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Entrevista: Monica Trigo e Eduardo Santana avaliam realização do 10º CineFantasy

Festival brasileiro de cinema fantástico, CineFantasy encerrou no dia 20 de setembro e teve mais 40 mil visualizações na plataforma de streaming Belas Artes à La Carte. Escotilha conversou com Monica Trigo e Eduardo Santana sobre a décima edição do evento.

porRodolfo Stancki
23 de setembro de 2020
em Espanto
A A
Monica Trigo e Eduardo Santana, diretores do Cinefantasy

Monica Trigo e Eduardo Santana, responsáveis pelo CineFantasy. Imagem: Reprodução / Facebook Cinefantasy.

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O encerramento da 10ª edição do CineFantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico, que foi ao ar no YouTube no dia 20 de setembro, contou com um vídeo-manifesto de quatro minutos narrado pelo ator Francisco Gaspar. A montagem denuncia o atual estado do audiovisual brasileiro, que agoniza com a escassez de políticas públicas por parte do governo federal. “O ano de 2020 ficará cravado na nossa pele, alma e memória. Só não estará gravado na tela, pois nos foi tirado o direito de contar histórias.”

O texto foi escrito pelo ator ao lado da produtora cultural Monica Trigo, uma das diretoras do CineFantasy e presidente da FantLatam – Aliança Latino-americana de Festivais de Filmes Fantásticos. O manifesto é uma maneira de posicionar o evento diante do descaso com o cinema brasileiro. “A ideia era dar o tom da nossa realidade social”, explicou ela à Escotilha.

Realizado entre os dias 6 e 20 de setembro, o festival teve um alcance de mais de 40 mil visualizações dentro do serviço de streaming Belas Artes à La Carte. Pela primeira vez, a programação foi realizada em três estados, mesclando sessões pela plataforma virtual e exibições em drive-in e cinemas presenciais. Na entrevista abaixo, Monica e Eduardo Santana, coordenador executivo do CineFantasy, comentam o posicionamento político do festival, avaliam como foi o evento e discutem os planos para a FantLatam.

Escotilha » Por que apresentar um manifesto no encerramento do festival?

Monica Trigo » Ali a gente fala da necessidade de tomarmos uma atitude frente ao momento que estamos vivendo. É um manifesto politicamente duro, mas necessário. Tudo o que a gente constrói no festival passa por uma postura ideológica. Desde que assumi a direção do CineFantasy, eu disse que a gente tinha que dar um tom da nossa realidade política. Em 2018, criamos a mostra “Mulheres Fantásticas”, porque eu entendia que a gente tinha que ter políticas afirmativas no festival. Em 2019, também criamos a “Fantástica Diversidade”, com filmes LGBTQI+, por uma necessidade civilizatória.

O posicionamento político parece importante porque, de fato, teremos um futuro sombrio para o audiovisual brasileiro…

Monica Trigo » Já vivemos um presente sombrio. As políticas de audiovisual brasileiro são inexistentes. Nós vamos ter uma crise violentíssima para além da pandemia. O mundo todo deixou de produzir conteúdo e aqui no Brasil tem o agravante do cerceamento da produção audiovisual. Acho que todo mundo estava com perspectiva de crescimento e, com esse retrocesso, teremos muita dificuldade.

E como foi realizar o festival de forma remota?

Eduardo Santana » Foi uma experiência diferente para quem sempre fez um festival presencial. Não sabíamos como ia ser o resultado, mas foi muito gratificante.

Vivemos um presente sombrio. As políticas de audiovisual brasileiro são inexistentes. Nós vamos ter uma crise violentíssima para além da pandemia. O mundo todo deixou de produzir conteúdo e aqui no Brasil tem o agravante do cerceamento da produção audiovisual.

Monica Trigo » Tivemos um alcance nacional. Há uma redução regional quando a realização ocorre somente em São Paulo. Também partimos para uma carreira mais capilarizada, com oportunidades de fazer o festival nos drive-ins e presencialmente em Manaus, com todas as medidas de segurança.

A plataforma do Belas Artes à La Carte também funcionou bem…

Monica Trigo » Procuramos uma plataforma que fosse a mais segura possível. Aqui no Brasil temos a Looke que não iria gerar problemas de acesso e cair. Foram eles que desenvolveram o projeto do Belas Artes. Isso pesou muito na decisão.

E como estão os planos para a edição de 2021 do CineFantasy?

Monica Trigo » O festival está aprovado em todas as leis de incentivo, assim como o deste ano, que fizemos sem nenhum recurso, público ou privado.

Como conseguiram realizar sem os recursos?

Monica Trigo » Nossa rede de colaboração foi muito grande, com apoio de uma curadoria e um corpo de jurados gigantesco. Apareceram pessoas para ajudar que a gente nem imaginava que pudessem estar conosco nessa edição. Ao todo, 152 pessoas trabalharam de forma 100% voluntária.

O CineFantasy tem sido um dos festivais protagonistas dentro da FantLatam. Como surgiu a ideia de uma rede de festivais de cinema fantásticos latino-americanos?

Eduardo Santana » Isso começou em 2012, com uma conversa com festivais do Brasil e da América Latina, mas só quando a Monica entrou na direção do CineFantasy é que tiramos os planos do papel.

Monica Trigo » Venho de uma atuação muito pragmática no audiovisual brasileiro. Trabalhei no Ministério da Cultura por anos e fui responsável pelo polo de cinema de Paulínia. Era um investimento muito grande. Por isso, quando digo que os festivais fantásticos precisam crescer é porque fiz um festival muito grande e sei que tem um caminho para isso, que passa necessariamente por uma estrutura de diálogo. Retomamos as conversas sobre a aliança e chamamos todos os festivais que estavam inicialmente nessa discussão para uma reunião aqui no Brasil na edição do CineFantasy de 2019. Dali, a gente saiu com um manifesto que deu origem ao FantLatam.

E como está a atuação da aliança?

Monica Trigo » Construímos um estatuto e abrimos a possibilidade de entrada de novos festivais. A primeira direção da federação é pensar em políticas latino-americanas com a ideia de romper muros e construir pontes. Criamos um prêmio que vai ocorrer neste ano, ou talvez no começo de 2021, com indicações dos festivais de um longa-metragem e um curta-metragem. Alguns festivais que não são da aliança também já nos procuraram para pedir sessões de filmes brasileiros. Temos feito essa intermediação.

Parece um jeito interessante de dar visibilidade para algumas obras nacionais…

Eduardo Santana » Quando anunciamos O Cemitério das Almas Perdidas, outros membros da FantLatam ficaram super interessados. O Rodrigo [Aragão] é um representante do cinema fantástico da América Latina. No ano passado, abrimos o CineFantasy com Morto Não Fala e pediram o filme no Buenos Aires Rojo Sangre. Fizemos a ponte com o [diretor] Dennison Ramalho. Neste ano já tivemos uma sessão da FantLatam dentro do Belas Artes à La Carte.

Monica Trigo » Isso foi um indicativo. Acho que a aliança é um caminho sem volta. A gente tem recebido muitos pedidos de adesão e temos a previsão de cursos de capacitação. Está avançando. Não no ritmo que a gente esperava por causa da pandemia, mas a nossa ideia é ter muita atividade na FantLatam.

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Tags: CineFantasyCinema BrasileiroCinema de HorrorEduardo SantanaEntrevistaFantLatamFestival de CinemaMonica Trigo

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