se desejo e, por fim, paixão. A complexa e matizada interpretação de Chamelet contribuem muito para que esse processo seja tão belamente narrado.

Sem pressa, Me Chame pelo Seu Nome, embora seja fundamentalmente sobre a jornada de Elio, também é sobre o encantamento de Oliver pelo jovem filho de seu orientador, que nele desperta sentimentos que o surpreendem. A natureza age sobre ele, o confrontando, assim como faz com Elio, que, embora seja o menos experiente, é quem desencadeia todo o processo de sedução, arrebatador.

Há uma escassez, no chamado cinema mainstream, de representações mais complexas do amor entre pessoas do mesmo sexo. Por isso, longas de grande repercussão internacional como O Segredo de Brokeback Mountain (de Ang Lee), Carol (de Todd Haynes) e Moonlight (de Barry Jenkins) são tão importantes ao desafiar uma relativa invisibilidade à qual narrativas LGBT são condenadas. Me Chame pelo Seu Nome junta-se a esse grupo, com fortes chances de obter, semana que vem, indicações ao Oscar – são praticamente certas nas categorias de melhor ator (Chamelet) e roteiro adaptado.

Por fim, todos os pais do mundo deveriam assistir ao filme de Luca Guadagnino. Michael Stahlberg brilha em uma cena profundamente comovente, na qual pai e filho conversam sobre a relação entre Elio e Oliver. Transborda humanidade, como todo o filme, que tem o brasileiro Rodrigo Teixeira entre os produtores, desde já um dos melhores do ano.

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Tags: Amira CasarAndré AcimanArnie HammerCinemacrítica cinematográficadramaHomossexualidadeJames IvoryLGBTLuca GuadagninoMe Chame pelo Seu NomeMichael StahlbargMichael StuhlbargOscar 2018resenhaTimothée Chamelet
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