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O primeiro ‘Sexta-Feira 13’ foi um grande golpe de marketing

porRodolfo Stancki
3 de julho de 2019
em Espanto
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Cena do filme 'Sexta-Feira 13', de 1980

Cena do filme 'Sexta-Feira 13', de 1980. Imagem: Reprodução.

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O primeiro Sexta-Feira 13 (1980) nasceu como uma experiência de marketing do diretor Sean S. Cunnigham. Oriundo do cinema de exploração dos anos 1970, o cineasta e produtor resolveu publicar na revista Variety uma arte para divulgar o projeto do futuro slasher, que nem sequer existia. A peça anunciava que aquele seria “o filme mais assustador já feito”.

Arte publicada na revista Variety promovia um filme que ainda não existia. Imagem: Reprodução.

A estratégia obviamente deu certo. O longa-metragem saiu do papel, mesmo que o título tenha precedido o enredo. O resultado, que misturava conceitos de Halloween (1980) e Banho de Sangue (1971), se tornou uma das franquias mais celebradas do cinema de horror.

É bem possível que o sucesso de Sexta-Feira 13 deva mais à habilidade de Cunnigham como vendedor do que à qualidade da obra em si. Até porque, naquele mesmo ano, foram lançados os semelhantes A Morte Convida para Dançar (1980), O Trem do Terror (1980) e Trilha de Corpos (1980). Todos apresentavam mais ou menos o mesmo conceito de um assassino mascarado se livrando criativamente de suas vítimas, uma a uma.

É presunçoso afirmar categoricamente que o marketing é o único responsável pelo retorno financeiro da produção. Em seu livro Dos Meios às Mediações, o pesquisador da comunicação Jesús Martín-Barbero defende que qualquer interpretação simplória de um processo de recepção, como a massiva presença do público nas salas de exibição, deve ser vista com cautela.

A relação de um filme com sua audiência é sempre um processo de mediação, segundo o autor espanhol, radicado na Colômbia. Na equação, entram preferências de consumo, interesses de mercado e estratégias de divulgação. É fácil dizer que Hollywood só produz adaptações de histórias de super-heróis e ignorar que o público chega a aplaudir quando um único título chega a ocupar 80% das sessões de um país imenso como o Brasil (leia mais).

Se aquele slasher não tivesse ocupado o espaço de ícone cultural é bem possível que outro título semelhante tivesse assumido a coroa da franquia sobre Jason Voorhees.

Para Martín-Barbero, os efeitos de uma produção midiática como um blockbuster são sempre compartilhados com os indivíduos que estão na outra ponta do financiamento. As pessoas não são manipuladas a aceitarem certas opções de consumo, muito menos alienadas por aquilo que assistem. Por outro lado, quem produz um filme precisa despertar o interesse e, às vezes, canibalizar as demais opções para se destacar.

Esse parece ser o caso de Sexta-Feira 13, que além de representar muito bem o tipo de filme que estava sob demanda na virada da década de 1970 para 1980, ainda conseguiu permanecer no imaginário do público graças à agilidade do próprio Cunnigham. Mal as filmagens do longa original terminaram e uma sequência foi colocada em andamento. Estreou praticamente um exemplar da franquia por ano até o fim da década.

A receptividade do público não se deu apenas porque aquela era uma esperada para o período, mas porque a própria equipe de produção criou uma expectativa de audiência que não existia. Se a criação de Cunnigham não tivesse ocupado aquele espaço de ícone cultural é bem possível que outro título semelhante tivesse assumido o posto do filme sobre jovens assassinados em um acampamento de verão.

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Tags: A Morte Convida para DançarCinema de HorrorDos Meios às Mediaçõesestudo de audiênciaHalloweenHorrorJesús Martín-BarberoO Trem do TerrorSean S. CunninghamSexta-Feira 13SlasherTrilha de Corpos

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