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‘Os 7 de Chicago’ revisita o passado para falar do presente

Sob a direção precisa do premiado roteirista Aaron Sorkin, o drama político 'Os 7 de Chicago' reconstitui episódio importante na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos dos anos 1960.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
29 de outubro de 2020
em Central de Cinema
A A
Os 7 de Chicago, dirigido por Aaron Sorkin

O excelente elenco é um dos pontos fortes de 'Os 7 de Chicago'. Imagem: Divulgação.

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As imagens documentais que abrem Os 7 de Chicago, em cartaz na Netflix, são impactantes. No fim dos anos 1960, o então presidente norte-americano Lyndon Johnson anuncia a decisão de enviar um número ainda maior de soldados para a Guerra do Vietnã. Há um clima de beligerância dentro e fora dos Estados Unidos.

No front interno, as perdas também se acumulam. O líder negro Martin Luther King e o pré-candidato democrata à Casa Branca Bob Kennedy haviam sido assassinados naquele ano. Diante dessa escalada de violência, várias organizações convocam um protesto em frente à convenção democrata marcada para ocorrer na cidade de Chicago, em 1968. O propósito: convencer Hubert Humphrey, o indicado pelo partido à Presidência, a sair da guerra no Sudeste Asiático, caso seja eleito.

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São organizados em Chicago cinco dias de manifestações e shows para um público estimado em 10 mil pessoas, vindas de todo o país. Mas a orientação do prefeito democrata Richard Daley à polícia é clara: a convenção não pode ser impedida de acontecer de forma alguma. É o estopim que acenderá o barril de pólvora. A metrópole do Meio-Oeste dos EUA se transforma em um campo de batalha, com confrontos espalhados por toda a cidade e um saldo 700 presos e centenas de feridos pela polícia, nada positivo para Humphrey.

Richard Nixon, candidato republicano, impõe uma derrota ao democrata na eleição de 1968 e, ao assumir o cargo, diz a que veio.  Como medida pedagógica contra todo e qualquer movimento, ele orienta o Departamento de Justiça a indiciar judicialmente os líderes da manifestação, que entram para a História dos Estados Unidos como os sete de Chicago, acusados de conspiração e de cruzar fronteiras estaduais com o objetivo de provocar tumultos.

Sob a direção do premiado roteirista Aaron Sorkin, vencedor do Oscar por A Rede Social, conhecido por sua pena afiada na criação de diálogos, Os 7 de Chicago é um filme político de tribunal. E quem brilha é o elenco. Os líderes são interpretados por um grande time de atores. Eddie Redmayne (vencedor do Oscar por A Teoria de Tudo) vive Tom Hayden (que mais tarde se casaria com a atriz Jane Fonda), líder da organização Estudantes para uma Sociedade Democrática, ferrenho opositor à Guerra no Vietnã e propunha lutar usando o sistema. Sacha Baron Cohen (o Borat)  interpreta Abbie Hoffman, ativista do Partido Internacional da Juventude, os yippies, um sujeito irreverente, provocador.

Estrategicamente lançado às vésperas da eleição presidencial norte-americana, Os 7 de Chicago  é um filme essencialmente político

Jeremy Strong, vencedor do Emmy neste ano pela série Succession, é o lisérgico Jerry Rubin, que, como Hoffman, torna-se nome emblemático da contracultura. Yahya Abdul-Mateen 2º, também premiado com o Emmy por sua atuação na minissérie Watchmen, é Bobby Seale, então presidente do grupo de resistência Panteras Negras, incluído na acusação inicial, ainda que tivesse passado apenas quatro horas em Chicago e nem tivesse ligação direta com o movimento. Antes que seu processo fosse separado dos demais, ele foi submetido a inúmeras humilhações.

Do outro lado, o da Justiça, Frank Langella (de Frost/Nixon) está incrível como o cruel juiz Julius Hoffman. O promotor Richard Schultz é interpretado por Joseph Gordon-Levitt (de 500 Dias com Ela). Se na vida real, de acordo com as fontes históricas, ele era visto como o feroz defensor do governo Nixon, e grande inimigo dos réus, o roteiro de Sorkin o retrata de forma mais condescendente, emprestando-lhe complexidade, com crises de consciência diante dos rumos do processo.

Estrategicamente lançado às vésperas da eleição presidencial norte-americana, Os 7 de Chicago  é um filme essencialmente político – e progressista – realizado por um diretor/roteirista opositor ao governo Trump. Ao falar do passado, portanto, Sorkin também está discutindo os Estados Unidos do século 21, do movimento Black Lives Matter e da truculência republicana ao lidar com direitos civis.

Se seu cinema, por vezes, é muito falado e pouco visual, construído mais nas palavras contundentes de seus diálogos, quase sempre magistrais, é inegável a relevância do que ele tem a dizer. Os 7 de Chicago  é um filme pertinente que deve figurar nas listas de melhores de 2020 e das premiações das associações de críticos e do Oscar 2021.

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Tags: Aaron Sorkincrítica cinematográficaDireitos civisEddie Redmaynefilm reviewFrank LangellaJeremy StrongJoseph Gordon-Levittmovie reviewNetflixOs 7 de ChicagoresenhaRichard NixonSacha Baron CohenYahya Abdul-Mateen 2º
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