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A realidade sempre interfere nas ficções de horror

Rodolfo Stancki por Rodolfo Stancki
12 de junho de 2019
em Espanto
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Cena do filme "O Silêncio dos Inocentes". Imagem: Reprodução.

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O fazendeiro norte-americano Ed Gein é um sujeito bastante conhecido entre pesquisadores e aficionados do horror. O assassino em série foi responsável por pelo menos duas mortes e diversas invasões de túmulos no cemitério de Plainfield, no Wisconsin. Em 1957, foi preso em casa, onde a polícia encontrou pedaços de corpos usados como parte do mobiliário decorativo espalhados pelos cômodos.

A fama com o público não vem só das atrocidades, que chocaram uma geração, mas também do impacto cultural dos crimes, que influenciaram ao menos três grandes clássicos do cinema de gênero. 

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Sem Gein, não teríamos Psicose (1960), O Massacre da Serra Elétrica (1974) e O Silêncio dos Inocentes (1991). O matador foi fonte criativa direta e assumida nos respectivos trabalhos de Robert Bloch, Tobe Hooper e Thomas Harris. 

“Quando criança, ouvia histórias sobre um sujeito que fazia abajures com peles de humanos e isso me acompanhou pela vida inteira. Era uma imagem que me assustava tanto que eu tinha que trabalhá-la de alguma forma”, disse Hooper em uma das entrevistas concedidas para a edição de 40 anos de O Massacre da Serra Elétrica.

Como o próprio Tobe Hooper diz ter feito com os relatos que ouvia sobre Ed Gein, os consumidores das narrativas de horror estão sempre se apropriando da realidade para dar sentido a esses enredos.

Pessoalmente, sou bastante convicto de que toda ficção, por mais fantástica que seja, nasce de uma relação que estabelecemos com o mundo que nos cerca. Nos filmes de horror, esse contato entre o real e o imaginado surge de um diálogo direto com nossos medos. Diante de uma notícia de um assassino que usa restos de suas vítimas para fazer ornamentos caseiros, cineastas e escritores materializam seus temores em narrativas de gênero, buscando sentido para aquela irracional realidade.

O caso de Gein está longe de ser o único exemplo adotado pelos contadores de histórias horríficas. O escritor britânico Bram Stoker baseou Drácula, seu personagem mais famoso, em Vlad, o Empalador, um violentíssimo líder romeno que viveu no século XV. Os relatos das experiências com bioeletricidade do médico italiano Luigi Galvani são tidos como fundamentais para que a inglesa Mary Shelley imaginasse a criatura de Frankenstein. Um recorte de uma notícia sobre pessoas que morriam por conta de seus pesadelos foi a fagulha que incendiou a imaginação do cineasta americano Wes Craven e o levou a conceber Freddy Krueger.

Ainda que essas adaptações e interpretações resultem em narrativas profundamente distintas dos acontecimentos originais, cada uma delas poderia ser acompanhada pelos letreiros que avisam o público de que se tratam de tramas baseadas em acontecimentos reais. E elas não estariam mentindo.

Como público, também processamos o que vemos nas telas ou lemos nos livros a partir de nossas próprias experiências e repertórios. Como o próprio Hooper diz ter feito com os relatos que ouvia sobre Ed Gein, os consumidores das narrativas de horror estão sempre se apropriando da realidade para dar sentido a esses enredos. Por vezes, o absurdo de uma cena nos faz rir, mas quando a trama é sombria e próxima daquilo que conhecemos, o resultado pode ser perturbador e traumático.

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Tags: cinema de horrorDráculaEd GeinFrankensteinFreddy KruegerHorrorO Massacre da Serra Elétricao silêncio dos inocentesPsicoserealidade e ficçãoRobert BlochTobe HooperWes Craven
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