• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
17 de maio de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados

É horror?

A partir do drama senegalês 'Atlantique', de Mati Diop, coluna discute os limites do que pode ser categorizado como filme de horror.

Rodolfo Stancki por Rodolfo Stancki
15 de janeiro de 2020
em Espanto
A A

Cena do filme "Atlantique'. Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

O badalado drama senegalês Atlantique (2019), de Mati Diop, ocupa um lugar limítrofe dentro do horror enquanto gênero cinematográfico. Embora tenha uma narrativa permeada por traumas, possessões espirituais e transformações fantasmagóricas, a obra em nada se parece com uma história clássica de medo.

Acompanhei recentemente um debate com a pesquisadora do gênero Emanuela Siqueira, em que ela defendia que a produção, adquirida pela Netflix após ser premiada no Festival de Cannes no ano passado, lida com temas que certamente a categorizariam como horrífica. “O que pode ser mais assustador do que ver o amor da sua vida morrer em uma precária viagem marítima em busca de um emprego?”, questionou ela durante um evento.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

O horrífico é determinado pela nossa resposta emocional, que certamente muda de pessoa para pessoa.

Atlantique, portanto, parece desafiar o senso comum do que consideramos como horror. Não há monstros nem ameaças à vida de personagens humanos positivos. As imagens não são grotescas ou sanguinolentas. Há somente a sensação de desconforto e mal estar.

O debate relembra a polêmica envolvendo a discussão de pós-horror, que surgiu de uma necessidade de categorizar uma nova leva de produções que não se encaixavam no que o público entendia como um filme do gênero. Em seu criticado texto para o jornal The Guardian, que deu origem ao controverso termo, o jornalista Steve Rose cita que títulos como A Bruxa (2015), Ao Cair da Noite (2017) e Sombras da Vida (2017) não pertencem ao mesmo balaio de Sexta-Feira 13 (1980).

Embora Rose defenda seu ponto de vista como base na reação do público, seu conceito ignora que o gênero sempre teve títulos que desafiavam suas convenções. É o caso de Psicose (1960), A Noite dos Mortos-Vivos (1968) e Eraserhead (1972). Isso se levarmos em conta apenas exemplos de cinema produzido nos Estados Unidos. Para mim, é justamente nessa capacidade de reinvenção reside a resiliência do gênero diante da comédia romântica, do western e do musical – que historicamente vivenciam mais momentos de ostracismo de lançamentos.

A verdade é que faltou ao próprio Steve Rose algo que a minha colega pesquisadora compreende bem: o horror dialoga com sentimentos, que são subjetivos. Por isso, uma narrativa horripilante para você, nem sempre é para outra pessoa. Isso possibilita que o gênero seja amplo, plural e cheio de limites embaçados.

Até mesmo a definição de horror para Nöel Carroll, autor do seminal A Filosofia do Horror ou Paradoxos do Coração, reconhece que há algum espaço de autonomia para caracterizar se um filme pertence ou não ao gênero. O autor diz que o horrífico é determinado pela nossa resposta emocional, que certamente muda de pessoa para pessoa.

Logo, se aquele seu amigo acha que Bacurau (2019) não é um filme de horror, talvez seja preciso convencê-lo argumentando porque a sangrenta narrativa de Juliano Dornelles e Kléber Mendonça Filho sobre assassinos de crianças deve ser considerada como parte do gênero. Foi isso que a Emanuela fez com a minha percepção de Atlantique – que agora eu considero um baita filme de horror.

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: AtlantiqueBacuraucinema de horrorgênero cinematográficoHorrorMati DiopmedoNoel Carroll
Post Anterior

Tirar a vesícula é pecado

Próximo Post

‘Dois Papas’ busca humanizar a Igreja Católica

Posts Relacionados

'Varan, o Monstro do Oriente' foi originalmente pensado para ser um telefilme para o mercado americano

‘Varan, o Monstro do Oriente’ foi originalmente pensado para ser um telefilme para o mercado americano

20 de abril de 2022
'Os Bárbaros Invadem a Terra' é ficção científica 'puro-sangue' de Ishirô Honda

‘Os Bárbaros Invadem a Terra’ é ficção científica ‘puro-sangue’ de Ishirô Honda

23 de março de 2022

‘Rodan – O Monstro do Espaço’ foi tentativa da Toho de manter o interesse do público pelo cinema kaiju

16 de março de 2022

‘No Mundo dos Monstros Pré-Históricos’ é charmosa fita barata de monstros e dinossauros

2 de março de 2022

‘O Monstro Submarino’ repete clichês de ‘O Monstro do Mar’

16 de fevereiro de 2022

‘The Crater Lake Monster’ é uma incompreensível e bagunçada narrativa de monstro gigante

9 de fevereiro de 2022
  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • 25 anos de ‘Xica da Silva’, uma novela inacreditável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • Em ‘Eneida’, Heloísa Passos nos coloca diante de seu espelho familiar

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘O Nome da Morte’ usa violência crua em história real de matador de aluguel

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In