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No subestimado (e ótimo) ‘Palermo Shooting’, Wim Wenders discute a morte

Um dos filmes mais intrigantes do diretor Wim Wenders, 'Palermo Shooting' tem um forte componente autorreflexivo, usando o cinema e a fotografia para falar sobre finitude e a existência humana.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
24 de setembro de 2020
em Central de Cinema
A A
Palermo Shooting, de Wim Wenders

O roqueiro alemão Campino vive Finn, o protagonista fotógrafo de 'Palermo Shooting'. Imagem: Divulgação.

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E m Palermo Shooting (2008), menos conhecido e interessantíssimo longa-metragem do cineasta alemão Wim Wenders (das obras-primas Asas do Desejo e Paris, Texas), Finn, reconhecido fotógrafo que atravessa profunda crise existencial, recebe um convite quase irrecusável. Ter algumas de suas obras, quase todas imagens urbanas, afixadas em painéis gigantes espalhados em regiões movimentadas de São Paulo.

Minutos mais tarde, seu assessor lhe mostra a maquete de um grande museu paulista, idêntico ao prédio modernista do Masp, cuja fachada também deverá servir de espaço expositivo para as fotos do artista, protagonista do filme.

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Quando foi apresentado na mostra competitiva de Cannes, em maio de 2008, Palermo Shooting não agradou a crítica internacional, que não lhe poupou comentários negativos. O filme acabou sendo lançado comercialmente em uma versão 14 minutos mais curta do que a edição exibida na Riviera Francesa e está muito longe de ser um filme ruim. Pelo contrário: é um dos mais intrigantes do diretor de O Amigo Americano.

Finn, personagem central, é um homem rico, bonito, bem-sucedido e cercado de atenções o tempo todo – não à toa, Wenders, que sempre teve forte ligação com o mundo da música, escalou o roqueiro alemão Campino para o papel. No passado, já trabalhou com o australiano Nick Cave (Asas do Desejo), a banda U2 (Até o Fim do Mundo) e a cantora portuguesa Teresa Salgueiro, do grupo Madredeus (O Céu de Lisboa).

Todo esse sucesso profissional, no entanto, garante a Finn felicidade. Em determinado momento do filme, ele diz: “Estou me sentindo perdido”. Essa insatisfação constante o leva a Palermo, capital da região italiana da Sicília, onde vai fotografar a modelo e atriz Milla Jovovich, fazendo papel dela mesma, grávida de oito meses. Encerrado o trabalho, Finn decide ficar.

Na cidade siciliana, o fotógrafo começa a ser acometido pela estranha visão de um sujeito fantasmagórico, vestido de capote branco, sempre munido de um arco e flecha.

Pior: o tal arqueiro insiste em atingi-lo com suas setas, visíveis apenas para Finn, que não sabe estar acordado ou delirando. Real é o encontro dele com Flávia (a belíssima e talentosa Giovanna Mezzogiorno, de Vincere), restauradora de obras de arte que, ironicamente, trabalha há anos na recuperação de um afresco do século 15.

A pintura, de autoria desconhecida, retrata a morte como um esqueleto montado a cavalo e munido de flechas que atingem o Papa, o arcebispo de Palermo e o monarca das Duas Sicílias, reino que existia antes da unificação da Itália.

Como quase toda a obra de Wim Wenders, Palermo Shooting tem um forte componente autorreflexivo. Afinal, a palavra shooting, presente no título do longa, pode significar tanto o ato de atirar, disparar (flechas, armas de fogo) tirar fotos (como faz Finn) ou rodar filmes (ofício de Wenders).

Como quase toda a obra de Wim Wenders, Palermo Shooting tem um forte componente autorreflexivo. Afinal, a palavra shooting, presente no título do longa, pode significar tanto o ato de atirar, disparar (flechas, armas de fogo) tirar fotos (como faz Finn) ou rodar filmes (ofício de Wenders).

Numa das cenas mais emblemáticas de Palermo Shooting, Finn, delirante ou não, trava um diálogo com o arqueiro que o persegue, vivido por Dennis Hopper, que em O Amigo Americano é o psicopata Ripley, célebre personagem criado pela escritora Patricia Highsmith. Na conversa, a figura, que seria uma encarnação da morte, faz uma defesa do filme 35 mm, lamentando a tecnologia digital, que permitiria a banalização do ato de manipular a imagem.

Sobre o diálogo, Wenders, em debate sobre o filme realizado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2008, em que foi homenageado, tentou explicar o que pretende dizer, afirmando que, nos últimos 150 anos, “ficamos tão acostumados culturalmente à idéia de que tirar uma foto é um ato irreversível, que acontece apenas uma vez, e é um ato no tempo, um ato de verdade. Todas estas idéias, de algo acontecendo apenas uma vez, estão indo pelo ralo com a revolução digital”.

Para o cineasta, a fotografia como “a morte em ação”, como diziam alguns filósofos, foi uma das bases do século 20 e isso desapareceu. “Então, não se estranhe que o sr. Morte reclame, estamos bagunçando a condição de seu trabalho. É estranhamente engraçado”, completa Wenders, tentando escapar da pergunta que não que calar: se essa é uma reflexão do personagem ou se pensamentos seus foram parar em Palermo Shooting.

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Tags: Campinocrítica cinematográficaDennis HopperFestival de Cannesfilm reviewGiovanna Mezzogiornomovie reviewPalermo ShootingresenhaSicíliaWim Wenders
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